Capítulo sem título 54

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Dulce

Fui ao meu quarto me trocar, eu estava com tanta raiva do Poncho, totalmente desnecessário a sua intromissão na minha vida, sendo que eu já havia dito à ele. Mas eu não posso ter um minuto de paz, e o meu celular toca, não me dou o trabalho de olhar o nome da pessoa, apenas atendo.

📞 Ligação
Dulce: Alô? - Digo enquanto visto uma blusa desajeitadamente. -
Xxx: Oi, como você está? - Diz uma voz empolgada. -
Dulce: Desculpa, quem é?
Xxx: É o Guilherme, não salvou o meu número?
Dulce: Ahh, claro que salvei, mas eu não olhei a tela do celular. Como você está?
Guilherme: Estou bem, obrigado por perguntar. Eu te liguei para falar sobre um amigo meu que ele é um encenador famoso, eu acho que seria legal você conversar com ele.
Dulce: Sério? Eu adoraria! - Digo animada enquanto fecho o zíper da minha calça jeans. -
Guilherme: Sim, a gente poderia marcar um dia para você conhecer ele.
Dulce: Claro, é só me falar o dia que será um prazer.
Guilherme: Ele está viajando agora, pois está com um projeto novo, mas próxima semana ele estará aqui e eu posso apresentar-lhe.
Dulce: Se não for encômodo para vocês, eu realmente estou disposta à correr atrás do que quero. - falo enquanto termino de calçar o meu sapato. -
Guilherme: Não é um encômodo, na verdade é um prazer te ajudar. Me deixa feliz saber que você disposta a fazer o que gosta.
Dulce: Muito obrigada, Guilherme.
Guilherme: Por nada.
Dulce: Depois a gente pode falar mais sobre isso, mas agora eu tenho que sair. - Digo sem graça. -
Guilherme: Tudo bem, mas salva o meu número. - Ele ri. -
Dulce: Já está salvo, eu só não vi de quem era a chamada. - Falo rindo. -
Guilherme: Vou acreditar. Tchau, dulce.
Dulce: Tchau e obrigada de novo.

Desliguei a ligação e ela fez o meu humor melhorar, é claro que eu ainda estava com raiva, mas ao menos tinha uma notícia boa. Agora sim eu estava tomando conta da minha vida, eu estava decidindo o que quero e não sendo uma garota fútil e infantil.

Dulce

Desci as escadas e encontrei o Christopher sentado no sofá, ele estava um pouco sério.

Dulce: Estou pronta.
Ucker: Então vamos. - Ele se levanta e segura a minha mão. -
Ucker: Você demorou.
Dulce: Você nem acredita, o Guilherme me ligou e disse que vai me apresentar para um encenador famoso. - Digo animada.-
Ucker: Que legal, Quando? - Sinto que não foi verdadeiro o seu suposto entusiasmo, mas pode ser apenas coisa da minha cabeça. -
Dulce: Ainda não sei, provavelmente próxima semana, ele está viajando devido a um projeto novo dele, não sei direito.
Ucker: Você quer mesmo fazer isso?
Dulce: Claro, é o que eu sempre quis e agora tudo está esclarecido e eu quero tomar um rumo na minha vida, e isso já é um passo.
Ucker: Então se é assim, faça o que você quer, eu te apoio.
Dulce: Obrigada.

Chegamos em uma lanchonete simples porém bastante aconchegante, se assemelha à lanchonetes da década de 60, as que aparecem em filmes, bem retrô.

Dulce: Eu já gostei do lugar! - Ele ri. -
Ucker: Tem bem gosto daqui, o hambúrguer é maravilhoso! - Ele me leva até uma mesa e puxa a cadeira para mim, isso me faz ri, pois é uma atitude desnecessária mas foi estabelecida como gesto de cavalheirismo. -
Ucker: Por que está rindo? - Ele se senta. -
Dulce: Por nada, apenas pensando na educação que a tia Ale deu para você.
Ucker: Ele fez um bom trabalho.
Dulce: É, isso ela fez, mas às vezes você estraga com o seu ego. - Ele ri. -
Ucker: Nem tudo é perfeito. - Ele dá uma piscadela. -
Dulce: O que vamos pedir?
Ucker: Olha o cardápio, tem várias opções.
Dulce: Já sei, eu quero uma porção de batata frita, dois hambúrguer de cheddar e uma coca grande.
Ucker: Você não tinha perdido o apetite? - Ele volta a ri. -
Dulce: Voltou quando li as opções.
Ucker: Tudo bem, eu vou querer o mesmo.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora