Capítulo sem título 59

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Uma semana depois

Christopher

Estava na minha sala esperando a Anahí chegar, havia marcado de vê-la na impressa e ela já se encontrava cerca de meia hora atrasada, tenho que me lembrar de marcar as coisas com a Anahí sempre uma hora antes do combinado.

Talvez fosse a ansiedade ou realmente ela estava demorando séculos para chegar, enquanto o meu relógio de pulso ainda marcava 08:35, cinco minutos a mais que pareciam uma eternidade.

Ficamos de conversar sobre a surpresa/pedido de namoro que eu farei para a Dulce, isso estava me deixando muito nervoso, eu sempre queria estar mais perto da Dulce e os meus dias eram carregados de pensamentos com o sorriso dela, isso soa muito clichê e essas coisas românticas todas, mas tenho que admitir que quando estava com a Dulce eu me sentia no paraíso e quando eu estava longe dela sempre vinha o seu rosto angelical na memória.

Alguns minutos mais, apesar de parecer horas, Anahí chegou e se sentou a minha frente, o seu sorriso irradiava felicidade e eu desconhecia tal razão.

Ucker: O que aconteceu?
Anahí: Nada, só estou feliz.
Ucker: Não, eu quero saber sobre o seu atraso.
Anahí: Ei, calma aí, eu não podia sair de qualquer jeito, tinha que me arrumar.
Ucker: Eu combinei contigo às 08:00. - Ela ver o visor do seu celular. -
Anahí: São 08:50, cheguei ainda dentro das oito.
Ucker: Vou te ensinar como funciona as horas e para quê serve o relógio, mocinha. - ela faz uma careta. -
Anahí: Tá de mau humor é? Isso faz mal para a aura do lugar. - Ela sinaliza para a minha sala com as mãos. -
Ucker: O meu humor e a aura da minha sala não são o motivo pelo qual te chamei aqui.
Anahí: Não mesmo, eu posso até trazer um Quartzo para você, mas não faço esse tipo de limpeza espiritual.

Christopher

Anahí: E que esteja pronto a noite, porque eu vou precisar dele.
Ucker: Nem ferrando que você vai ver o que eu escrevi.
Anahí: Eu não vou ler, mas vou precisar dele.
Ucker: Não Anahí, já é demais. - É óbvio que eu não vou entregar para ela as coisas que eu penso sobre a Dulce. -
Anahí: Olha, você sela o envelope e você vai ter ele de volta amanhã a noite. Eu não vou abrir.
Ucker: Por que eu devo confiar?
Anahí: Porque você está nervoso e amanhã vai estar mais ainda, e eu sou a pessoa que está te ajudando, então você vai ter que confiar em mim. - Ela cruza os braços e arqueia a sobrancelha esquerda meio que me interrogando. -
Ucker: Vou fazer isso, mas se você abrir esse envelope, você já sabe.
Anahí: Ameaças? - Ela sorri. -
Ucker: É um aviso prévio.
Anahí: O que você vai colocar nesse papel? Eu acabei de ficar curiosa.
Ucker: Nem eu sei ainda o que vou escrever.
Anahí: Escreva coisas verdadeiras, não exagere e também não finja que não se importa. Essas coisas são especiais, e coloca tudo para não esquecer.
Ucker: Eu já entendi.
Anahí: Entendeu mesmo? Não vai fazer as coisas erradas?
Ucker: Eu estou fazendo exatamente o que você quer que eu faça, se eu fizer errado é porque segui as suas instruções.
Anahí: Se você fizer do jeito que eu estou dizendo, então vai sair perfeito.
Ucker: Eu não sei o que deu em mim para confiar em você.
Anahí: Você percebeu o quanto a sua irmã é responsável e solidária, mas a gente conversa sobre as minhas boas ações depois. Agora eu vou na sala do papai e depois vou para a casa da Dulce. - Ela se levanta e vem para perto de mim. - Tchau maninho. - Ela beijo a mim bochecha e eu me levanto para acompanhá-la até a porta. -
Ucker: Tchau. - abraço ela e abro a porta para ela sair. -
Anahí: Não esquece de escrever, eu vou precisar dele hoje. - Ela adverte antes de sair. -
Ucker: Tudo bem.

Volto para a cadeira e começo a pensar sobre o que gostaria de falar para a Dulce para colocar no papel, só a Anny para me fazer pensar nisso. Nunca fui bom com palavras mas eu acho que o ocasião pede.

Continuo pensando e me vem na memória os momentos em que estive com a Dulce, até os que a gente discutia, isso me faz sorrir. Todas as vezes que ela se irritou com alguma brincadeira minha e todas as vezes que ela revidou. É particularmente estranho se apaixonar por uma pessoa que você vivia em pé de guerra.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora