Capítulo sem título 30

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Dulce
Eu não queria ter vindo, mas poncho e Anahí insistiram tanto que eu não tive outra escolha. Eu não estava com humor para dançar ou ficar com alguém, a única coisa que eu queria hoje era estar em casa, assistindo um filme ou qualquer coisa do tipo, o barulho me incomodava, a bebida demorava a fazer efeito e a única pessoa que falava comigo era o barman que vinha me servir mais bebida.
Dulce: É Dulce, Você hoje não está no clima para isso. - digo de cabeça baixa e observo a taça que estava na minha mão.-
Ucker: Falando sozinha? - Uma voz familiar faz eu direcionar o olhar para ao lado e percebo a presença de Christopher.
Dulce: Não, tava esperando um idiota fazer essa pergunta. - Ele ri.-
Ucker: Não está de bom humor né?
Dulce: Você tem o poder de fazer o meu humor mudar.
Ucker: Espero que seja para melhor. - Diz com um sorriso maravilhoso.-
Dulce: Não, é para pior mesmo, mas me diz logo o que você quer.
Ucker: Eu não quero nada, estou aqui pelo menos motivo que você.
Dulce: Dúvido muito que você tenha sido obrigado a vim para cá.
Ucker: Não, mas eu vim aqui pegar uma bebida, o mesmo que você. - Ele diz apontando para o meu copo. - O que está bebendo?
Dulce: Mojito.
Ucker: Sempre com uma bebida diferente.
Dulce: Como eu disse, eu gosto de variar o cardápio.
Ucker: Certo, vou querer o mesmo. - Diz falando para o barman.
Dulce: Você não vai ficar aqui não né?
Ucker: Porque não? Sua companhia está tão agradável.
Dulce: Eu sei que sou uma ótima companhia, mas não sei se posso falar o mesmo de você.
Ucker: Vamos tentar, da última vez deu certo, até demais, tá com medo de cair nos meus encantos de novo. - Ele fala próximo a minha orelha e meu corpo corresponde ao seu calor com arrepio. -
Dulce: Isso não vai acontecer de novo, aliás, eu já até esqueci.
Ucker: Tem certeza? Não quer que eu te lembre?.- Eu queria sim relembrar, mas eu não ia fazer isso, não hoje.-
Dulce: Eu não preciso lembrar de nada, coisas que não são importantes eu não guardo na memória.
Ucker: Acho que o que aconteceu é bastante importante para você não ter esquecido. - Ele se aproxima mais e o meu corpo me trai. - Você pode ter esquecido, mas o seu corpo eu duvido muito.

Se o Christopher queria brincar, eu ia jogar da mesma forma, não tinha mais nada para fazer mesmo e eu não ia me render tão facilmente.
Dulce: Eu acho que o seu também não esqueceu. - Digo passando a mão pelo seu short e ele ri.-
Ucker: Ele não esqueceu, mas tá doido para sentir o seu de novo.
Dulce: Que pena, hoje eu não estou tão bebada para sair te beijando.
Ucker: Da última vez você também não estava. - Ele diz passando a sua mão pelo meu cabelo e se aproximando mais. -
Dulce: Você vai querer me beijar aqui? Na frente dos seus amigos?
Ucker: Aposto que eles estão ocupados demais fazendo o que estamos prestes a fazer.
Dulce: Estamos? - Eu provoco.-
Ucker: Sim, estamos. - Ele susurra.-
Dulce: Sabe, eu não sei se aqui é realmente o melhor lugar para isso. - digo passando minha mão pelo seus ombros. -
Ucker: Não tá afim de que as pessoas saibam que você se rendeu aos meus encantos?
Dulce: Eu acho que quem está rendido aqui é você. - Eu falo ainda no jogo de sedução.-
Ucker: Porque você acho isso? - Ele fala próximo ao meu ouvido e beija o meu pescoço.
Dulce: Porque você não estaria perdendo tanto tempo assim com uma garota só para beijar ela de novo. - Falo sorrindo.-
Ucker: Eu não consegui aproveitar o último beijo como eu devia.
Dulce: Você se viciou? - Pergunto aproximando nossos lábios.
Ucker: Eu acho que sim.
Dulce: Só acha?
Ucker: Aham.
Dulce: Que pena, se você tivesse certeza eu lhe beijava de novo, sabe como é o vício né. - falo fazendo charme e ele ri.-
Ucker: Você não presta. - Diz segurando a minha cintura e me dando um beijo.
Um beijo na mesma intensidade que o primeiro, eu não podia resistir, eu queria tanto quanto ele, e ele estava fazendo direito, ele sabia fazer direito. Os beijos com o Christopher me traziam uma sensação única, era cheio de vida e prazer, ele sabia passear sua mão sobre o meu vestido e segurava o meu rosto com vontade e ao mesmo tempo delicadeza.
Se eu ainda tinha dúvidas de que o meu melhor beijo foi com Christopher, acabou de ser confirmado que sim.

Paramos o beijo e estávamos sem ar, um sorriso brotou em seu rosto e eu consequentemente também sorri.
Dulce: Eu não ia te beijar.
Ucker: Acha mesmo que ia me provocar e sair ilesa?
Dulce: Eu tinha tudo sob controle se você tivesse resistido. - Digo com um sorriso bobo.-
Ucker: Me diz como é que eu resisto.
Dulce: Você resistiu esses anos todos, porque não conseguiu agora?
Ucker: Porque eu não tinha provado o seu beijo antes.
Dulce: Os meus beijos causam esse efeito em muitos caras, mas não se acostuma tá? São poucos os que tem o privilégio de repetir.
Ucker: Também são poucas as que tem o privilégio de repetir o meu.
Dulce: Eu imagino, o seu beijo até que é bom.
Ucker: Bom? Tem certeza que provou direto? - Ele se faz de ofendido.-
Dulce: Não sei se provei direito.
Ucker: Então eu acho que tem que repetir. - Ele diz se aproximando mais de mim.-
Dulce: Eu também acho.
Então começamos outro beijo que fez o meu corpo sentir a necessidade do Christopher mais perto de mim, não tinha como negar a conexão entre os nossos corpos, ele me beijava em um ritmo delicado, diferente do último, ele estava conhecendo o meu beijo, esse parecia não ter a preocupação de que seria o último, eu acho que não teria mais o último beijo, era tudo tão surreal, mas ou menos tempo parecia que era para acontecer, que nós dois precisavamos disso.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora