Capítulo sem título 44

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Christopher

Saí da empresa às 16:20 e fui direto para a casa do Christian. Ele não era a melhor pessoa para me dar um conselho ou algo do tipo, mas ele é primo da Dulce, então poderia me ajudar.

Cheguei à casa do Christian e fui recepcionando por um funcionário da casa enquanto esperava ele vir falar comigo.

Christian: Qual o motivo da sua pressa em conversar comigo? - Eu escuto ele falando atrás de mim e eu me viro para olhá-lo.-
Ucker: Eu nem sei como te contar isso. - Falo lhe cumprimentando. -
Christian: Não deve ser tão difícil.
Ucker: Eu tô ficando com a Dulce! - Digo rapidamente e Christian me olha surpreso.-
Christian: Como assim? A Dulce?
Ucker: Sim, a Dulce.
Christian: A Dulce Maria? A Dulce minha prima?!
Ucker: Exatamente, ela mesma.
Christian: Me explica isso, eu não tô acreditando.
Ucker: Eu falei que ia ser difícil te contar isso, mas aconteceu.
Christian: Como assim aconteceu? Eu quero saber dessa história direito.
Ucker: Foi na festa em que vocês deixaram a gente sozinhos, aí nós se beijamos, depois ela ficou me evitando, aí no dia que fomos na boate a gente também se beijou. Aí a gente saiu para jantar e foi rolando. - Enquanto eu contava a expressão de Christian era engraçada. -
Christian: Eu ainda não consigo acreditar.
Ucker: É tão difícil assim de acreditar?
Christian: Você e ela viviam em guerra, como podem estar se beijando? - Ele me faz ri. -
Ucker: Vendo por esse lado, realmente é inacreditável.
Christian: Agora eu acho que você não veio aqui só para me falar isso.
Ucker: E não vim.
Christian: Então o que aconteceu?
Ucker: O que aconteceu é que nós estamos só ficando e os pais dela já sabem... - Ele me interrompe.-
Christian: O poncho já sabe?
Ucker: Sabe.
Christian: Então já sei o que você está fazendo aqui, veio me convidar para o seu velório, eu vou sim.
Ucker: Claro que não, deixa eu terminar de contar.
Christian: Você acha mesmo que não vai precisar de um velório? Porque eu podia preparar algo mais reservado e bonito.
Ucker: Tá louco? Eu não vou morrer, não agora.
Christian: Você acha mesmo que vai estar vivo? O PONCHO SABE QUE VOCÊ ESTÁ PEGANDO A DUL! - Ele se exalta. -


Ucker: Ele não vai me matar.
Christian: Você não conhece o amigo que tem?
Ucker: Conheço, por ele ser meu amigo ele não vai me matar.
Christian: E é por isso que ele vai te matar, O AMIGO DELE ESTÁ FICANDO COM A SUA IRMÃ!
Ucker: Calma, Não exagera. -Digo já nervoso. -
Christian: Se considere um homem morto, só vou falar coisas bonitas no seu velório. - Ele diz secando uma lágrima imaginária. -
Ucker: Já deu, eu vim aqui falar de outra coisa.

Christopher)

Christian: Então fala logo o que veio fazer aqui.
Ucker: A situação é que eu só estou ficando com a Dulce, e eu queria algo sério.
Christian: Tipo namoro?
Ucker: Isso!
Christian: Ucker, Você não está nada bem.
Ucker: por que?
Christian: Como você quer pedir a Dulce em namoro?
Ucker: Como as pessoas fazem.
Christian: Tu sabe que a Dulce nunca namorou né?
Ucker: Eu sei.
Christian: E não foi por falta de cara, foi porque ela não achou nenhum dos candidatos bom para ser o seu namorado.
Ucker: O que você quer dizer com isso?
Christian: Eu quero dizer que este posto está reservado para uma pessoa muito, muito, muito importante para ela, não é qualquer um que é escalado para ser o namorado dela.
Ucker: Você acha que eu não sou essa pessoa?
Christian: Não sei, mas não pensa que vai ser fácil.
Ucker: Por que com ela é tão difícil assim?
Christian: Porque é a DULCE MARIA, não tem como ser fácil, você devia ter pedido ajuda ao Eddy.
Ucker: Por que eu pediria ajuda ao Eddy?
Christian: Porque ele conhece mais ela do que eu.
Ucker: Você é o primo dela!
Christian: Mas isso não quer dizer que ela me trate bem.
Ucker: Mas e aí? O que eu faço?
Christian: Primeiro você deveria saber se ela quer o mesmo que você, depois você vai atrás de fazer algo que ela goste, algo que tenha um simbolismo, até porque ela nunca teve um namorado, então seria interessante se você fizesse algo especial.
Ucker: Tá, então eu tenho que ter a certeza de que ela quer namorar comigo, aí eu vou precisar da ajuda da Anahí.
Christian: Pronto, então já não precisa mais da minha ajuda.
Ucker: Não, ainda tem o poncho.
Christian: Perdão, mas eu não tô afim de virar saco de pancadas.
Ucker: Muito menos eu, o que eu faço?
Christian: Não se conversar civilizadamente com ele possa adiantar.
Ucker: Mas ele também tá com a minha irmã.
Christian: É um ótimo argumento, pena que não vai funcionar.
Ucker: Por que não?
Christian: Quer comparar o seu histórico com o dele? Quem tem mais juízo de nós quatro é o poncho, eu nem sei como ele foi se misturar com a gente. - A gente ri. -


Ucker: Você tem razão, ele serve para a minha irmã, agora eu não sei se sirvo para a dele.
Christian: você tá gostando mesmo da Dul?
Ucker: Pior que sim.
Christian: Então o Alfonso será o menor dos seus problemas para estar com ela, vai lá e fala que gosta dela e que independente do que o Poncho fale, ou qualquer outra pessoa, você vai lutar para ficar com ela.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora