Capítulo sem título 56

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Christopher

Ucker: Nós formaríamos um belo casal, pena que ela não gostava muito do México e foi morar na Itália.
Dulce: Então vai atrás dela, aposto que a vida em Roma deve ser incrível.
Ucker: É um bom conselho, mas eu escolheria Veneza, ela não mora na capital. - Eu percebo que ela começa a se irritar.-
Dulce: Você é ridículo, Uckermann! - Ela cruza os braços e desvia o olhar. -
Ucker: Olha só, me chamou pelo sobrenome, é o efeito do ciúme? - Ela me fita com desdém e se pronuncia. -
Dulce: Como eu havia dito, eu não estou e nunca estive com ciúmes de você, mas acredite o que quiser, não vou perder o meu tempo rebatendo o seu ego. - Ela fala calmamente com a devida elegância que lhe pertence. -
Ucker: Você já está fazendo isso, baby.
Dulce: Você vai continuar com isso ou quer que eu comece a te lembrar dos xingamentos que eu fazia? Porque coincidentemente veio uma enorme vontade de usá-los novamente. - Ela sorri sarcasticamente. -
Ucker: Eu adoraria escutar eles, mas estamos em um lugar público e eu não poderia desfrutar deles devidamente. - Ela semicerra os olhos e dá um sorrisinho presunçoso. -
Dulce: Não era você que agora a pouco estava falando que gostava de mim para o meu irmão e quase levava um soco, e agora está querendo discutir? - Ela volta a se inclinar na mesa para ficar próxima de mim e eu repito o movimento dela. -
Ucker: É porque você fica tão sexy quando decide discutir comigo. - Ela revira os olhos e solta um sorriso sincero. -
Dulce: Já não te conheço mais, Christopher. - Ela sorri negando com a cabeça. -
Ucker: Tá bom, vamos sair daqui.

Puxo a sua mão e pago a conta, foi uma discussão pois ela não quis que eu pagasse, mas depois de muita insistência eu disse que na próxima ela pagava, ela relutante aceitou.

Dulce

Saímos da lanchonete e caminhamos um pouco pela avenida, vendo os carros passar em alta velocidade e som dos pneus deslizando sob o asfalto. Não é um daqueles ambientes tipicamente românticos, pois um casal - Considerado que somos um possível casal - não consumam sair e andar pela avenida à noite. Geralmente é em um jardim ou na praia, essas coisas que aparecem em filmes e em livros. Mas eu estava gostando do nosso passeio improvisado.

Andamos lado a lado de mãos dadas, o que é estranho, mas não falamos nada um com outro, o que também é estranho, já que quando estamos na presença de um pessoa tendemos à conversar, mas o silêncio entre a gente era bom, e o que aconteceu na lanchonete não foi um discussão que comprometesse a nossa "relação", mesmo eu querendo matar ele enquanto falava da Belinda. Então não estávamos com raiva um do outro, talvez ele estivesse pensando a mesma coisa que eu, pensando em como a presença um do outro é confortante.

Mas aí o vento frio tomou conta do ambiente e eu não estava vestida para sair a noite, o Christopher nota a minha arrepiar pelo frio da noite e para para me olhar.

Ucker: Acho que você está com frio. - Ele passa as suas mãos em movimento de sobe e desce nos meus braços na tentativa de me aquecer. - É melhor voltarmos para o carro.
Dulce: Não, eu posso aguentar um ventinho. - Ele sorri. -
Ucker: Tem certeza? É melhor a gente voltar antes que piore. - Ele faz menção de voltar e eu seguro o seu braço. -
Dulce: Não, vamos ficar mais um pouco. Logo ali na frente tem uma pracinha, não é muito longe.
Ucker: Tudo bem então.

A gente caminha mais um pouco e eu fico mais próxima de Christopher, o frio estava aumentando, mas eu não queria voltar pra casa e muito menos me despedir dele.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora