Eu odeio te amar

Capítulo sem título 38

Dulce

Ao final do filme Christopher já estava colado comigo, por sorte poncho não percebeu, Anahí chorava horrores e eu só conseguia ri dela.

Ucker: É normal uma pessoa chorar tanto com um filme? - Ele sussura no meu ouvido e eu arrepio. -
Dulce: Eu acho que não, mas quando a pessoa é a Anahí eu não duvido de nada. - digo baixo. -

Poncho também estava com uma expressão triste e o filme também havia comovido ele. Enfim eles tiram o filme e acendem as luzes, eu logo me afasto de Christopher e ele sorri.

Poncho: Ótimo, agora estou me sentindo mal.
Anahí: Por que?
Poncho: Porque querendo ou não ele deu a vida dele pela pessoa que ele ama.
Anahí: E você se sente mal por isso?
Dulce: Deve ser porque ele não teria coragem de fazer o mesmo.
Poncho: Claro que eu teria mas eu fico pensando o quão inútil eu seria se isso acontecesse comigo.
Ucker: Nós não somos o Jack.
Poncho: Ah não somos mesmo.
Dulce: Nem nós a Rose, então tudo certo.
Anahí: Claro que não somos, eu sou mais bonita que a Kate Winslet. - Ela nos faz ri. -
Anahí: Por que estão rindo, é verdade!
Poncho: Claro que é.
Ucker: Você nem é convencida né? - Ele ironiza.
Anahí: Só um pouquinho.

Eu queria ficar sozinha com o Christopher, mas eu não sabia o que inventar para ficar com ele sem que o Poncho desconfiasse, eu não podia simplesmente puxar o Christopher para outro canto, o meu irmão provavelmente desconfiaria.

Christopher

Eu já não estava mais aguentando segurar a vontade de beijar a Dulce e a Anahí não fazia nada para deixar a gente sozinhos.

O clima já estava ficando chato e era perceptivo a cara de tédio da Dulce, o poncho e a Anahí estavam sentados abraçados e conversando baixo entre si.

Anahí: Dulce? - Ela diz e me desperta dos meus pensamentos. -
Dulce: Oi.
Anahí: Você podia ajudar o Christopher a fazer alguma coisa para a gente comer.
Poncho: E tu sabe cozinhar? - Ele me pergunta e eu não poderia falar a verdade, era a oportunidade de ficar sozinho com a Dulce. -
Ucker: Claro, sei o básico.
Poncho: Isso é novidade!
Anahí: E aí Dulce? Ajuda ele, estou morrendo de fome.
Poncho: Poderíamos pedir alguma coisa.
Dulce: Não, não iremos fazer desfeita a uma comida preparada pelo Christopher. - Ela se levanta -
Dulce: Vem Christopher, já vou logo dizendo que eu só vou te dizer onde está as coisas.
Ucker: Tudo bem. - Me levanto e acompanho ela até a cozinha e escuto a Anahí gritando. -
Anahí: Eu realmente estou com muita fome. - Logo depois escuto o Alfonso. -
Poncho: Eu também!

Quando chego na cozinha vejo Dulce com um belo sorriso no rosto.
Dulce: Então você sabe cozinhar?
Ucker: Não, mas eu não poderia negar um momento contigo.
Dulce: Muito espertinho você. - Eu me aproximo dela.
Ucker: Quando se trata de você eu sou sim. - Digo afastando seu cabelo do rosto. -
Dulce: É mesmo?
Ucker: Sim. - Digo e logo beijo-a e tomo o seu corpo em meus braços, ela envolve suas mãos em minha nuca e ficamos assim até ficarmos sem ar.

Christopher

Quando nos afastamos ela sorri para mim e eu me perco em seus olhos brilhantes, até que ela me dá uns três selinhos e depois se solta de mim.

Dulce: Você vai ter que fazer alguma coisa para a gente comer.
Ucker: Eu não. Nós vamos fazer!
Dulce: Eu não sei fazer nada. - Ela ri. -
Ucker: Aprende.
Dulce: Com quem? Nem você sabe.
Ucker: Eu sei fazer algumas coisas.
Dulce: Tipo? - Ela se senta na ilha central da cozinha. -
Ucker: Sei fazer panquecas.
Dulce: São horas para comer panquecas?
Ucker: Melhor do que nada.
Dulce: Devia ter deixado o poncho pedir comida.
Ucker: Se você tivesse feito isso, não estaríamos juntos aqui.
Dulce: Mas eu prefiro comer uma coisa boa.
Ucker: Não gosta de panquecas?
Dulce: Gosto, mas eu não sei se confio em você fazendo.
Ucker: Você vai aprender com o melhor, agora se levanta daí e pega as coisas para eu fazer. - Digo descendo ela da ilha. -
Dulce: O que você precisa?
Ucker: Farinha de trigo, ovos, manteiga, leite, açúcar e fermento.
Dulce: Só isso?
Ucker: E uma frigideira.
Dulce: Tá bom. - Ela diz pegando as coisas.-
Dulce: E agora?
Ucker: Agora é bater os ovos, depois adicionar o leite, a manteiga e o açúcar.
Dulce: Tá bom, pode começar. - Ela diz e eu começo a bater os ovos enquanto ela ria da forma que eu fazia. -
Dulce: Tem certeza que isso vai ficar bom?
Ucker: Certeza eu não tenho, mas sou eu que estou fazendo, então deve ficar.
Dulce: Você é mais convencido que a Anahí.
Ucker: Deve ser de família, agora coloca uma xícara de farinha de trigo para mim, por favor. - Ela assente e pega a farinha e abre, mas ela é indelicada e se suja com a farinha.-
Ucker: É tão desastrada assim? - Digo rindo. -
Dulce: Eu e cozinha não combinamos. - Ela diz colocando a farinha na xícara e acaba derrubando um pouco. -
Ucker: Você está sujando tudo. - Digo ainda rindo.-
Dulce: É claro que não. - Ela se vira para mim e acaba derrubando uma parte da farinha em mim.-
Ucker: Ah não, Dulce! - Ela começa a ri descontroladamente. -
Dulce: Agora sim eu sujei tudo. - Ela não parava de rir. -
Ucker: Então é assim? - Eu pego a farinha e passo em seu rosto. -

Dulce: Não Christopher! - Ela diz e dessa vez sou eu que começo a rir.
Ucker: Agora está ótimo.
Dulce: Não, ainda não. - Ela diz e passa mais farinha no meu rosto.
Dulce: Agora sim. - Ela ri. -
Ucker: Olha o nosso estado. - Digo olhando para a nossa roupa. -
Dulce: Nada que água e sabão não resolva.
Ucker: Perfeito, agora você vai colocar direitinho né? - Ela ri. -
Dulce: Está com medo de eu tacar o resto em você? - Ela diz pegando a farinha e olhando para ela. -
Ucker: Você não faria isso.
Dulce: Só não faço porque estou com fome e preciso dessa farinha.
Ucker: Ainda bem.