Capítulo sem título 60

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Christopher

Ucker: Já chega, eu não preciso dessas coisas. Eu só quero saber se está tudo certo para amanhã.
Anahí: Para o pedido de namoro?
Ucker: Claro, para o que mais sería? - Pergunto já impaciente. -
Anahí: Não sei, para o SPA que eu marquei com a Dulce, com a Zoraida e com a Maite para amanhã?
Ucker: Me diz logo, Anny.
Anahí: Sobre o SPA ou o pedido de namoro? - Eu reviro os olhos e passo a mão pelos cabelos. - Tá, tá bom. Está tudo certo sim, você vai sair às 15:00 para lá e eu vou com a Dulce depois.
Ucker: Porque ela vai com você? A gente pode ir junto.
Anahí: Não, eu vou com ela porque eu dei a desculpa de que precisava resolver umas coisas por lá e ela vai comigo.
Ucker: Isso vai dá certo? - Desconfio do seu "plano".
Anahí: Confia em mim, está tudo planejado e arquitetado, não tem como dá errado.
Ucker: Não fala isso, sempre tem como dá errado.
Anahí: Pode ser, mas quem elaborou tudo fui eu, então a probabilidade de não funcionar é bem baixa.
Ucker: Você é tão convencida!
Anahí: Eu aprendi com você. - Ela joga um sorriso. -
Ucker: Você ficou bem melhor do que eu nisso.
Anahí: Que é isso! Não vou desmerecer a minha referência. - Ela arranca um sorriso do meu rosto enquanto nego com a cabeça. -
Ucker: Você arrumou tudo sozinha?
Anahí: Não, eu tenho os meus contatos. - Ela dá uma piscadela. -
Ucker: Tudo bem.
Anahí: Espera, eu quero te entregar uma coisa. - Ela vasculha a sua bolsa procurando algo. - Isso! - Ela retira da bolsa um envelope prateado.-
Anahí: Pega, você vai colocar exatamente tudo o que você quer falar para a Dulce no papel que está dentro desse envelope. - Ela me entrega o envelope e eu olho para ele tentando achar o intuito disso. -
Ucker: Pra quê isso?
Anahí: Para você não esquecer de nada.
Ucker: Eu não vou esquecer.
Anahí: Dá pra fazer o que eu estou pedindo? - Ela fica com raiva. -
Ucker: Eu não vejo necessidade disso, mas vou fazer por via das dúvidas.
Anahí: Ótimo, você escreve o que você sente por ela como se estivesse escrevendo para ela, não poupe nas palavras Uckermann!
Ucker: Farei o que me pede, senhora exigente. - Guardo o envelope na minha bolsa. -

Christopher

Anahí: E que esteja pronto a noite, porque eu vou precisar dele.
Ucker: Nem ferrando que você vai ver o que eu escrevi.
Anahí: Eu não vou ler, mas vou precisar dele.
Ucker: Não Anahí, já é demais. - É óbvio que eu não vou entregar para ela as coisas que eu penso sobre a Dulce. -
Anahí: Olha, você sela o envelope e você vai ter ele de volta amanhã a noite. Eu não vou abrir.
Ucker: Por que eu devo confiar?
Anahí: Porque você está nervoso e amanhã vai estar mais ainda, e eu sou a pessoa que está te ajudando, então você vai ter que confiar em mim. - Ela cruza os braços e arqueia a sobrancelha esquerda meio que me interrogando. -
Ucker: Vou fazer isso, mas se você abrir esse envelope, você já sabe.
Anahí: Ameaças? - Ela sorri. -
Ucker: É um aviso prévio.
Anahí: O que você vai colocar nesse papel? Eu acabei de ficar curiosa.
Ucker: Nem eu sei ainda o que vou escrever.
Anahí: Escreva coisas verdadeiras, não exagere e também não finja que não se importa. Essas coisas são especiais, e coloca tudo para não esquecer.
Ucker: Eu já entendi.
Anahí: Entendeu mesmo? Não vai fazer as coisas erradas?
Ucker: Eu estou fazendo exatamente o que você quer que eu faça, se eu fizer errado é porque segui as suas instruções.
Anahí: Se você fizer do jeito que eu estou dizendo, então vai sair perfeito.
Ucker: Eu não sei o que deu em mim para confiar em você.
Anahí: Você percebeu o quanto a sua irmã é responsável e solidária, mas a gente conversa sobre as minhas boas ações depois. Agora eu vou na sala do papai e depois vou para a casa da Dulce. - Ela se levanta e vem para perto de mim. - Tchau maninho. - Ela beijo a mim bochecha e eu me levanto para acompanhá-la até a porta. -
Ucker: Tchau. - abraço ela e abro a porta para ela sair. -
Anahí: Não esquece de escrever, eu vou precisar dele hoje. - Ela adverte antes de sair. -
Ucker: Tudo bem.

Volto para a cadeira e começo a pensar sobre o que gostaria de falar para a Dulce para colocar no papel, só a Anny para me fazer pensar nisso. Nunca fui bom com palavras mas eu acho que o ocasião pede.

Continuo pensando e me vem na memória os momentos em que estive com a Dulce, até os que a gente discutia, isso me faz sorrir. Todas as vezes que ela se irritou com alguma brincadeira minha e todas as vezes que ela revidou. É particularmente estranho se apaixonar por uma pessoa que você vivia em pé de guerra.

Eu odeio te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora