Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amor

Uma visita inconveniente

Na manhã do dia seguinte, Bulma evitou o saiyajin o máximo que pode.

"Que ideia idiota. Se eu pudesse, me enfiava em um buraco e não saia nunca mais. Não sei nem se vou subir para almoçar."

Ao invés do laboratório, passou a manhã no setor de montagem e testes. Ela sabia que, lá em baixo, no subsolo da empresa, Vegeta não desceria para procura-la e que ele jamais deixaria passar em branco o mico da noite passada.

A cientista não conseguia se concentrar direito estando inundada por pensamentos. Que desculpa daria? A casa era realmente enorme mas, não poderia se esconder de Vegeta para sempre.

_ Senhorita Bulma...? Está tudo bem? _ Perguntou Raka, amigavelmente.

_ Sim, sim chefe Raka. Só estou um pouco... pensativa.

_ Sem novos projetos pra avaliar hoje?

_ Tem sim, mas queria dar mais atenção a esse setor depois do que aconteceu com a troca de material...

_ Desculpe, Senhorita Bulma, mas eu sei tem alguma coisa acontecendo. Tenho uma filha jovem também... Se precisar conversar, conte comigo.

_ Chefe Raka, você é incrível!

Raka ficou um pouco sem graça, mas feliz com o elogio. Tinha Bulma como a uma filha e se sentia no dever de ajuda-la. Ele voltou ao seu trabalho e deixou que a cientista ficasse tranquila entre seus pensamentos.

A manhã passou rápido e logo chegou a hora do almoço. Vendo que Bulma ainda estava lá, perambulando perdida entre todos protótipos e sucatas, Raka resolveu tentar mais uma vez:

_ Senhorita Bulma, tem certeza que não quer conversar?

_ Eu estou um pouco confusa com algumas coisas que vem acontecendo de uns dias pra cá, mas está tudo bem, não é nada grave.

_ Seria por causa do seu ex namorado lutador? As notícias, aqui, correm rápido.

_ Não, não...

_ Então é sobre o outro lutador que está morando aqui, não é verdade? Os rapazes me contaram que ele invadiu seu laboratório e fez um belo estrago na porta. Ele está te incomodando?

_ O Vegeta? Imagina... Ele é difícil, mas consigo lidar bem com ele... Bem, mais ou menos... _ Bulma corou lembrando da noite passada.

_ Você está apaixonada, Senhorita Bulma?

_ Eu? Não... hahaha Imagina, chefe Raka. Chega de lutadores.

Raka soltou uma risada densa porém curta e continuou:

_ Vou fingir que acreditei na senhorita para não ser mandado embora. _ E continuou rindo.

_ Isso nunca aconteceria. Sem você a corporação não funciona. _ E Bulma riu com seu amigo. _ É que... Eu fiz uma coisa boba e agora não sei que desculpa usar. Sei que ele vai rir de mim para o resto da vida.

_ Senhorita Bulma, você é uma jovem inteligente. Independentemente do que tenha feito e mesmo não conhecendo esse rapaz...

_ Nem queira. _ Interrompeu, Bulma.

_ Sei que saberá como agir na hora certa.

_ Obrigada, chefe Raka.

_ E por favor, menina, pare de fingir que não está gostando desse lutador. Ele seria muito idiota se não percebesse a mulher inteligente e doce que você é.

Bulma corou no mesmo instante e chefe Raka continuou ao perceber o silêncio da jovem:

_ Você não vai almoçar, Senhorita Bulma?