A confusão de sentimentos e a gratidão de um orgulhoso

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Vegeta se culpava e se reprimia por estar agindo dessa forma.

Sentado em sua cama, com os braços cruzados, ficava imerso em sua mente: "Que tipo de saiyajin eu sou? Não deveria estar me deixando levar por essa terráquea abusada. Sou o príncipe da minha raça, não posso me comportar como Kakaroto, aquele verme... Se acomodou na terra, junto com aquela mulher escandalosa e mal educada e teve um filho hibrido chorão. Como pôde se deixar levar dessa forma? Vou supera-lo e acabar com aquele maldito."

E perdido em pensamentos, Bulma aparecia e tomava sua mente, tirando a atenção da vingança do saiyajin. Ele não queria, mas não conseguia parar de sentir o toque dela em seu corpo cheio de cicatrizes. Cerrava as mãos, os olhos e os dentes com força e raiva de si mesmo. Não conseguia entender o porque, por mais que tentasse, não achava um sentido por estar se comportando daquela maneira.

"Por que, Bulma? Por que você me causa essa dor?"

O príncipe orgulhoso não conseguia assimilar o que sentia. Em toda sua vida, nunca teve sensações como as que estavam surgindo. Só conhecia sangue, dominação, desespero... Dor. Ele sentia aquela dor horrível quando pensava em Bulma, mas era diferente. Não era como a dor da derrota humilhante que sentiu quando Goku poupou sua vida, nem como a dor que sentiu por saber que seu planeta não existia mais, que sua raça guerreira tão superior, tão forte havia sido dizimada. Definitivamente, era uma dor diferente e o deixava confuso, atordoado... O fazia sentir fraco.

"O que essa garota terráquea está fazendo comigo?"

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Durante a madrugada, uma tempestade se aproximou da cidade. Não podia ser diferente, com o calor que se fez na última semana.

Bulma estava envolvida por um sono leve. Despertou vagarosamente tendo a impressão de ouvir algo do lado de fora de seu quarto. Olhou para a sacada, por cima do ombro, mas suas cortinas fechadas não a deixavam ver o lado de fora. Se virou em direção a janela e manteve seus olhos abertos, mesmo não enxergando muita coisa no breu daquela noite fechada e sem estrelas.

Ela ouviu um barulho leve de chuva que começava a cair e aquele som a fez relaxar. Se aninhou em sua cama, entre travesseiros e lençóis leves de seda, mas não tirou a atenção da janela, mal iluminada pela noite.

Como o flash de uma câmera, a luz de um relâmpago iluminou seu quarto.

Estava ela sonhando ou realmente era real o que pensou ter visto? Naquele clarão, viu a sombra de Vegeta flutuando em frente a sua janela. Foi tão rápido que ela não quis levantar para conferir. Pensou que estava vendo coisas por causa da interação magnética que tiveram horas antes. Estava cada vez mais difícil não pensar no saiyajin e lembrar da noite de sábado, de como estavam próximos horas antes até o celular atrapalhar tudo.

"Maldito Yamcha!"

Revirou os olhos e se distraiu do pensamento no ex, lembrou que seria uma semana bastante movimentada sem seu pai no laboratório. Suspirou fundo e mergulhou de volta em seu sono, mas não sem antes pensar novamente na sombra do saiyajin em sua janela.

"Credo! Só posso estar vendo coisas."

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Vegeta percebeu pelo ki de Bulma que ela havia voltado a dormir e retornou para o seu quarto, flutuando devagar e sentindo algumas gotas de chuva finas caírem em sua pele. Era mesmo dor o que sentia?

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Cedo, naquela manhã chuvosa, a jovem cientista já se encontrava em seu laboratório. O café da manhã passou batido, não tinha tempo a perder e muito trabalho a fazer.

Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora