Quem são os monstros?

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"Me arrumei toda pra que? Pra beber sozinha nesse fim de mundo pensando em um grosseiro tarado." Falava Bulma pra si mesma no alto de uma montanha solitária enquanto via as luzes da cidade se apagarem aos poucos.

"Perdendo tempo e sujando meu vestido sentada em uma pedra imunda enquanto penso naquele lunático. O que você está fazendo Bulma Brief?"

Mais cedo naquela mesma noite, Bulma foi até a porta da boate mas estava ainda eufórica com o que aconteceu há alguns minutos atrás. Decidiu não entrar. Queria ficar sozinha.

Ela já estava um pouco embriagada pelo vinho barato que comprou em uma loja de conveniência e percebeu que não teria condições de dirigir até em casa.

O álcool sempre nos fazendo ter atitudes idiotas.

Tirou seu salto, pegou a capsula do carro e como uma doida saiu caminhando até a estrada por uma pequena trilha.

"Primeiro o imbecil, cretino, maldito do Yamcha mete um belo par de chifres na minha linda cabecinha... Um não, vários, pelo que vi e agora esse saiyajin doido vem querer dar em cima de mim... Mas não o culpo, sou atraente e brilhante. Claro que ele se interessaria... Eu até perderia umas horinhas naquele corpo" Sorriu com cara de quem estava pensando em coisas proibidas para menores de idade. "Ah, eu perderia sim. Mamãe está certa. Ele é muito bonito... e forte... e viril... e grosso" Riu alto solitária e voltou para seus pensamentos pervertidos mordendo o lábio: "Será que você é grosso mesmo, príncipe Vegeta? Ou será que só esta tentando compensar algo?" Embriagada e com a garrafa na mão, agora ela gargalhava fazendo sinal de medida com os dedos. "Não... Ele deve ser bem dotado. Dizem que os baixinhos são hahahahaha."

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Logo depois do episódio da sacada e do susto que tomou da Srª Brief, Vegeta voava lentamente pela cidade, sentia o ki de Bulma. Ela estava alterada, mas parecia calma. A terráquea disse que iria a uma festa, mas ele não sentia nenhum outro ki próximo dela. Balançou a cabeça em negação como quem sabe que está fazendo besteira. "Festa... Que coisa medíocre. Esses humanos realmente são inúteis. Poderia dominar esse planeta ridículo facilmente." Tentou mudar o foco. Lembrou dos androides, de Kakaroto... Precisava supera-lo, mas mesmo assim, o ki de Bulma o invadia e tirava a concentração: "O que essa terráquea malcriada está fazendo?"

Por fim decidiu ir para casa e dormir. Estava se esforçando demais com o corpo ainda um pouco dolorido. Era melhor descansar e tentar afastar os pensamentos que tanto o estavam assombrando.

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Bulma seguia ziguezagueando pela estrada a pé com seu lindo par de sapatos nas mãos.

Carros passavam, buzinavam e alguns até paravam para oferecer carona para a jovem de corpo escultural que andava bêbada pela rua. Ela nem respondia, só seguia seu caminho, já sentindo um leve desconforto nos pés após andar com muito custo por quase 1h e 30 minutos.

"Sou Bulma Brief, não preciso de ninguém. Me basto... Sou um gênio, um prodígio e estou pensando coisas muito safadinhas a respeito de um assassino frio que eu mesma convidei para morar na minha casa. Eu mereço mesmo passar por tudo isso."

Durante a longa caminhada, tentando se recuperar da bebedeira, já não havia mais movimento na rua e outro carro com alguns homens jovens passou por Bulma e gritou algumas palavras bastante ofensivas disfarçadas de elogios. Ela, já bastante alterada, xingou os homens, como seu gênio forte a mandou fazer.

Péssima ideia.

Profundamente ofendidos, eles decidiram dar ré no carro e ensinar uma lição aquela jovem desbocada.

Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora