A fragilidade humana - Parte 2

463 39 47
                                    


Os sinais de piora começavam a se tornar cada dia mais significativos e os sintomas da infecção não perdoavam a cientista de cabelos azuis que, bravamente, tentava se manter em pé. Uma semana já havia se passado e para a infelicidade de todos que residiam na Corporação Capsula, Bulma ainda não havia feito muito progresso em suas pesquisas e seguia reclusa indo de seu laboratório para seu quarto e de seu quarto para o laboratório. A bactéria alienígena era algo completamente diferente de tudo que ela já havia presenciado, sendo tão pequena que poderia ser comparada ao tamanho de um vírus.

Apesar dos sintomas a consumirem, Bulma ainda tinha sua lucidez intacta. Cada novo pequeno detalhe descoberto era salvo em um banco de dados compartilhado com seu pai. No laboratório, o trabalho era exaustivo, ainda mais nas condições em que ela se encontrava. Por mais que gostasse da companhia do saiyajin, a presença dele ali parado lhe soava como um fantasma a observando. Ela sabia que sua intenção era boa e isso a deixava feliz, porém, ela precisava do máximo de concentração possível.

_ Vegeta... _ Ele se aproximou com atenção _ Você deveria voltar para os seus treinos.

_ Tsc, não me de ordens, terráquea.

_ Não é uma ordem, é uma sugestão. Além do mais, preciso me focar nessa pesquisa.

_ Você disse que precisava de mim e eu estou aqui, agora quer me botar pra fora?

_ Não quero te colocar pra fora, só preciso de um tempo sozinha. Seja um saiyajin bonzinho e volte a treinar, ok?

_ Bon... Bonzinho? _ Vegeta virou o rosto e permaneceu ali parado, com os braços cruzados sobre o peito, sem dar a resposta grosseira que passava por sua cabeça.

_ Como pode ser tão teimoso? _ Pensando em uma forma de convence-lo, Bulma teve uma ideia e seguiu falando _ Goku deve estar evoluindo muito nos treinos e acredito que você não quer ficar para trás, não é mesmo?

Com os olhos arregalados, porém sem olhar para a terráquea, finalmente Vegeta se rendeu.

_ Arg... Vou treinar, mas que fique claro que não é porque você quer. _ Disse o príncipe orgulhoso, dando as costas para Bulma, a contragosto.

Antes de sair, ordenou:

_ Deixe a câmera da capsula ligada o tempo todo.

_ Pensei que você não gostasse que ficassem te observando treinar. _ Mesmo abatida, a ironia de Bulma continuava em seu estado normal.

_ Tsc.

Essa medida assertiva de isolamento, mesmo que com a presença indireta do saiyajin, acabou realmente ajudando a cientista e algumas coisas interessantes foram descobertas nos dias que se seguiram. Bulma já havia coletado amostras de sangue, saliva e urina e pode constatar que a bactéria, de fato, era transmitida via secreções corporais. Além disso, ela percebeu que o tempo de vida desse ser estranho era baixíssimo no ambiente externo. A microbactéria alienígena só conseguia sobreviver dentro do organismo, fora dele ela não se adaptava e acabava definhando. Isso explicava um pouco como somente a jovem de cabelos azuis a contraiu, já que ninguém mais além dela conseguia ter um contato tão próximo com Vegeta.

Prevendo uma piora muito em breve, Bulma conversou com seu pai e lhe pediu que o quarto dela fosse preparado como o de um hospital. Ela não poderia arriscar a vida de outras pessoas se internando em um lugar onde havia a possibilidade de disseminar essa bactéria, ainda mais sem ter noção de como combate-la. Deixou claro que apenas quem poderia ter acesso ao quarto seriam os robôs serviçais e Vegeta, que não era afetado como os humanos.

___________________________________________________________________________

"Mas que droga!"

Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora