Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amor

A fragilidade humana - Parte 1

Quando Bulma apareceu para almoçar ao meio dia, depois de passar a manhã toda de quarta-feira na cama, seus pais ficaram apavorados com a aparência da jovem de cabelos azuis. Seus olhos estavam semicerrados e pesados, sua pele pálida e seus movimentos mais lentos do que o normal. Parecia que estava esgotada e sem energia mesmo depois de ter dormido tanto. O saiyajin tentou forçar indiferença, como se não se importasse mas, por dentro, seu sinal de alerta estava mais ligado do que nunca. Bulma negou a sua companhia nas duas noites anteriores alegando que não se sentia bem e nem o esperou na sacada do quarto, como de costume. Ele sabia que algo estava muito errado com ela. Notava que sua energia vital vinha caindo de forma acelerada.

_ Minha filha, você deveria ir ao médico. _ Disse Srº Brief de forma comedida.

_ Você está cada dia pior, Bulminha. _ Completou a mãe da cientista.

_ Eu vou ficar bem. Deve ser só uma gripe ou algo do tipo. Essa época do ano com todas essas mudanças de temperatura, devem ter feito minha imunidade cair. _ Com certa dificuldade e um pouco ofegante, Bulma sentou-se à mesa.

_ Vou marcar uma consulta para você hoje mesmo.

_ Não preci...

_ Nada de "não". Você vai sim, querida. Sem discussão. _ Disse Srª Brief enquanto se servia.

_ Escute a sua mãe, terráquea. _ Falou de forma bastante séria o saiyajin, sem tirar os olhos do prato.

_ Até você, Vegeta? Tenho muito trabalho a fazer, não posso me dar ao luxo de...

_ Deixe de ser tão teimosa. _ Ele a interrompeu.

_ Argh... Tudo bem, eu vou... Mas vocês estão se preocupando a toa.

Apesar de parecer calma e com tudo sob controle, Bulma estava assustada com essa indisposição que a pegou de surpresa. Ela sempre cuidava muito bem de sua saúde, se alimentava de forma correta e se exercitava quase todos os dias. Como podia em uma noite estar bem e no dia seguinte se sentir tão mal de repente?

A herdeira da corporação levou o copo a boca para tomar um gole de suco e no mesmo instante sentiu algo estranho. Tentou ignorar o fato e apesar de não sentir fome alguma, continuou agindo naturalmente, servindo-se de uma quantidade pequena de comida. Ao que ela acabou de engolir a primeira porção, sentiu uma pontada forte em seu estomago, deixando escapar um urro abafado. Todos voltaram sua atenção para ela. A dor aguda foi tão intensa e inesperada que lhe causou enjoo instantaneamente. Bulma cobriu a boca com uma das mãos e tentando agir rápido, com dificuldade, se apoiou na mesa para levantar e ir em direção ao banheiro.

A expressão de espanto tomou a face de seus pais e do saiyajin. Srª Brief, a passos largos, foi atrás de sua filha pelo corredor até alcança-la antes que fechasse a porta. Vegeta suspendeu seu almoço no mesmo instante. Seu coração disparou ao ver a terráquea de olhar aguçado, gênio forte e mente brilhante daquela forma.

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Ser de uma família tão importante e poderosa, tem lá seus privilégios. Com muita facilidade, a mãe da cientista conseguiu uma consulta de urgência com um dos melhores médicos da Capital do Oeste, naquela manhã mesmo. Bulma insistiu em ir sozinha mas Srª Brief não queria em hipótese alguma que ela dirigisse até lá. Morria de medo que algo acontecesse no caminho, então chamou seu motorista particular, que sempre ia com ela nas confeitarias da cidade e pediu para que ele a levasse, aguardasse e a trouxesse em segurança para casa, com permissão de mudar a rota somente no caso de que ela precisasse comprar alguma medicação ou fazer algum exame.