Um pedido de desculpas sutil

451 33 56
                                    


_ Vegeta!

O rosto de Bulma se encheu de luz, seus olhos começaram a ficar marejados, emocionada em ver que o saiyajin havia retornado. Impulsivamente ela deu um pulo de sua cadeira, derrubando seu café sobre a mesa e sem resistir, correu para abraça-lo.

_ M-mas, o que está fazendo, garota terráq...

Mal deu tempo de Vegeta terminar a frase, já estava entregue aos braços da cientista. Ficou pasmo, mas em seguida, tomado por aquela saudade que estava sendo sanada, acabou a abraçando de volta sutilmente, colocando seu rosto sobre o ombro dela e sentindo o cheiro inebriante que vinha daqueles cabelos azuis. Bulma parecia não querer mais largar o saiyajin. Sentia que, se o soltasse, ele poderia partir novamente. Nenhum dos dois ligou para o fato de estarem sendo observados. Naquele abraço, mais coisas foram ditas do que qualquer palavra poderia. A enxurrada de sentimentos tomou conta do momento, o mundo parou para eles novamente assim como aconteceu no primeiro beijo. Quase dava para escutar os dois corações batendo forte, em sintonia.

Srª Brief estava emocionada com a cena e não continha os gritos eufóricos e nem as lágrimas de alegria, por ver sua filha tão feliz. Seu marido a abraçou, sorridente. Os dois ficaram ali parados, admirando aquele momento, em meio a suspiros.

De repente, a terráquea se solta daquele abraço carinhoso e em uma atitude inesperada para todos, dá um tapa no rosto de Vegeta.

_ Por que você fez isso? Por que sumiu tanto tempo? Não sabe como fiquei preocupada nesses 3 meses.

O choque daquela atitude estampou, de imediato, o rosto dos pais da cientista. Vegeta não revidou, ficou um pouco confuso mas em seguida, entendendo a situação, apenas respondeu sorrindo:

_ Acha que pode me machucar com um golpe fraco desses, terráquea?

_ Você é muito malcriado. _ Deixando uma risada escapar de seus lábios, Bulma o abraça mais uma vez.

Srº Brief, nada sutil, levou sua mão até a boca e encenou uma tosse forçada.

Bulma e Vegeta se soltam no mesmo instante, um pouco encabulados.

_ Bulminha, deixe o jovem Vegeta comer alguma coisa. Ele deve estar faminto.

_ Ah, claro.

_ Seja bem vindo de volta, meu jovem. _ Carinhosamente falou o pai de Bulma, dando um leve tapinha no ombro do saiyajin.

Depois que o Srº Brief foi para sua sala, sem demora, o saiyajin começou a devorar todos os quitutes que via pela frente. Como sentiu falta dessa hospitalidade da Terra, da comida, dá agua. A cientista sentou à mesa, esperando que ele terminasse a refeição para poder fazer todas as perguntas que lhe vinham a cabeça. Estava cheia de questionamentos a respeito do que aconteceu com ele e por onde esteve. Mal acreditava que ele estava ali novamente, sentado à sua frente, como se nunca tivesse partido. A alegria inundava o peito de Bulma que, por diversas vezes, pensou que nunca mais veria o saiyajin. Toda aquela angustia que sentia se desfez em instantes por saber que ele estava de volta. Apesar disso, a desconfiança de uma nova partida não a deixaria em paz tão facilmente e isso a fazia pensar em, talvez, não se aproximar mais tanto como antes e manter apenas uma amizade carinhosa com o saiyajin.

Quando Vegeta terminou de se esbaldar, o inquérito começou.

_ Vegeta, onde você esteve? O que estava fazendo? Como entrou aqui na corporação? Qual...

_ Acalme-se, Bulma! Uma pergunta por vez.

_ Espera... Onde está a nave?

_ Não consegui aterrissar no jardim. Ela está com alguns defeitos e sem combustível. Deixei ao leste da cidade, em uma área rochosa e deserta.

Bulma e Vegeta - O princípio, o meio e o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora