✴️ Capítulo 23 ✴️

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O restante da semana foi muito estressante e torturante. O Dylan agora, além de me mandar flores, havia decidido aparecer todos os dias lá no restaurante, para poder almoçar e fazer o que ele mais gostava, que era me provocar. Ele sempre buscava se sentar na mesma cadeira, de onde ele podia me ver e ficar me encarando, como se eu fosse o seu prato favorito de comida, que ele tanto queria comer. A funcionária que havia lhe atendido da última vez, estava até achando que ele havia começado a ir para lá, só para poder lhe encontrar; mas o que todos nós sabíamos, é que não tinha nada a ver com isso. O Dylan, não parava de ficar me encarando e buscando qualquer oportunidade, para tentar falar comigo, porém, eu sempre lhe cortava e lhe dizia que não tínhamos mais nada para conversar. O tempo de ficarmos de conversinhas, já havia se passado. Agora eu só tinha ódio por ele e queria que ele sumisse da minha vida. Só que não, não é?! Mas eu tinha vontade de morrer, do que as confessar para alguém.

Assim, no final de mais um dia de trabalho e de aula na faculdade, o Guilherme caminhava comigo pelo corredor dessa, enquanto me ajudava a carregar algumas coisas até eu chegar na parada do ônibus; o que no caso, era logo depois do portão da faculdade. Porém, enquanto a gente ria e conversava sobre algumas ideias loucas, que alguns arquitetos famosos tiveram durante as suas carreiras, eu vejo quando alguém se aproxima da gente a passos largos. E quando me dou conta de quem era, o meu sorriso logo gela e sinto o meu sangue se esvair do meu corpo. Dylan!

Ele estava vindo com uma cara tão séria e fechada, que penso que assim que ele se aproximasse da gente, ele logo iria disparar um golpe direto no Guilherme. Mas não, para a minha surpresa, ele se controla nos míseros segundos do segundo tempo e para bem na frente do seu rosto; como se fosse um búfalo raivoso, soltando fumaça pelo nariz.

Lhe encarando com toda aquela raiva contida no olhar, ele diz:

— Eu acho que já posso segurar as coisas da minha mulher, não é, professor? — Ele pergunta num tom de zombaria, como se quisesse lhe lembrar do seu cargo e do código de ética e conduta, que ele deveria seguir.

O Guilherme parecendo não se abalar e nem se importar com o que ele havia falado, ele diz com a voz mais calma do mundo.

— Eu acho que não! Que eu saiba, ela já não é mais a sua mulher, não é?! E acho que ela mesma, é quem tem que decidir se quer que você as segure! — Ele lhe encara do mesmo jeito desafiador.

Deus, de onde havia saído tanto testosterona?! Revezo o meu olhar entre eles e vejo quando a mandíbula do Dylan se tenciona, com o que o Guilherme havia falado. A verdade, é que lá no fundo, ele sabia que não tinha mais nenhum direito sobre mim, não estávamos mais juntos. Embora eu me sentisse, que nunca havíamos nos separado!

Agora, com os dois me encarando do mesmo jeito, esperando que eu lhes dissesse alguma resposta, eu fico cansada com toda aquela marcação de território, e por fim, eu lhes digo:

— Tem razão, Guilherme! Eu não sou mais dele! Na verdade, eu não sou de ninguém, além de mim mesma. E sobre carregar as minhas coisas, eu mesmo posso fazer isso! Ainda não sou nenhuma inválida, não é?! Mas, mesmo assim, obrigada por ter me ajudado! — Sorriu para ele de forma amigável e pego os meus pertences, me virando para ir embora.

O Dylan logo vem correndo atrás de mim e diz:

— Kat! Deixa eu te levar pelo menos para casa?! Já está tarde, para você ir sozinha! — Ele me oferece uma carona, tentando arrumar algum tempo para conversar comigo.

Embora fosse tentador lhe ceder isso, eu lhe nego.

— Não, Dylan! Eu posso ir muito bem sozinha! — Continuo a caminhar a passos rápidos, tentando despistá-lo.

— Que droga, Katarina! Por que você não aceita a minha ajuda? — Ele pergunta estressado e ainda me acompanhando.

— Será que é porque eu não quero nada que venha de você, Dylan?! — Verbalizo olhando para ele, com uma cara de troça. — E aliais, o que você veio fazer aqui? Espero que também não tenha sido, para me vigiar igual no restaurante! Isso seria de mais, até para você, Dylan! — Reviro os meus olhos, ao pensar no tanto de poder que aquele homem tinha. Ele não conseguiria fazer isso, conseguiria?

— É claro que não! Eu só estava querendo conversar com você, Katarina! Mas se isso está lhe perturbando tanto, eu paro! — Ele diz sem mais nem menos e eu lhe respondo quase que de imediato, estava cansada e queria logo dá um fim naquela conversa.

— Ah!! Seria um prazer que você me faria, Dylan! — Digo sem olhá-lo tão diretamente nos olhos e não vejo, quando ele para de me seguir.

— Está bem! Então eu não irei mais incomodá-la. — Ele diz com um pouco de pesar na voz e se vira, indo para o seu carro.

Imediatamente eu me arrependo de ter lhe dito aquelas palavras. Na verdade, eu ainda queria muito que ele continuasse me procurando; mas negá-lo, havia se tornado algo tão comum ultimamente, que elas saíram da minha boca e eu nem havia percebido. Portanto, parando agora para lhe ver partir, eu sinto o medo se apoderando de mim, só com a ideia de que eu nunca mais fosse lhe ver. Que droga, Katarina! Não era isso que você queria? Agora estava feito! Ele nunca mais iria te perturbar.

Sentindo o meu peito se apertar, com o seu carro dando partida na rua; eu respiro fundo e fico tentando entender, como funcionava a merda da minha cabeça. Eu só sei, que as vezes eu lhe queria tanto, que eu só queria poder jogar tudo para o alto e me entregar de uma vez para os meus desejos; e outras vezes, eu só queria que ele sumisse da minha vida e que nunca mais aparecesse nela. A minha mente estava completamente uma confusão. E quando o Dylan finalmente decide me ouvir, eu descubro que é exatamente ao contrário, do que ele fez, que era o que eu realmente queria que ele fizesse. Vai me entender! 

Sem ainda saber o que fazer da minha vida, o meu ônibus chega e eu aceno para ele com a minha mão. No caminho para casa, já sentada na janela e olhando para as suas ruas vazias; eu ia pensando sobre os resultados que as minhas decisões haviam me trazido. Dessa vez, o real motivo para que eu e o Dylan não ficássemos mais juntos, havia sido por causa de mim. Eu tinha escolhido ficar sem ele e agora eu tinha que arcar e aceitar, com o que o destino havia me trazido. Mesmo que eu ainda, não concordasse mais com ele!

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Olá meus Lermores, eu sumi, mais voltei! Não me abandonem, hein?!
😅😍

Iaí, o que acharam do capítulo?
Triste, desolado, bem feito... E se for, pra quem? 👀👀

Será que o Dylan vai realmente, desistir de ir atrás dela? 😢
(De tanto esnobar alguém, esse alguém acaba cansando, não acham...)

Gostaram do encontro do Dylan com o Guilherme? Até pensei, em botar eles para trocarem alguns socos, a pedidos de algumas leitoras... 😅 Mas acabei deixando assim mesmo! Espero que também tenham gostado! ❤️
(Ciuminhos tb é bom, vai?!)

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Adorarei lê-los depois!

Até mais, meus amorecos! 😜

Look do dia!

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