✴️ Capítulo 30 ✴️

4.4K 418 120
                                    

Durante toda a aula, o Guilherme ficava me encarando; as vezes com raiva e outras com carinho, não sei se ele estava chateado comigo ou com a situação, mas eu só sei que aquilo estava me incomodando. No fim, a aula acabou e eu logo juntei as minhas coisas, para ir embora. Porém, antes de sair da sala, o Guilherme me chama.

— Katarina, você pode esperar alguns minutinhos? Eu quero falar com você. — Ele me pergunta, enquanto guardava alguns papéis na pasta.

Sem saber muito bem, o que ele ainda teria para falar comigo, eu assinto com a cabeça e o aguardo na frente da sala. Ele, portanto, assim que termina de organizar as suas coisas; me encara e se apoia na mesa, esperando que o último aluno saísse da sala. Então, assim que isso aconteceu e ficamos a sós, ele se aproxima de mim a passos determinados e eu fico meio tensa, com o que ele pretendia com aquilo. Já fui agarrada uma vez e não queria que aquilo acontecesse novamente; só que dessa vez, sendo pelo o Guilherme! Por isso, me prevenir antes que ele chegasse muito perto.

— Olha, se você for fazer o que eu estou pensando que vai fazer... é melhor você parar! Não quero perder a amizade, que ainda nutro por você. — Digo de forma direta e sem arrodeio.

Ele, porém, para por um instante e abaixa o seu olhar, antes de me encarar mais uma vez. Ele ia fazer isso! Pude ver as suas engrenagens funcionando e analisando bem aquela situação. Merda!

— Guilherme, essa seria a maior besteira que você iria fazer! Não tem noção, que isso nunca funcionaria? — O questiono um pouco exacerbada, por não acreditar no que ele iria fazer.

— Desculpe... foi um ato sem pensar! Fiquei remoendo as suas palavras na minha cabeça e achei que se a gente se beijasse de verdade, talvez você ainda pudesse me considerar.... sei lá! Eu... Eu não sei bem o que eu pensei. Fiquei com a ideia, de que por você me considerar uma pessoa importante, eu ainda poderia ter alguma chance com você, mas foi uma ideia idiota! Me desculpe, Katarina! Esqueça tudo isso! — Ele me pede meio embaraçado e se vira, voltando para sua mesa.

— Tem razão! Foi uma ideia bem idiota, Guilherme! O fato de eu te considerar uma pessoa importante, não quer dizer que eu sinta algo a mais por você! Pensei que já estivesse deixado isso bem claro! — Exclamo dessa vez me aproximando dele. — Poxa, somos amigos, não é? Você quer estragar isso também? — Lhe pergunto com os braços apoiados na bancada e lhe encarando seriamente.

Ele então, ergue o seu olhar para mim e se fixa nele.

— Não! Eu não quero. É melhor eu ter isso do que nada! — Ele fala em um tom de sussurro e logo se apruma, como se finalmente estivesse tendo ciência do que falou. — Nossa, me desculpe! Eu juro que a partir de agora, eu tentarei manter resguardado os meus sentimentos... Eu só... Enfim, somos amigos, é claro! Você ainda pode contar comigo quando precisar... — Ele sorrir suspirando fundo, como se estivesse recobrando a consciência. — E sobre o que quase aconteceu agora, eu prometo que não voltará a acontecer! Eu sinto muito por ter tentado isso...

Eu vejo que ele realmente estava arrependido, mas não em relação ao que ainda sentia por mim. Sei que ele não voltaria a me atacar novamente; mas também, não sei se seria mais tão prudente, continuarmos tão próximos como antes. Assim, acabo por me decidir, que só iriamos manter uma linha profissional entre a gente, onde só falaríamos aquilo que fosse necessário; Ele na sua e eu na minha.

Por fim, eu aceito as suas desculpas e me encaminho às pressas para o estacionamento. O Dylan com certeza já estaria me esperando e eu não queria ficar lhe dando motivos, para ter desconfiança de mim. Pois, em relação ao meu problema com o Guilherme, eu já havia controlado a situação e isso já bastava até o momento.

Dessa forma, dei duas batidinhas na janela do seu carro e o Dylan logo destravou as portas, me recebendo com um sorriso radiante no rosto. O meu amor estava lindo, trajando aquelas suas roupas confortáveis, que era apenas uma calça moletom preta e uma blusa cinza básica; que já tinham completamente cara de lar e que eu queria imensamente me aconchegar nelas. Descrever o tanto de emoções que o Dylan me fazia sentir, era praticamente impossível. Assim, com um único beijo antes de irmos para o seu apartamento, eu tento lhe demonstrar o tanto de amor que eu sentia. Porém, a grande pergunta ainda rodava a minha cabeça. Estaríamos indo agora, para o "SEU" ou para o "NOSSO" apartamento? Cansada de me questionar a respeito disso, eu decido lhe perguntar de uma vez.

— Dylan... como iremos ficar agora? Digo, eu continuarei dormindo na sua casa esporadicamente.... ou .... — Deixo a pergunta em aberto, para ver se ele me entendia; pois a verdade, era que eu estava morrendo de vergonha de ter que terminá-la. Eu parecia o quê? Uma desesperada, querendo ir morar com ele? Deus, por favor faça que ele me entenda!

Ele me olha de relance, enquanto dirigia e diz.

— O quê? É claro que não. Você é minha Kat! Eu quero você todos os dias comigo... — Ele diz meio que de forma possessiva, mas logo depois suaviza o seu olhar, entrelaçando as suas mãos na minha. — Desculpe! Isso se você quiser, meu amor! — Ele deposita então, um beijo quente no dorso da minha mão e me olha com um olhar terno. É claro que eu queria!

Assim, eu trato de lhe responder cheia de entusiasmo e ele logo me retribui, com um daqueles seus sorrisos encantadores. Eu amava ver ele sorrindo! Isso me fazia sentir, que eu era a razão de cada um deles!

Deste modo, em pouco tempo, conseguimos chegar no "NOSSO" apartamento, esse, que agora também seria o meu mais novo lar e onde iriamos criar o nosso filho. E durante todo o caminho até ele, havíamos combinado, de que amanhã de manhã, já poderíamos começar a trazer algumas das minhas coisas, de forma permanente, para a nossa casa. No princípio, ele me perguntou se eu não queria comprar tudo novo e que deixasse todas as coisas que eu tinha antes, na casa da minha mãe; pois quando eu ainda quisesse ir para lá, eu facilmente poderia usá-las. Eu até pensei, em aceitar por um momento, mas eu ainda queria trazer alguns itens meus, para cá.

Logo, ele aceitou o que eu queria e disse que se eu precisasse de qualquer coisa ou quisesse modificar, o que quer que seja naquela casa, eu teria o livre acesso para isso. Fiquei feliz, por ele ter me dado aquele tipo de carta branca, isso só mostrava o quanto ele confiava em mim e queria que eu me sentisse bem. Sim!!!!! E por falar em cartas, eu ainda teria que ler as que ele havia me mandado, juntamente com as flores naquela época; lembro-me que havia ficado supercuriosa, para poder saber o que ele teria escrito nelas.

━━━━━━ ⊱• ✥ •⊰ ━━━━━━

Eitaaa... As benditas cartas! 🙈💌 Hahaha. O que será que tinha nelas?!

Finalmente eles vão morar juntos de verdade... 💕 E a casa de dona Kátia, ficando cada dia mais vazia kkk...
😂🏠

E esse climão, hein? Entre a Katarina e o professor Guilherme... Ficou bem tenso entre eles, não acham?! 👀
Ainda bem que ela se precaveu, antes dele conseguir atacar...
(Pena do Guilherme? Talvez....  Mas essa eu deixou para vocês!)😬

Se estiverem gostando da leitura, cliquem na ⭐ e deixem os seus comentários aqui embaixo 👇
Adorarei lê-los depois!

Até mais meus amorecos!😘

Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora