✴️ Capítulo 43 - Dylan ✴️

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As horas pareciam ser intermináveis, quanto mais o ponteiro do relógio batia mais um minuto, mas parecia que ele tinha se passado uma eternidade. Eu não conseguia ficar nem mais um instante parado. A razão de toda a minha existência, estava ali, dentro de uma sala; as duas mulheres da minha vida, lutando para conseguir sobreviver. E nisso, eu nem poderia vê-las. Eu queria na verdade, é estar ao lado delas, lhes garantindo que eu nunca as iria abandonar; porém, eu estava ali, enfurnado em uma sala, esperando por uma misera notícia.

Me levantando para protestar de alguma forma, com a mulher que estava ali do outro lado do balcão, eu vejo um dos médicos que havia atendido a Katarina, sair por uma das portas duplas do bloco cirúrgico e vir até onde nós estávamos. O meu coração parecia bater igual a uma britadeira, preste a romper ao que ainda me ligava nessa vida. E então, o que o médico fosse nos dizer naquele momento, iria decidir qual era o meu destino. Eu não havia conseguido enfrentar todo o meu passado, para finalmente chegar até aqui e perder a única razão que havia me feito ultrapassá-lo. A Katarina era tudo o que eu tinha, tudo o que eu mais desejei e que tentei esconder. Ela não só tinha me dado o seu amor, como também uma vida que merecia ser vivida; e dentro disso tudo, ela também estava me dando uma filha, para podermos provar para o mundo todo, que o nosso amor era bem maior do que todas essas circunstâncias. E eu tinha que ter fé, que iriamos conseguir passar por mais uma. Logo, me encaminhei até ao médico com determinação.

— Então... — Apoio as minhas mãos na cintura e espero a minha sentença. O doutor me olha com firmeza, assim como, para os demais familiares.

— A Paciente Katarina Ribeiro, passa bem! A cirurgia foi um sucesso, mas devido à grande quantidade de fumaça que ela inalou durante o incêndio, ela ainda precisará ficar alguns dias aqui no hospital, isso, com um auxílio de máscara de oxigênio. No mais, a bebê dela também está bem e precisará ficar alguns dias aqui na incubadora; digo isso, por pelo menos nos seus três primeiros dias de vida; pois embora todos os seus órgãos já estejam bem amadurecidos, ela ainda é uma bebê prematura e precisará de uma supervisão médica. — Ele diz aquilo de forma leve e eu sinto o ar entrando novamente nos meus pulmões. Eu nem sabia a quanto tempo eu estava o prendendo, eu só tinha certeza, de que se o veredito dele tivesse sido diferente, eu com certeza não estaria aqui para contar. — A nova mamãe, logo, logo, será transferida para o quarto, e a bebê, já está recebendo os primeiros cuidados lá no berçário. Se vocês quiserem, já podem ir lá vê-la!

Logo, todos nós nos abraçamos contentes e fomos ver a nossa pequena e linda Stella. A minha raridade estava bem, ela havia sobrevivido bravamente, juntamente com a sua mãe. A sensação de alívio e de gratidão, não cabiam de tão grande dentro do meu peito. Eu era realmente um homem de sorte, por ter exatamente duas mulheres tão fortes na minha vida.

Então, com lágrimas nos olhos, eu olho para a minha filha, para a minha pequena guerreira. Meu Deus, como ela é linda! Eu sei que a maioria dos recém-nascidos são iguais, mas ela era única, ela agitava os seus pezinhos de forma estonteante. Eu estava hipnotizado por ela. A sua boca era igualzinha à da sua mãe, a da minha KitKat, vermelhinha e muito bem desenhada, parecendo ter um coraçãozinho nos lábios. E mesmo tendo sido um pouco prematura, ela não me parecia ser muito diferente do tamanho dos outros bebês; pelo contrário, estava com um bom peso para isso. Acho que foi até os desejos mirabolantes da sua mãe, que lhe fizeram ganhar uns certos quilinhos a mais. Sorriu, ao me lembrar do meu amor.

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Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora