Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)

✴️ Capítulo 5 - Dylan ✴️

Era difícil dizer o quanto a Katarina mexia comigo. Ela conseguia me provocar, me excitar e me tirar do sério, tudo ao mesmo tempo. Ver como ela havia se engraçado com aquele professorzinho da faculdade, havia-me feito perder totalmente os sentidos. Ela agora era minha e eu não aceitava nenhum outro tipo de gracejos para cima dela. E tentando não agir feito um babaca na frente de todo mundo, eu me segurei ao máximo para não acabar dando um belo de soco, naquele sorrisinho de merda daquele idiota. Ele pensa que eu não vi, as indiretas que ele ficava dando para cima da minha mulher. Porém, a Katarina não tinha jeito, só foi a gente chegar em casa e ela insistir para que eu lhe contasse o que estava acontecendo, que acabei explodindo de uma vez para cima dela. E vê-la caída daquele jeito no chão, me fez lembrar literalmente de como o meu pai tratava a minha mãe. Oprimindo-a e fazendo com que ela fizesse todas as suas vontades. Se não fosse o que ele queria, com certeza teria briga e agressão.

E eu meio que estava fazendo aquilo com a Katarina. A mulher que não só me atraía pela sua beleza, como também pela sua personalidade forte e determinada. Sem falar, que ela foi a única mulher que conseguiu fazer com que eu abrisse o meu coração. Todas as outras, não passaram de uma pura diversão. Acho que alguma coisa nela, me fazia lembrar da alegria e da força da minha mãe. Katarina era tão boa, que fazia o meu mundo se ruir e me fazer enxergar o quanto eu não era ninguém quanto pessoa. Que tudo aquilo que eu já fiz ou que julgava ser importante, não passava de uma necessidade minha, de tentar esconder aquilo que eu sempre quis. Amor, companheirismo e família.

Ela tinha tanto a me oferecer, que me fazia ficar sem chão, ao ver que eu não tinha o mesmo para lhe retribuir. E a forma que eu a havia tratado na última noite, me fez ver o quanto eu não a fazia bem e que iria acabar lhe desgraçando, se ela continuasse ao meu lado. A ruindade do meu pai sempre estaria presente, estava no meu sangue, por mais que eu lutasse contra ela, ela sempre daria um jeito de aflorar dentro de mim. Com tudo, eu decidir me afastar um pouco da Katarina, eu precisava pensar. Não sei se seria correto eu continuar com ela, se a qualquer momento, eu poderia me transformar no monstro que era o meu pai.

Porém, quando ela me ligou agora pouco, ela me fez pensar seriamente na minha decisão, pois ela tratou logo de me pôr no meu devido lugar e me fazer enxergar, que eu não saberia viver sem ela. E tinha razão! Não sei como ela fazia isso, mas sempre que queria, conseguia me desarmar e me fazer voltar atrás ao que eu tinha planejado. Essa era a minha KitKat, firme e determinada. Jamais conseguiria encontrar outra igual. E nem queria!

Com tudo, eu também não mentir, quando lhe disse que queria que ela seguisse com a sua vida, digo, em relação aos seus estudos. Se ela realmente quisesse aceitar aquela bolsa, que aceitasse. Eu não iria me intrometer na sua vida e nem lhe dizer o que deveria fazer, pois essa decisão não era minha. Ela já havia renunciado muitas outras coisas para poder ficar comigo, não seria justo eu tirar isso dela também.

Sei que para que o nosso relacionamento desce certo, eu iria ter que começar a me abrir cada vez mais com ela. O que no final, resultaria em eu acabar lhe contando sobre as minhas verdadeiras histórias pelas quais eu já passei. O meu mundo não era nada fácil, e descobri-lo, era ainda mais difícil. E aí é que estava a questão, ou eu decidiria enfrentar os meus medos de uma vez, ou eu nunca a teria de verdade.

Precisando de mais um tempo para pensar, eu fico na minha casa em Nova York; na qual era da minha mãe e que depois foi passada para mim. Ela ganhava pouco, mas que com uma certa economia, ela havia conseguido guardar um belo de um dinheiro e investindo em uma casa maravilhosa com piscina, mas isso tudo, sem o meu pai saber. É claro que ele ficou irritado quando descobriu, mas ele também não poderia fazer mais nada quanto a isso, pois a minha mãe já havia falecido e passado tudo que tinha para o meu nome. Assim, na primeira oportunidade que eu tive, eu me mudei para cá. Foram os anos mais felizes da minha vida, finalmente eu me sentia livre do meu pai; embora ele, o Sr. Cristian Collins, ainda insistisse em ficar me perturbando.

Hoje, depois de eu ter conseguido me formar em duas universidades, em engenharia naval e em economia, ele ainda tentava manter um pouco de contato comigo, mas só se fosse para falar de coisas de negócios. Na verdade, eu acho que ele nunca pensou que eu fosse tão longe na minha carreira e que iria conseguir abrir o meu próprio negócio, sem precisar da sua ajuda. E por agora eu ser o seu único filho nessa sua vida insignificante, ele ainda tentava garantir o futuro dos seus negócios, pedindo-me para que eu tomasse conta deles, caso alguma coisa lhe acontecesse. Acho que ele pensa que eu ainda sou algum idiota, se ele espera que eu vá fazer isso! Pois na verdade eu espero que todo o seu dinheiro e a sua ganância, que ele tanto lutou para conseguir acima de qualquer outra coisa, morra junto com ele, embaixo da terra.

Sei que eu jamais serei um cara ganancioso como ele, mas o medo de eu acabar me tornando um cara possessivo e abusivo, assim como tenho sido ultimamente, me faz pensar seriamente sobre isso. O seu domínio sobre mim foi tão grande, que eu não sabia outro jeito de agir se não esse. Que Deus me ajudasse, para eu não perder a Katarina!

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Olá meus Lermores 😍📖
O que acharam dos pensamentos do Dylan? Gostaram de entender um pouco da história do lado dele? 👀

Linda a casa da mãe dele, não é? ❤️

O pai dele é um merda, para eu não acabar dizendo uma outra coisa! 😑😤

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Até mais 😘