Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)

✴️ Capítulo 26 ✴️

Pensando bem, até que fazia sentido. Pois, o que o Sr. Collins não podia fazer, não é? Reviro os meus olhos em pensamento, ao pensar no poder e no dinheiro que aquele homem tinha. Assim, eu acabo aceitando os seus argumentos e vou com ele me sentar na sua mesa. Mas antes disso, eu tiro os meus saltos altos e os coloco do lado, pois eles estavam me matando.

— Se você permitir, eu poderia até fazer uma massagem nos seus pés, KitKat... — Ele me sugere, com um sorrisinho malicioso no rosto.

— Ha ha, muito engraçadinho seu Dylan! Faço uma careta para ele e mostro que já tinha sacado toda a sua estratégia. Se bem que eu iria adorar uma massagem dele! Ops, se controla, Katarina!

Mas voltando ao que interessa, ele começa me explicando como foi que ele havia descoberto, que a sua vasectomia havia dado errada e que ela tinha sido revertida de forma natural. Disse que assim que soube, ele teve vontade de sair correndo e vim logo falar comigo, para poder me pedir perdão; mas que sabia que ainda não o merecia. E que por isso, havia decidido ir primeiro resolver alguns assuntos do passado, para poder vir me procurar. Disse que foi visitar o seu pai, pela primeira vez depois de muitos anos; pois, antes disso, era só por telefone. Relatou assim, que a conversa que tiveram foi bastante difícil. Ele havia reunido todo tipo de coragem, para poder lhe dizer sobre tudo aquilo que havia ficado engasgado na sua garganta, durante todo aquele tempo.

Como por exemplo, de como ele havia destruído a sua vida e a da sua mãe, sendo aquele cara ignorante e egocêntrico, que só pensava em si mesmo e nos bens em que possuía; E que com aquilo tudo, ele tinha lhe trazido traumas, que até hoje não conseguia enfrentar. Porém, desde que havia me conhecido, que a sua forma de pensar havia mudado. Não precisava mais viver na sombra de um pai e de um passado, que lhe atormentava todos os dias, pensando que um dia poderia se tornar um cara como ele. Pelo contrário, agora estava tendo uma chance de poder escrever uma nova história e fazer diferente, do que um dia o seu pai já havia feito. Mas como sempre, ele agiu de forma indiferente ao que se ouvia. No entanto, o Dylan disse que só pelo fato de ter falado tudo aquilo para ele, um peso enorme já havia saído das suas costas. E se o Sr. Cristian Collins, queria passar o resto da sua vida sendo aquela pessoa dura e amargurada, que assim fosse; ele não iria mais perder o seu tempo com ele.

E que só então, depois dessa sua viagem e conversa com o seu pai, que ele havia decidido ir me procurar. Pois só agora, se sentia livre e podia seguir em frente, para poder lutar por aquilo que amava. Pela única mulher, que havia lhe desestruturado e feito enxergar, que a vida era muito mais do que ele pensava ou tinha. E que mesmo contra tudo e todos, eu ainda estava ali, firme e forte, lutando pelo nosso filho.

— Eu não quero nenhuma outra mulher, além de você, KitKat! Só você é capaz de me entender e de me fazer sentir coisas, que eu jamais pude sentir... — Ele diz entrelaçando uma das suas mãos na minha e a acariciando levemente, me fazendo lembrar da nossa pequena e grande conexão.

— Dylan... — Eu tento falar, mas ele me interrompe.

— Espere um pouco... — Ele verbaliza logo, sem me deixar prosseguir. — Eu não quero te pressionar, Kat! E nem te pedir para que me inclua de uma vez na sua vida de novo, como erámos antes... — Ele diz como se estivesse nervoso, ao falar cada uma daquelas suas palavras. — Eu só queria que você considerasse a ideia, de que ainda poderia nos dar alguma chance, para que pudéssemos tentar ficar juntos novamente e sermos uma família... E que mesmo que no começo, você só queira apenas que eu te acompanhe no pré-natal, isso já seria alg....

— Dylan!!!! — Verbalizo dessa vez um pouco mais alto e chamando a sua atenção. — A gente não precisa fazer isso... A verdade, é que eu não consigo esconder o que eu sinto por você! Eu te amo tanto, que as vezes eu nem sei explicar o que se passa dentro de mim... — Sinto os meus olhos querendo lacrimejar, com aquele turbilhão de emoções que eu estava sentindo. — É normal eu te querer tanto, mesmo sabendo que eu não deveria querer isso? — Pergunto com os olhos chorosos e logo depois os erguendo, tentando conter as lágrimas que lhe ameaçavam cair; mas o Dylan rapidamente se aproxima de mim e segura o meu rosto, deixando elas transbordarem sem se importar.