✴️ Capítulo 44 ✴️

3.6K 343 129
                                    

Eu não sabia em que momento eu havia acabado de pegar no sono, mas com certeza, foi em uma das minhas conversas com o Dylan, querendo saber como é que estava a nossa filha. Havia me preocupado tanto com ela, que agora sabendo que ela havia nascido bem e que não havia tido maiores problemas, por causa da fumaça que inalei e da sua prematuridade, que isso acabou me fazendo relaxar. E assim que acordei novamente, o meu primeiro pensamento foi nela. Porém, ver o Dylan ali, todo encurvado e segurando firme a minha mão, bem na beirada da cama, havia me feito se desmanchar de amor e de gratidão, exatamente pelo homem em que a havia me dado. Eu tinha verdadeiramente um amor completo!

No sofá, estava a Karina, encolhida nos braços do Henrique e a mamãe do outro lado dele; todos dormindo. Não sei a quanto tempo eles estavam ali, mas eu estava feliz que eles tenham ficado. Eles eram a minha família, o meu bem mais precioso. E o Henrique, já havia se tornado parte dela a muito tempo. Eu só estava sentindo falta do meu pai, mas como no momento, eu não estava falando muito bem com ele, eu não sei se eu o queria ver naquele instante. Assim, como se o Dylan tivesse sentido que eu acordei, ele se mexe um pouco e se ergue me olhando.

— Oi, meu amor! Você já acordou... — Ele pisca bastante os olhos, tentando mantê-los abertos e se espreguiçando.

Eu olho com carinho para ele e lhe advirto, por ter dormido daquele jeito.

— Dylan, você não precisava ter dormido aí, todo torto na cadeira... poderia ter vindo aqui, se deitar comigo na cama! — Sinto a minha voz e a minha respiração um pouco melhor.

Ele então me dá um daqueles seus sorrisos preguiçosos quando acorda e diz que se tivesse deitado ao meu lado, não iria mais me deixar dormir tão confortável. E disse que também não foi tão ruim assim, dormir ali, pois estava segurando a minha mão. Logo, eu lhe digo que ele estava se tornando um bobo apaixonado, mas que eu o amava muito. E então, uma daquelas mulheres da copa da cozinha do hospital, adentra no quarto, para poder anotar a minha opção do café da manhã. E assim, a minha mãe, o Henrique e a Karina acabam acordando e depois se aproximam de mim, para poder saber como é que eu estou. E eu lhes digo que estou melhor.

A Karina, com pouco tempo depois, diz que estar com fome e o Henrique logo se prontifica, em ir com ela lá na lanchonete para poderem comprar alguma coisa. E antes de sair do quarto, eu vejo o Henrique cochichar algo para minha mãe e lhe lançar um olhar bem significativo, antes de se virar e sair com a Karina. Eles na verdade, me pareciam estar em algum clima de discussão; pois não teve nem beijo e nem palavras carinhosas, como eles sempre faziam ao se despedirem.

Por fim, eu me viro para o Dylan novamente e lhe pergunto se ele já havia ido ver a nossa filha de novo. Mas, ele me diz que não e que em breve iria até lá, pois agora estava preocupado comigo e não queria me abandonar. Deus, eu não conseguia crer que ele havia me dito isso!

— Dylan, a nossa filha está sozinha! Você precisa ficar indo vê-la, para poder saber se ela está bem; isso, mesmo que seja pela janela de vidro. — Lhe advirto um pouco séria, mas sem ser de forma grosseira e arrogante; e logo acrescento. — E eu já estou me sentindo bem melhor! Ela agora precisa mais de você, do que eu... E a mamãe também pode ficar aqui comigo, não é mãe?! — Olho para ela em busca da sua resposta e ela afirma me dando um sorriso amável. — Está vendo... Agora vá lá Sr. Dylan Collins, a nossa filha precisa ver o pai.

Ele então percebe um pouco da autoridade na minha voz e ver que eu também estava certa naquele ponto. É claro, eu sempre estava! Lembro-me que eu sempre dizia isso para ele. E ele ainda não aprendeu! Sorriu com aquela nossa pequena lembrança. E não querendo mais discutir comigo e nem me fazer ficar cansada por causa disso; forçando a minha respiração; ele decide finalmente ir fazer o que eu pedir. Rum, acho bom mesmo ir! Sorriu ao ver o meu homenzarrão sair do quarto, logo após ter feito uma birra igual uma criança. Deus, espero que a Stella não seja tão teimosa quanto ele!

Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora