✴️ Capítulo 4 ✴️

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O dia foi cansativo. Logo, eu me despeço de todos e vou para casa. Por um momento, eu pensei em ir para o apartamento do Dylan, mas não sei se seria correto ir para lá, enquanto ele não estava. Por mais que eu estivesse praticamente morando com ele, ainda não tínhamos definido isso. Assim, fui direto para casa da minha mãe, que no caso era a minha. No outro dia bem cedinho, eu iria no apartamento dele buscar o meu telefone.

Chegando em casa, logo tomo aquela ducha bem gelada e visto uma roupa folgada, para poder ficar mais confortável. Penso, que assim que eu me deitar na cama, iria cair rapidamente no sono. Meu corpo estava exausto, mas a minha mente não, pois ela me ligava constantemente ao Dylan. Eu precisava falar com ele. Cansada de adiar aquilo, eu me levanto da cama e vou falar com a minha mãe, para ela poder me emprestar o seu telefone. Porém, eu ainda teria que ligar para o Sr. Henrique, para poder lhe pedir o número do Dylan. Eu ainda não tinha decorado o número dele. Que vergonha, Katarina!

Por eu ter me levantado muito rápido, eu me sinto um pouco tonta. Argh! Odeio quando isso acontece! Deve ter sido a minha pressão, que baixou demais ao me levantar. Depois da tontura ter passado, eu me encaminho para o quarto da minha mãe. Ela agora parecia uma adolescente, falando o tempo todo com o Sr. Henrique no telefone. Não a culpo, o amor tende de fazer essas coisas com a gente, fazermos estar o tempo todo em contato com a pessoa amada!

Dou duas batidas na sua porta e ela pede para eu entrar.

— Mãe?! — Chamo por ela e a vejo sair do banheiro com uma camisola sexy e preta, com um tecido de renda e seda, e uma abertura nas costas. — Uau, dona Kátia! Isso tudo é para ir dormir sozinha?!

Ela sorri envergonhada e diz, tentando me calar.

— Sim, sua intrometidazinha! Eu estou apenas me cuidando... Não posso? — Ela prende os seus cabelos, com os seus típicos palitinhos.

— Mas é claro! Jamais ousaria em discordar de você! — Sorriu, ao me lembrar que eu também havia mudado as minhas calcinhas, para usar umas daquelas mais ousadas, de fios dentais e de rendas. Que devassa, eu estava me tornando!

— Então, está tudo bem, minha mais nova supervisora?! — Ela vem até mim e me abraça, como se pudesse sentir que eu estava precisando daquilo.

Logo, eu tento segurar o meu choro e balanço a minha cabeça em afirmativo.

— O que foi minha anjinha? — Ela tenta erguer o meu rosto, para ver o que estava acontecendo, mas eu me nego.

Sei que se ela me visse chorando, iria começar a fazer várias perguntas, querendo entender o motivo do meu choro, mas eu não estava muito a fim, de lhe contar o que aconteceu; até porque esse assunto era meu e do Dylan.

Resumindo o que estava acontecendo, eu lhe digo:

— Não é nada mãe, o Dylan viajou e estou com saudades! — Tento recuperar os ânimos e sorri para ela. — E no final, acabei esquecendo o meu celular na casa dele... — Ela parece ter aceitado a minha justificativa.

— Ôh, filha! Mas ele vai votar... Sei que ele também deve estar com o mesmo tanto de saudade que você! — Ela alisa os meus cabelos, tentando me tranquilizar.

— É, tem razão... deve estar, sim! A senhora poderia me emprestar o seu celular, para eu poder ligar para ele?! Amanhã bem cedinho, eu vou buscar o meu!

— Claro! Está ali na cabeceira! Ligue, mas não se esqueça de não ir dormir muito tarde.... Agora você é a nova supervisora e terá que ser a primeira a chegar no restaurante! — Eu assinto e lhe dou um beijo na bochecha, antes de sair.

Primeiramente, eu ligo para o Sr. Henrique e lhe peço o número do Dylan. Assim que ele me passa, eu ligo para ele. Com o celular no ouvido, eu fico esperando pacientemente o barulho das chamadas. Anda Dylan, atende! Depois do quarto toque, ele atende.

Ligação on -----------------------------

— Senhorita Kátia?! — Escuto a sua voz num tom preocupado, no outro lado da linha. Mas é claro que ele estaria, são meia noite e ainda estou ligando do telefone da minha mãe!

— Não, Dylan! Sou eu, Kat... — Ouço o seu suspiro, ao ouvir a minha voz. — Eu esqueci hoje mais cedo, o meu celular lá na sua casa...

— Percebi.

Fico em silêncio, tentando entender o seu jeito duro de me responder.

— O que está acontecendo, Dylan?! Você está diferente, parece até que eu não sou nada para você! Se for por causa daquela bolsa de estudos, eu a nego, eu não vejo nenhum problema em fazer isso!

— Não, você deveria aceita-la!

— Por que você está me dizendo isso agora?! — Me sinto ainda mais confusa com tudo aquilo. — Você ficou bastante irritado, ontem de noite!

— Sim, mas agir errado, Katarina! Você deveria fazer o que você quiser com a sua vida!

— O quê? O que você está querendo dizer com isso?

— Que não irei impedi-la, se quiser seguir em frente.

— Seguir com o que, Dylan? Não fique falando com enigmas comigo...

— Droga, Katarina! Estou dizendo que não vou mais ficar na sua frente! Se você quiser seguir com essa droga de bolsa, que siga! Se quiser arrumar alguém melhor do que eu, que possa lhe dá um futuro melhor e com uma família mais adequada, que seja! Eu só não quero me tornar aquilo, que depois você vá se arrepender de ter me escolhido!

—De onde você tirou isso, Dylan?! Quem disse que eu quero outra coisa... Eu não já disse que quero você! O que mais você quer que eu faça?! Você tem que parar de querer me afastar, quando as coisas se apertam! Os problemas não se resolvem desse jeito, você tem que conversar comigo! — Respiro fundo, tentando recuperar o fôlego que perdi. — Você está me ouvindo, Dylan?

— Sim... Com certeza e seu gênio forte também! — Sinto uma pontada de brincadeira na voz.

— Ótimo, porque se você não começar a se abrir comigo, as coisas vão ficar seriamente complicadas entre a gente!

— Eu sei, mas esse é o meu mal!

— Que seja! Mas que comece a mudar.

Ele assente e eu lhe digo sobre o meu mais novo cargo no trabalho e os últimos acontecimentos do restaurante, principalmente a do vandalismo que tinham feito por lá. Ele logo me elogia e fica feliz pelo o meu trabalho, mas também fica surpreso, quando lhe digo o que fizeram dentro do restaurante. Ele diz que vai ligar para o Sr. Henrique e procurar saber como ele está, e se precisa de alguma coisa. Por último, ele diz que está em nova York e que vai demorar um pouco para voltar. Não sei se ele está falando a verdade, mas eu prefiro acreditar que sim, que ele está lá a trabalho. Por fim, a gente desliga a chamada e eu imediatamente caio no sono. O meu corpo parecia uma pedra. A ligação que eu havia feito para o Dylan, eram os meus últimos resquícios de energia.

Ligação off -------------------------------

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Olá meus Lermores! 😍

Sei que foi um capítulo difícil e que parece um pouco de infantilidade do Dylan, mas imaginem o quanto deve ser difícil para ele. Ele nunca teve o amor muito presente na sua vida. Ele sempre via o seu pai oprimindo a sua mãe. Ele sempre teve o sentimento de rejeição e de ser um filho de merda. O que mais se espera de uma pessoa que passou por tudo isso?! Não deve ser fácil, mas a Katarina também tem razão, ele deve começar a ser abrir com ela.

Próximo capítulo, irei botar um pouco do pensamento do Dylan.😌

Espero que vocês tenham gostado!

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Até mais meus amores! 😘❤️

Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora