✴️ Capítulo 40 ✴️

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A viagem com certeza foi maravilhosa, porém, eu precisava urgentemente voltar para casa, para poder saber como é que a minha irmã estava; não aguentaria ficar nem mais um segundo longe, sem poder ter notícias dela pessoalmente. Para mim, a família sempre viria em primeiro lugar. O Dylan disse que esse meu pensamento era honroso, pois nem todos pensariam dessa forma. A família dele é o que eu diga, não é?! Por isso, ele nem pestanejou, quando eu lhe perguntei se poderíamos encurtar um pouquinho a nossa viagem. Ele disse que o seu objetivo já tinha sido alcançado, quando eu lhe respondi um "Sim", na hora em que ele me pediu em casamento. Agora me diz, tem como não amar esse homem?! Ultimamente, ele sempre conseguia dizer as coisas certas, no momento certo. Ele realmente havia mudado, havia se dado uma chance de poder viver. E desde a sua conversa com o seu pai, que ele vinha me mostrando o seu verdadeiro eu, esse, totalmente livre do seu passado e das garras do homem que um dia lhe criou; no entanto, eu sei que também não era tão simples assim, pois as mágoas sempre estariam ali, lhe lembrando, de com quem ele nunca deveria se parecer.

Enfim, também retiro os meus insultos a Karen, quanto a ficar com as mãos apoiadas nas costas, para podermos sustentar as nossas barrigas. Droga!! Cheguei em um estágio, que estava igualzinha a ela, nos últimos meses de gravidez. Ok, eu só tinha mais um mês para aguentar, eu não iria enfartar até lá! E eu dizia para mim mesma, que tudo valeria apena, para poder ver a minha linda e pequena Stella, saudável e em breve nos meus braços.

Assim, eu andava no restaurante Albero, com uma mão no telefone no ouvido, e com a outra nas costas; isso, enquanto eu falava com o Guilherme, a respeito de alguns detalhes da Clínica de Estética da Lorena

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Assim, eu andava no restaurante Albero, com uma mão no telefone no ouvido, e com a outra nas costas; isso, enquanto eu falava com o Guilherme, a respeito de alguns detalhes da Clínica de Estética da Lorena. Ele, portanto, estava impassível, quanto as cores dos azulejos serem pretos nas paredes da recepção; ele me dizia, que eles só iriam tirar o ar suave que a clínica deveria ter. Porém, aquele desejo não era meu, e sim, da Lorena; como eu poderia tirar algo que a própria dona insistiu em querer ter?!

— Guilherme, não dá para tirar isso da lista! Você sabe que essas foram algumas das exigências dela. Ela disse que queria trazer um ar sofisticado e moderno na entrada. O letreiro, juntamente com as luzes brancas sobre ele, trará exatamente o que ela quer... — Digo sem entender, o porquê de ele continuar persistindo no mesmo assunto. — O que você tem, hein?! Vive contra tudo e todas as decisões dela... É o projeto ou é a pessoa em si?! Porque eu juro, que não estou entendendo nada dessa sua birra. Ela é uma pessoa incrível e maravilhosa, Guilherme; não tem para que você ficar fazendo isso! — Exclamo já perdendo toda a minha paciência.

Escuto ele gruir do outro lado da linha, mas, mesmo assim, ele me responde.

— Está bem, Katarina! O projeto é seu e faça o que bem entender! Não vou ficar mais dando palpites sobre ele e nem ficar falando da sua amiga! — Ele diz de forma seca e nada amigável. Ok, alguma coisa havia acontecido!

Respirando fundo, eu tento me acalma e resolver isso.

— Olha, eu sei que você não se bateu muito bem com ela, no primeiro dia. Ela é nova, exigente e pronta para encarar qualquer pessoa, que venha se opor na sua frente..., mas ela também tem os seus motivos, para ser assim! Isso é só uma barreira que ela usa, para tentar se proteger das pessoas e das coisas que a vida já lhe deu. Porém, no fundo, ela é uma mulher muito doce e amável. — Sorriu, suavizando a minha voz. — Não sei o que está acontecendo entre vocês, mas sei que ela vale a pena... eu vejo o jeito que você a olha! Então, ver se deixa de ser tão durão com ela e seda um pouco dessa sua guarda também... — Brinco com ele sendo sincera e ao mesmo tempo jogando um verde, para ver se ele assumiria os seus sentimentos; mas ele também não diz nada, nem os confessa e nem os nega. Menos mal, não é?! Isso significa, que pelo menos tem alguma coisa entre eles.

Por fim, eu encerro a ligação e falo com a Joana, que ela já poderia ir para casa, pois eu mesma iria fechar o caixa naquele dia. Eu ainda iria ter que esperar o Dylan chegar e não tinha muita coisa que eu pudesse fazer até lá! Assim, todos eles se foram, e ficou apenas eu e o Henrique no restaurante. Ele, portanto, estava na sua sala, terminando de arquiva os últimos papéis das entregas de hoje de manhã cedo, do ramo alimentício. Ele era sempre assim, muito organizado com essas suas partes burocráticas. E eu estava aqui hoje, para finalizar os últimos documentos da minha licença à maternidade; pois as minhas férias só haviam sido adiantadas nesse mês, porque o Henrique era da minha família e poderíamos fazer esses tipos de arranjos no trabalho, mas com certeza, eu já iria cobri-lo logo depois que pudesse voltar. Eu não gostava de abusar da nossa relação familiar!

Então, sentada no balcão da recepção e jogando na planilha, todos os últimos atendimentos daquele dia, eu começo sentir um cheiro forte de fumaça, como se alguma coisa estivesse pegando fogo. Que merda! Será que o Carlos deixou alguma panela ligada no fogão, antes de sair do restaurante?! Me levanto as pressas, para poder ir logo verificar. Deus, o povo daqui está ficando ainda mais demente! Reviro os meus olhos, com aquela enorme displicência. No entanto, quando eu vou chegando ainda mais perto da cozinha e passo as duas portas duplas, que a intercediam, o cheiro consegue ficar ainda mais forte. E quando eu me dou conta que já estava dentro dela, eu vejo um fogaréu enorme se instalando por cima das vigas de madeira e queimando todo o recinto; como as toalhas e os guardanapos das mesas, que sempre deixávamos guardados nos armários abertos dos lados, para algum tipo de necessidade. O fogo já havia se alastrado tanto, por uma boa parte da cozinha, que não tinha mais como eu tentá-lo combater sozinha.

Porém, assim que eu me viro para ir correndo chamar o Henrique, para poder lhe avisar sobre o que estava acontecendo e podermos finalmente chamar os bombeiros; a tábua que segurava o armário logo ali do lado, cai sobre a primeira porta dupla da cozinha e tudo começa a ficar embaçado na minha visão. Ela estava completamente em chamas e impedia que eu tivesse qualquer tipo de fuga daquele lugar. Deus!!! E agora?! O meu coração começa a bater descompensadamente dentro do meu peito e a minha respiração a ficar ofegante, a cada vez que eu inalava ainda mais daquela fumaça. Rapidamente, eu começo a gritar desesperadamente pelo nome do Sr. Henrique e a pedir ajuda, desejando que ela pudesse vir de qualquer lugar; porém, todo aquele meu esforço, só dificultava ainda mais a minha respiração. Logo, eu comecei a tossir e a sentir as minhas vias aéreas queimando. Que merda!!! Eu preciso sair daqui!! Minha filha... eu... Eu preciso... Não posso perdê-la...

A minha cabeça então começa a trabalhar a mil por hora e eu logo tenho a ideia, de pegar um pano molhado para poder tampar as minhas vias respiratórias. Deus, eu não sabia que aquele documentário de incêndios nas florestas, iria me ajudar tanto nesse momento, ainda bem que eu parei para assisti-lo! Tentando ver alguma outra coisa por entre as fumaças, que me fizesse enxergar algum meio de sair dali; eu reparo na pequena janelinha de vidro, que era por onde sempre passávamos as nossas comandas. E como uma forma de tentar agir rápido, eu pego o primeiro pedaço de ferro que eu vejo na minha frente e o lanço nela, para tentar quebrá-la. No entanto, eu esqueço completamente do quanto ele já deveria estar aquecido com todo aquele fogo ao nosso redor; e assim que eu o largo no chão, eu posso sentir as primeiras bolhas se formando nas minhas mãos. Merda!!!! Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto e o desespero logo se apodera de mim. Eu estava literalmente presa naquele lugar!

— Deus, eu não quero morrer aqui! Por favor, não me deixa morrer aqui... eu preciso viver; pela minha filha, por favor... ela precisa de mim... — Mais tosses secas saem do meu pulmão e a minha visão começa a escurecer. Eu estava desmaiando, eu tinha certeza disso; e por um impulso rápido de consciência, eu apoio uma das minhas mãos no balcão e jogo o meu relógio pela brecha da janela de comando. Não sei se isso ajudaria, mas com certeza eu deveria tentar. 

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Aí meu coração!!! Parece que ele vai explodir... E o de vocês? 💓💥😭

Esperavam por essa? Um incêndio e a Katarina ficando presa nele...  😥🔥
Será que alguém vai resgatá-la? 👀

E a nossa baby? A pequena Stella?! 💜 Será que a Kat perde.... 😱

(Aí!! Eu não aguento essas emoções fortes! 💓💓 E foi pensando em vocês... Que já escrevi mais um, para vcs não me matarem kkk 🙊 )
O que será que vai acontecer...😟

Nem dá pra falar do Guilherme agr, com essa bomba no final... 💣

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Partiu próximo capítulo... Haha 😘

Sr. Collins - Descobrindo o seu mundo (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora