Capítulo 18

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How can you see into my eyes
like open doors
leading you down into my core
where I've become so numb?
Without a soul;
my spirit's sleeping somewhere cold,
until you find it there and lead it back home.

- Bring me to life, Evanescence


POV Dimitri

Saí do quarto de Rose disposto a lhe dar algum espaço, eu podia imaginar o que ela estava sentindo... Era o mesmo que eu estava sete anos atrás quando achei que ao ficar com ela estava traindo minha amizade com Mason. Mas a diferença é que eu nunca cheguei a viver o que Rose e eu tínhamos, já ela sim... Ela se casou e aposto que todos os seu sentimentos agora estavam potencializados pela memória dos dois juntos.

Peguei meu celular para mandar uma mensagem para Lissa, se o problema de Rose agora era comigo talvez ela ouvisse a melhor amiga. Eu só não queria que ela ficasse sozinha após ver como estava abalada quando a deixei.

"Rose não está muito bem, você pode checar ela daqui a pouco?"

Digitei e enviei enquanto estava no elevador para ir ao meu andar. Senti o celular vibrar na minha mão após alguns instantes.

"O que exatamente aconteceu? Pode me encontrar pra conversarmos? Se eu a conheço bem, ela vai querer um tempo sozinha antes de ver qualquer um"

Li a mensagem de Lissa, estava mais do que claro que Rose precisava de ajuda mas eu só a vi por uma semana e metade dela não estávamos nem nos falando. Lissa ao contrário sabia de tudo, estava lá todos esses anos que eu não, ela com certeza poderia me esclarecer o que estava acontecendo.

Eu precisava urgente enviar um relatório do andamento da obra para o dono do hotel. Com tanta coisa ocupando minha cabeça acabei esquecendo e agora estava no limite do meu prazo, precisava resolver isso imediatamente.

"Em uma hora no restaurante do hotel?"

Enviei perguntando sabendo que esse tempo seria mais que suficiente para conseguir realizar meu intento. Lissa prontamente confirmou no exato momento que eu adentrava meu quarto.

"Está ótimo"

Deixei o celular na mesa ao lado do notebook e fui tomar um banho apressado... Assim que saí me sentei para começar o relatório.

Quarenta e cinco minutos depois ele estava finalizado e eu com uma dor de cabeça horrível mas eu não iria cancelar com Lissa, eu precisava saber de tudo se queria ver Rose melhor. Eu precisava entender.

Troquei-me rapidamente e desci para o restaurante faltando cinco minutos para o horário marcado.

Lissa e Christian já me aguardavam em uma mesa mais reservada no canto do salão. Assim que me viu Lissa sorriu abertamente e Christian acenou minimamente. Ele ainda não tinha superado tudo e eu entendia. Eu não fui um amigo muito bom para ele.

Sentei na mesa após os cumprimentos iniciais e antes que pudéssemos conversar qualquer coisa veio um garçom pegar nossos pedidos. Eu não sentia a menor fome então só pedi um suco e nada mais. Lissa disse que queria apenas água mas foi interrompida por Christian que afirmou que ela precisava se alimentar e acabou a convencendo a pedir ao menos uma salada. Não estranhei muito aquela atitude, Christian sempre foi tão protetor e preocupado em relação a Lissa. Ele sempre cuidava dela.

Exatamente do mesmo jeito que eu costumava cuidar de Rose. Aquele pensamento me deixou triste, será que se as coisas fossem diferentes poderíamos ter tido o que o casal na minha frente tinha agora?

Assim que o garçom saiu Lissa logo tratou de perguntar o que aconteceu hoje com Rose.

Eu não queria revelar suas partes mais vulneráveis e nossas conversas que deveriam ser confidenciais então expliquei por alto nosso dia, deixando de lado que ela dormiu no meu quarto noite passada após seu surto.

Linha TênueOnde histórias criam vida. Descubra agora