• 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 3 •

694 62 105
                                    

Ei, acorda, Maria. — senti ser chacoalhada, abri os olhos devagar e vi Brian e sua cabeleira. — Já estamos saindo para o ensaio.

— Tivemos que fazer a mamãe-mandou pra saber quem iria te acordar, darling. — Freddie disse enquanto eu me sentava no sofá e arrumava meu cabelo.

— Me desculpem, eu não devia ter dormido tanto. — sorrio de lado.

— Quê isso, todos merecem um descanso. — Brian disse pegando em meu ombro.

— Acho melhor descermos logo, ou o Miami vai ficar brigando depois, e eu não estou afim de brigar hoje. — disse Roger e todos rimos.

— Você parecia um anjo dormindo, meu bem. — disse Freddie e apenas dei uma risada.

Eu e os meninos fomos em silêncio no elevador, mas quando chegamos na recepção encontramos Miami  os esperando, e o som do grito dos fãs de fora tomou conta do lugar. Os seguranças faziam um corredor para que pudéssemos passar tranquilos.

No caminho até a van os meninos acenaram para os fãs, e eu para meu irmão que me deu uma piscadela. Os meninos me deram espaço para entrar na van primeiro, e me sentei no fundo, depois vieram Freddie, John, Roger, Brian e por fim Miami.

— Quem era o rapaz? — perguntou Deacky (John).

— Quem? — arqueei uma sombrancelha.

— O que você acenou. — disse Brian.

— Tava prestando bem atenção, hein, Bri? — brincou Roger e todos rimos.

— Aquele é meu irmão. — respondo com um sorriso.

— Aliviou o coração agora, Brian? — perguntou Freddie.

— Não enche, cara. — Brian respondeu e todos rimos mais uma vez. — Assim vai deixar Maria Luíza constrangida.

— Ah, quê isso. — sorrio. — É brincadeira de vocês. Ah, e por favor, me chame de Malu.

Malú. — repetiu Freddie. — Gostei.

— Me costumam chamar assim, melhor do que falar Maria Luíza sempre.

— Gostei de você, Malú. Bem prática. — disse Freddie. — Acho que todas as vezes que viermos ao Brasil, vamos ter que chamar você pra ser nossa tradutora.

— Brian amou a ideia. — disse Deacky.

— Para com isso, gente. — Brian já estava impaciente, e ri de sua cara brava (ou a tentativa de uma).

— Eu adoraria a ideia de acompanhar vocês, é uma oportunidade incrível. — sorri.

Os meninos engataram em uma conversa animada entre si, e eu encostei minha cabeça no vidro da janela cantarolando baixinho a música que tocava na rádio.

Em poucos minutos chegamos ao estádio do Morumbi, teríamos que fazer uma volta imensa para entrarmos sem sermos vistos, a fila estava bem maior que ontem, e no momento em que passamos por ela os fã cantavam muito animados um dos muitos sucessos do Queen: Another One Bites the Dust.

Vocês estão vendo isso, gente? — disso para os meninos. — É o calor do povo brasileiro, quando dizem que são fãs, eles se entregam mesmo, e além de tudo quase não temos shows internacionais aqui, estão todos empolgados.

— O brasileiro é incrível. — Roger disse impressionado.

— Podem ter certeza que os de hoje e amanhã serão um dos melhores de suas carreiras. — digo convicta.

Somebody To Love • Brian May • (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora