Brasil, 1981
A grande São Paulo estava em grande alvoroço, iríamos receber a banda-sensação, o Queen. Quem passasse pelo Morumbi já notava uma fila se formando em frente ao grande estádio para conseguir um lugar previlegiado no show.
E eu estava passando no ônibus por ali, e era impressionante a multidão que se instalava e cada vez chegava mais, eles realmente eram um fenômeno. Olhei no relógio do meu pulso, e já era mais de nove da manhã, estava indo à uma entrevista de emprego como tradutora.
Recém-formada em Letras-Língua Inglesa, esse é meu status atual, e qualquer bico na minha área tá valendo, um amigo me indicou essa vaga e estou indo tentar a sorte.
Se eu não conseguisse nada, eu só daria mais gostinho ao meu pai, ele nunca aprovou a escolha do meu curso pois "eu ia fazer inglês pra nunca sair do Brasil", ou "não é um curso que dá dinheiro e eu viveria para sempre as suas custas".
Balancei a cabeça pra afastar meus pensamentos, e respirei fundo. Me levantei e segui para a porta de saída, e logo desci no meu ponto. Uma brisa fresca bateu em meu rosto, e respirei fundo mais uma vez.
Entrei no grande escritório e alguns candidatos já estavam ali, e uma outra saia nada confiante da sala de entrevista. Mais alguns candidatos foram, e logo foi a minha vez, eu estava um tanto nervosa, não era minha primeira entrevista, no entanto, era sempre uma coisa diferente.
— Bom dia, senhora Maria Luíza Pontes. — disse o rapaz bem vestido a minha frente enquanto analisava meu currículo. — Sou Marcos Valadares. — ele logo estendeu sua mão e eu apertei a mesma.
— Bom dia, senhor Marcos. — sorri simpática.
— Bom, aqui diz que você é nova na área, recém-formada. — ele olha meu currículo mais uma vez. — Experiência?
— Somente no estágio, sabe como é, né? É bem difícil arrumar emprego nessa área. — sorri de lado.
— Entendo bem. Porque você se interessa nesse emprego?
Pra ganhar dinheiro? — pensei.
— Bom, eu quero exercer a profissão que eu escolhi, provar ao meu pai que ele estava errado em relação a mesma, e tudo mais. — ele apenas assentiu.
— E você já se acha pronta pra ser tradutora?
— Bom, eu estudei pra isso. — sorri e ele fez o mesmo.
— Por mais que não tenha muita experiência, você tem um bom currículo. — ele se levantou e começou a andar pela sala. — Você me parece ser bem centrada, você é bem ligada nessa área de música?
— S-sim, eu sou sim. Aliás a cidade está um caos com a vinda do Queen. — digo e ele assente.
— Acho que já tenho um trabalho pra você. — arregalei os olhos e ele sorriu. — Se você se sentir apta é claro.
— Do jeito que eu estou, eu tô aceitando tudo.
— Bom, não é qualquer um que tem essa oportunidade que eu vou te dá, se você for bem, terá a vaga nesta empresa. — ele disse e eu lhe ouvia atenta. — Você vai começar como tradutora do Queen. — meu coração pulsou mais rápido. — Eu estou te confiando esse cargo pois percebi que você é bem focada.
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Somebody To Love • Brian May • (CONCLUÍDO)
FanfictionEu procurava alguém para amar, mas jamais imaginei que esse alguém seria você. Seria capaz do nosso amor suportar a distância? 𝑭𝒊𝒏𝒅 𝒎𝒆 𝒔𝒐𝒎𝒆𝒃𝒐𝒅𝒚 𝒕𝒐 𝒍𝒐𝒗𝒆 (...)