Eu procurava alguém para amar, mas jamais imaginei que esse alguém seria você. Seria capaz do nosso amor suportar a distância?
𝑭𝒊𝒏𝒅 𝒎𝒆 𝒔𝒐𝒎𝒆𝒃𝒐𝒅𝒚 𝒕𝒐 𝒍𝒐𝒗𝒆 (...)
24 de novembro de 1991, foi neste dia que o mundo perdeu o maior cantor de sua geração. Freddie Mercury era único, um ser de luz, de uma voz inconfundível. 29 anos que ele se foi, 29 anos saudade... e mesmo 29 anos ninguém se esqueceu dele. I still love you, Freddie 💗
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•• 24 de novembro de 1991.
Maria Luíza
Tinha cinco anos que eu havia casado com Brian, e além do nosso primogênito, tínhamos tido uma outra criança, uma menina linda, Helena Ruth é o nome dela, junção do nome da minha mãe com a de Brian. Helena estava com 3 anos completos, e Antony tinha 5. E nossa família era unida e feliz.
Desde que Freddie nos contou sobre sua doença em 87, nós andávamos em uma corda bamba, a qualquer momento ele poderia partir, ele emagreceu desde então, o efeito dos remédio deixava meu amigo frágil a maior parte do tempo, e apenas a música o mantinha firme.
Durante as gravações de The Miracle e Innuendo ele tinha certa dificuldade para gravar, muitas das vezes estava frágil por conta dos tratamentos... lembro-me muito bem dia em que estava gravando The Show Must Go On, sua voz estava um tanto ruim, não tinha a "potência de Freddie", ele conseguiu finalizar a gravação da música ingerindo Vodka, inúmeras vezes ele pedia a bebida para Brian. Quando a coisa apertava, Jim e eu saíamos um pouco do estúdio, e chorávamos longe dele, Freddie pediu diversas vezes para não termos pena dele e que não queria tristeza ao seu redor, mas sabíamos que seu tempo estava se esgotando e era horrível pensar num mundo sem nossa estrela. Sem nosso Freddie Mercury. Muitas vezes eu era acordada de madrugada por ligações de Jim, e por mais que eu tivesse trabalho cedo, eu atendia meu amigo, ele se desesperava quando Freddie tinha reações fortes ao remédio, era cada vez mais agoniante pensar que ele estava indo.
Era mais um dia de novembro, havíamos combinado de visitar Freddie junto com Roger, Mercury já não saía mais da cama, e Mary e Jim estava sempre ao seu lado e temiam que ele partisse logo, foi a própria Mary que sugeriu essa nossa visita, disse que era bom pra Freddie ter os amigos por perto.
Saí mais cedo da escola em que estava trabalhando, Chad foi me buscar, e depois fomos buscar as crianças na escola delas, quando chegamos em casa encontramos Brian dedilhando algumas notas do vilão, e abriu um sorriso ao ver a gente chegar.
— Como foi o trabalho hoje? — ele perguntou deixando o violão de lado, e me deu um selinho assim que sentei ao seu lado.
— Sabe como é, repercutindo a doença do Freddie. — suspirei, entrelacei nossas mãos e encostei minha cabeça em seu peito.
— Vai ser assim agora. — ele encostou sua cabeça na minha.
— Acho bom eu ir arrumando as crianças, elas estão animadas pra ver o Tio Freddie. — demos uma pequena risada juntos.
