• 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 5 •

593 66 61
                                    

Brian May

Desde que vi Maria Luíza naquele pub, eu senti algo diferente mesmo não a conhecendo. E quando ela veio trabalhar com a gente nos aproximamos demais.

Já era dia de ir embora, e meu coração estava triste, queria ter mais tempo com ela, Malu é diferente de todas as garota que já conheci, e até os meninos falam isso. Ela é inteligente, engraçada, cuidadora... não se aproximou da gente com interesse, apenas fez seu trabalho.

Rog acordou e sentou no outro sofá, e ficou calado por um tempo encarando a TV desligada.

— Está pensando nela, não é? — ele disse quebrando o silêncio. — Também vou sentir falta.

— Sim, é diferente. — respirei fundo. — Apenas dois dias e ela se tornou importante.

— Ela é diferente, como já dissemos antes. Ela mexeu contigo, não é? — ele me encarou.

— Talvez eu só esteja confundindo amizade com algo a mais.

— Tenho certeza que não. — ele deu uma pequena risada. — Bom, são sete da manhã, você tem duas horas com ela ainda.

— Mas ela ainda está dormindo. — ri fraco.

— Você é idiota, né, Brian Harold May? Entra no quarto e faz algum barulho.

— Tá doido? E se ela quiser me matar?

— Duvido que a Maria Luíza queira matar alguém. Mas se não quiser, fica aí, não vai aproveitar seus último minutos com ela. Estou indo tomar café.

Ele saiu e eu fiquei encarando o teto. Freddie, Deacky e Miami acordaram logo em seguida e foram tomar café. Me sentei no sofá e fiquei pensando no que Rog disse, ás vezes eu tenho que parar de escutar as ideias desse cara, quem escuta um homem que escreve música pra um carro?

Me levantei e entrei no quarto com cuidado, Malu ainda dormia, me aproximei da cama e mexi em seu cabelo, e ela resmungou algo e logo abriu os olhos devagar.

— Bom dia. — falei baixinho.

— Bom dia, Bri. — ela disse sonolenta. — Já está na hora?

— Quase, são sete da manhã, quer tomar café? — perguntei e ela assentiu. — Já estão todos na cozinha.

— Odeio clima de despedida. — ela respirou fundo. — Vocês precisam mesmo ir embora? — ela perguntou se sentando na cama e eu ri.

— Sim. — sorri de lado. — Prometo que eu não vou te esquecer, e vou te escrever sempre. — puxei ela pra um abraço.

— Eu também vou. — ela apertou mais o abraço

— Vamos logo tomar café. — me levantei e estiquei a mão.

— Vamos. — ela segurou minha mão e eu a puxei.

Ela se levantou e eu passei meu braço pelo seu ombro e andamos até o cozinha onde os meninos discutiam alguma coisa, mas pararam assim que nos viram.

— Bom dia, darlings. — ela disse animada.

— Se fosse outra pessoa roubando meu 'darling' eu odiaria. — disse Freddie. — Bom dia, Malu.

Somebody To Love • Brian May • (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora