• 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 47 •

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Maria Luíza

Nem descemos no hotel, apenas deixamos Roger com o pessoal lá, e seguimos com nossos filhos para a casa do meu irmão. Eu teria apenas dois dias aqui, então queria resolver e fazer tudo que planejei, e encontrar meu pai era uma delas.

Observando da janela, São Paulo mudara muito, parecia outra cidade. Também, haviam se passado 30 anos desde a última vez que estive aqui. Passamos pelo bairro onde morei antes de ir para Londres, e depois, ao bairro onde meu irmão morava. Ele ficou com a casa de papai depois que ele foi preso, e criou seus quatro filhos aqui.

— Caramba, tudo mudou. — falei olhando para a casa antes de sair do carro.

— Pelo menos assim você não lembra dos maus momentos que passou aqui. — Brian beijou minha cabeça.

— Estou ansioso pra conhecer meus primos, finalmente vou conhecer a família da mamãe. — Fred disse e eu sorri. — Todos com seu português afiado?

— Sabia que um dia iria usar o português pra alguma coisa. — disse Helena.

— Melhor irmos logo, estão nos esperando. — falei e todos assentiram.

Eu desci primeiro, pra que Brian descesse depois e não causasse tumulto. Apertei na campainha três vezes, estava ansiosa por esse momento. Logo a porta foi aberta, e meu irmão saiu de lá, estava com 60 anos, os cabelos estava grisalhos, a pele envelhecida, mas continuava lindo. Meu coração pulsava de alegria ao vê-lo.

— Malu... — ele disse assim que abriu o portão, e praticamente pulei no colo do meu irmão. — Quanto tempo. — ele disse apertando o abraço. — Sei que nos falamos todos os dias por vídeo, mas, não é a mesma coisa que te ver pessoalmente. É tão bom poder sentir seu abraço de novo.

— Eu digo o mesmo de você, Igor. — segurei o rosto de meu irmão, e lhei dei um beijo na bochecha.

— Cadê Brian e as crianças? Estão todos loucos para ver vocês.

— Crianças que não são tão crianças assim. — falei e rimos juntos. — Estão aqui dentro. — caminhei até a van e abri a porta.

— Igor, quato tiempo. — disse Brian, e eu sorri.

— Brian, consegue me entender? — meu irmão colocou as mãos na cintura, e encarou meu marido.

— Algumas palabras, eu acumpanhei algumas aulas que ela dava se purtugueis para as crianças. — Brian disse sorridente.

— Oi, tio Igor. — disse Helena.

— Você deve ser a Helena Ruth.

— A única. — ela disse toda graciosa.

— E vocês dois Antony, e Frederic. — ele disse e meus filhos assentiram. — É um prazer conhecer todos vocês. Venham, vamos entrar, estão todos esperando.

Meus filhos desceram da van animados seguidos de Brian. Meu irmão havia feito reforma total na casa, nem parecia a casa que morei por um tempo.

Ao chegarmos na sala, já vi todos os filhos de Igor, logo depois sua esposa, e também Tia Marta que hoje tem 85 anos. De todos, ela foi a que mais me visitou em Londres, só parou quando a idade não permitia mais.

Somebody To Love • Brian May • (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora