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" Na vida e no amor não temos garantias, então não procure-as. Viva o que tem que ser vivido, sem medos. O medo é um dos piores inimigos do amor e da felicidade "

Jenna narrando

Depois de conversar com minha mãe, a mesma se retirou indo se posicionar para o início da cerimónia, e meu pai foi logo entrando.

- Minha filha - disse me abraçando

-Papai -retribuo o abraço.

-Está mais linda do que já é -diz me analisando e eu sorrio.

-O senhor também quer me fazer chorar? -rio -É o meu casamento.

Repito o mesmo que disse a mamãe.

- Você merece toda a felicidade do mundo. - entrelaça nossos braços e sorri carinhosamente - Eu não vou te dizer muito hoje, mas quero que aproveite o dia de hoje, e o reviva todos os dias.

- Eu prometo pai, acho que já vivi demais no passado - digo.

- Desde jovem eu aprendi, que não se pode impedir que a tristeza bata na sua porta, mas pode impedir que ela entre e se torne um hóspede, talvez permanente. -diz papai -Eu estou muito orgulhoso de você.

-Obrigada, por estar sempre comigo -digo o abraçando mais uma vez.

-Não precisa agradecer, você é minha única filha e te apoiar em um dever único -diz e se vira para a filha - Lembre -se que o amor não se torna favorável pela autoridade e sim pelo carinho.

Ele me dá um beijo na cabeça.
E me oferece a mão.

- Já estamos atrasados -diz ele rindo - as mulheres sempre se atrasam.

Descemos e paramos assim que chegamos na porta.

Eu soltei o ar que nem tinha ideia de estar prendendo.

-Pronta? -pai

- Sempre -digo com convicção e a partir daquele momento eu soube, que era a hora de deixar o passado para trás. Eu tinha certeza que a partir deste momento teria o meu feliz para sempre, não o de contos de fadas, mas eu estava preparada para o que desse e viesse.

A marcha nupcial ecoou pelo jardim, chamando a atenção dos convidados que se encontravam nas cadeiras organizadas e decoradas com flores.

Eu e Meu Pai lentamente caminhamos até o tapete vermelho que levava até ao palco improvisado.

Assim que os meus olhos se encontraram com os de Paul, todo nervosismo e ansiedade se esvaiu, e eu só desejava chegar até ele o mais rápido que pudesse.

Ele me olhava com admiração a cada passo que eu dava pelo tapete era uma sensação.

Mal percebi os sorrisos que eu recebia, toda a minha atenção estava no homem a alguns passos de mim, ele usava um smoking preto feito sob medida, o mesmo me encarava na mesma intensidade.

Assim que ele veio até mim, depois de eu caminhar pelo tapete uma eternidade, nos posicionamos para o início da cerimónia.

O Juiz matrimonial falou o básico, coisa que eu já sabia até de cor.

A cerimónia continuou até a hora dos votos, o que me deixou um pouco tensa, já que eu não tinha escrito nada e pelos vistos, Paul também.

- Bem, não sei nem o que dizer. -digo começando o discurso, o que é bem estranho já que na inauguração do restaurante, comecei assim.

- dizer o que sente -fala alguém ao fundo, fazendo algumas pessoas darem uma risada.

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