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"A vida é um mundo de acontecimentos sem lógica, sem razão, sem motivo aparente! De manhã, podemos ser consumidos pela felicidade e à tarde a maior das tristezas pode destronar qualquer alegria."

Jenna narrando

O casamento seguiu tranquilo o dia todo, a festa foi maravilhosa e eu não podia ter me divertido mais.

No dia seguinte após o casamento, mamãe estava bem, mas logo a tarde passou mal, eu e Paul concordamos em não ter uma lua de mel por enquanto.

Meus pais insistiram que nós saíssemos um pouco, para comemorar o nosso casamento, mas nós não aceitamos, eu não podia deixá-la naquele estado, eu não queria pensar no pior. Mas e se nós saímos por aí a viver num mãe de rosas, ao mesmo tempo em que ela estaria piorando?

Eu quero estar aqui em todos os momentos, quando ela sentir dor, quero estar lá segurando sua mão e apoiar, ser forte junto dela.

Por mais que pareça impossível, mas eu ainda tenho um pingo de esperança, de que ela pode melhorar, talvez aconteça um milagre, vale a pena acreditar.

•••

Dias se passaram e mamãe melhorava um pouco, piorando de vez em quando, mas as dores que ela sentia, me quebravam.

A nossa família fazia tudo para vê-la feliz, e mesmo com as dores, mamãe fazia o possível e impossível para dar o melhor sorriso e não deixar transparecer, o quão doloroso era estar naquela situação.

No entanto quando ela melhorou um pouco, a gente decidiu passar um fim de semana num chalé, que nossa família adora e mamãe sempre gostou.

Aquela seria nossa lua de mel, dupla, meus pais insistiram para que fôssemos só, mas para quê se divertir sozinhos, quando podemos fazê-lo em família?

Nos divertimos bastante, ainda mais com o lual que foi organizado, naqueles dias parecia que ela tinha voltado a normalidade, com sua alegria triplicada.

Elas nos agradeceu tanto, que eu podia considerar uma despedida, mas eu tenho esperanças... Como eu disse antes, talvez ela melhore e voltemos ali mais uma vez, para ter mais momentos como esses, como lembranças que teríamos daqui a alguns anos vendo o álbum, sentados no sofá da casa dos meus pais.

Os dias seguiram tranquilos, eu e Paul passávamos mais tempo na casa dos meus pais, e por algum tempo continuamos indo ao chalé ou outros lugares que gostávamos.

A sensação desses dias, foi incrível, era bom poder ouvir as piadas da minha mãe, as gargalhadas, tudo era tão surreal que se alguém reparasse, nunca pensaria na possibilidade dela estar doente.

Num entanto, como dizem por aí, tudo que é bom não dura para sempre, mamãe ficou pior e perdeu o movimento das pernas.

Ela ficou devastada com isso, todo seu ânimo sumiu, toda a sua alegria tinha sido sugada, e não imaginam o quão difícil foi, convencer papai a sair do lado dela, ele precisava descansar apesar de tudo.

Minhas ultimas noites eram no hospital, eu não queria deixá-la sozinha naquele quarto totalmente branco, até para mim era um tormento.

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