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" A despedida é um momento, onde o coração se prepara para viver uma saudade. "

"Penso e repenso, imagino, Procuro e mesmo assim não consigo encontrar a palavra certa de conforto e esperança para você. Eu sei que sua dor é grande, gigante, imensa. Eu sei que você está sofrendo e que seu pensamento está cinzento e triste.
Neste momento de infelicidade, eu peço que algo leve e bom surja no seu coração; Que algum conforto abrace sua inquietação."

Paul narrando:

Deixei os dois aproveitando o tempo que tinham com Francine, aquele era um momento só deles, ninguém poderia interferir.

Eu estava preocupado com Jenna, o que viesse a acontecer iria abala-la demais, ela já passou por muito e com certeza não está preparada para perder mais alguém em sua vida.

...

Ela tinha partido.

Eu soube disso assim, que John abriu a porta e me olhou com uma expressão triste. Ele não precisou falar, a dor era nítida em seu olhar.

Ele abraçou Jenna, que continuava estática encarando sem expressão alguma a figura - para sempre - adormecida na cama.

Notei algumas lágrimas solitárias no rosto de John e não pude evitar fazer o mesmo, até agora talvez eu tenha aguentado, mas ver a única família que tenho assim tão... Vulnerável, me deixou muito abalado.

Me aproximei com grande esforço dos dois tentando os tirar daquela sala, John reagiu se afastando já chorando, o dei um abraço dando-lhe um ombro amigo.

Depois peguei nas mãos de Jenna.

- Meu amor - Me obriguei a dizer com a voz firme - vamos sair daqui.

- Claro! A mamãe precisa descansar mesmo - diz ela. Ela continuou olhando a mãe com tanta ternura, como se não tivesse percebido que ela morreu, o aparelho do som monótono " bip, bip, bip,bip..."reproduzia agora um "biiiiiiiii... " numa linha reta na tela.

E realmente ela não percebeu. A mesma se aproximou da figura sem vida e com a expressão tranquila, Jenna deu um beijo em sua testa sussurrando "Já volto Mamãe ", ela acariciou a bochecha da mãe logo franzindo a testa.

- Ela está fria -disse se virando em nossa direção, John deu um passo em sua direção - Chamem o médico, ela deve ter pegado um resfriado.

- Filha... - John chamou sua atenção, com a expressão cansada e preocupada.

- Papai ela vai ficar doente assim - Jenna continua e nós ficamos parados, eu não tinha ideia do que fazer naquela situação. - Vocês não estão...

Jenna foi interrompida quando o médico e alguns enfermeiros passaram pela porta.

- Saiam agora -  ordenou o médico se aproximando de Francine. Com isso me apressei e peguei Jenna tirando- a da sala,  John estava sentado no chão chorando como um bebé, ele devia estar se sentindo perdido.

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