Capítulo: 35

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Rebeca:

Continuei ali sozinha escutando minhas músicas, bem de boas, até o sinal do recreio tocar.

Me levantei normalmente, e fui me juntando as pessoas que tinham acabado de sair das salas, fingindo que tinha acabado de sair também.

Fui até a fila do refeitório que já estava enorme, e só de olhar já dava preguiça de esperar. 

Fiquei ali parada procurando as meninas, e vi elas lá na frente sendo uma das primeira da fila.

Dei graças a Deus e fui andando até lá, entrando na frente da Mel.

— Iae, suas lindas! — sorri, e já ouvi o povo atrás da gente reclamando que eu furei fila. — Ih, cês calem a boca, hein!

— Aonde tu tava? — Luana questionou, enquanto me encarava séria.

— Eu estava sentada em um corredor escutando música! — dei de ombros, enquanto entrávamos no refeitório e pegávamos nossos lanches.

— Ficou com ciúmes porque o Matheus beijou a Vivian na tua frente, foi? — Mel perguntou, e deu uma mordida no pão dela.

— Claro que não! — fiz careta, enquanto bebia o meu suco de maracujá.

Elas duas me olharam desconfiadas sem acreditar muito, mas deram de ombros, voltando a comer o lanche delas, até que chega o Lucas, Felipe, a peste do Ruan, e o Andrei, que se sentaram na nossa mesa.

Geral ali começou a conversar e o Matheus logo chega sorrindo, se sentando junto com a gente, sendo mais exata, de frente para mim, infelizmente.

— Tu tava aonde? — Andrei olhou pra ele.

— Pegando a Vivian, né! Onde mais ele estaria? — Ruan ri, e ele dá um sorriso malicioso.

— Talvez! 

Eles estavam conversando e eu continuei comendo meu lanche bem quietinha.

O Matheus ficou me olhando, e eu fiquei encarando ele de volta, que deu um sorrisinho, fazendo eu desviar o olhar.

Odeio quando ele dá esse sorriso!

Respirei fundo e voltei a comer meu precioso, lindo e maravilhoso lanche da escola que eu amo muito. Apesar do pão parecer que era de semana passada.

— Vamos jogar bola antes que o recreio acabe! — Lucas disse e os meninos se levantaram, logo saindo daqui.

— Nossa, o Felipe e o Lucas estão trocando a gente pra ficar com esses babacas! — falei, fingindo indignação.

— Pois é! — Mel revirou os olhos, e acabamos de comer.

— Já que não tem nada pra fazer, vamos ver eles jogarem! — Luana deu a idéia, e então assentimos, saindo daqui e indo até a quadra.

Fomos até umas arquibancadas que tinham lá na quadra, com cuidado para não levarmos uma bolada, pois era dentro da quadra onde os meninos jogavam bola.

Sentamos lá e só tinha uns calanguinhos secos jogando, todos suados. Imagina o cheiro da camisa deles!

— Estão torcendo pra quem ganhar? — Mel perguntou, sem tirar o olhar deles.

Em um time estava Matheus, Lucas, Andrei e outros meninos, e no outro estava o Felipe, Ruan, e alguns meninos lá.

— Hm... — Luana ficou pensativa por um tempo. —  Qualquer um que ganhar está bom!

— Acho que também! — dei de ombros.

— Ai, tô com sede, vou ir beber água. Já volto! — Mel disse se levantando.

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora