Matheus:
— Puta que pariu, minha mãe vai me matar! — a Rebeca colocou as mãos na cabeça, enquanto íamos embora pra casa dela.
A menina parecia que ia voar com o vento de tão rápido que estava andando!
— Relaxa, cara, vai dar tudo certo! Ela vai ver que você estava comigo, uma ótima companhia, uma pessoa maravilhosa, e vai ficar de boa! — digo tentando tranquilizar ela, que me olhou com mais ódio ainda. — E pelo amor de Deus, anda devagar, eu tô passando mal já! — coloquei a mão no peito, enquanto puxava o ar.
— Fica quieto, Matheus, porra! — revirou os olhos, e quando eu ia dizer algo, meu celular começa a tocar. Peguei ele e vi o nome da Vivian brilhando na tela. Pô, esqueci que tinha marcado de ir na casa dela hoje! Cocei a nuca pensando se valia a pena atender ou não. — Atende — ouvi a louca falando do meu lado, que olhava pra tela do meu celular.
— Não tô afim! — respondi, e ela arqueou a sobrancelha, me encarando estranho.
— Deve estar com saudades de você, sei lá — disse irônica e eu abri a boca pra falar, mas ela foi mais rápida. — Pode deixar que eu vou pra casa sozinha! — deu de ombros, não dando muita importância.
— Não quero, vou ficar contigo, falei que ia te levar em casa, então eu vou! — guardei o celular de novo, depois de ter colocado no silencioso, e ela respirou fundo, mas não disse mais nada. — Tô sabendo que o Andrei vai sair com a Luana — quebrei o silêncio, encarando ela que me olhou de volta.
— Eu sei disso, eu que fiz ele falar com ela! — sorriu, e deu de ombros. — Ele é gente boa! — bufei, negando com a cabeça. — Isso é ciúmes da Luana, Matheus? — riu baixo.
— Óbvio, ela é tipo minha irmã, não quero que ele magoe ela!
— Nem vai, porque se não quem vai quebrar ele no meio sou eu! — disse, me fazendo sorrir de lado.
Fiquei encarando ela enquanto andávamos. O vento batia fazendo o cabelo dela voar e bater tudo em seu rosto, que tirou e murmurou um palavrão.
Ela era bonitinha, tinha um cabelo castanho meio claro que batia na cintura, os olhos dela eram castanhos meio mel, e no sol ficavam tipo verdes, tá ligado?
Branquela, parecia um papel Sulfite A4. As vezes eu via ela bronzeada por conta do sol, mas era quase que raramente.
Essa garota parecia uma tampinha de tão baixa, mas a altura dela combinava com ela. Era fofo até.
Ela tinha um rosto todo angelical e delicado. E quem conhece a Rebeca, sabe o quão ingênua ela é. Parecia até uma santa, mas sabemos que essa parte não é verdade.
Ela percebeu que eu a encarava demais, e então parou de andar, e cruzou os braços enquanto me encarava séria.
— Porra, quantas vezes vou ter que te falar pra não ficar me olhando muito porque eu não gos... — nem deixei que ela terminasse de surtar, agarrei ela pela cintura e beijei ela.
Eu nem sei porque fiz isso, foi por puro impulso! Ou pra fazer ela calar a boca.
Mas ela também nem recusou o beijo, como eu achei que iria. Apenas subiu as mãos para a minha nuca me trazendo para mais perto.
Apertei mais a cintura dela, e com a outra mão livre subi para o seu pescoço.
Ela beijava bem pra porra, a calma que ela tinha quando me beijava, me deixava louco, mermão!
Encostei ela em uma parede que tinha ali, e continuamos se beijando. Fui aumentando a velocidade do beijo, até ela me empurrar do nada.
— Ih doida, tá maluca? — frazi a testa, e ela limpou o canto da boca.
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Um Quase, Nós (EM REVISÃO)
Novela Juvenil"Percebi que te amava, da pior maneira." Será mesmo que o amor enfrenta todas as barreiras? Será que vai dar certo toda essa mentira? Será que um dia ela ainda vai descobrir e irá perdoar ele? "Amar você sempre foi um jogo perdido, o qual eu gostava...