Capitulo: 4

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— Você fica uma gracinha de lacinho — Ruan deu um sorriso malicioso, e se aproximou.

— Isso não é "lacinho", é uma bandana, idiota! — neguei com a cabeça, dando ênfase no lacinho.

— Ah, tanto faz! — revirou os olhos, e quando eu ia sair de lá, ele segurou no meu braço, e me prendeu na parede.

— Garoto, me solta! — pedi, tentando me soltar dele, que era mais forte do que eu.

Ele deu aquele sorriso de novo, e tentou me beijar, mas eu virei o rosto rapidamente.

— Você se faz muito de difícil, Rebeca! — aproximou seu rosto do meu, deixando sua boca centímetros da minha. — Eu sei que você quer!

— Não, eu não quero! Me solta senão eu vou gritar! — pedi mais uma vez, e ele sorriu de canto, sarcasticamente.

— Você não tem essa coragem! — respondeu se convencendo disso, e dessa vez quem sorriu, fui eu.

— Vai me soltar mesmo não, é? — perguntei mais uma vez, e ele negou. — Ok então! — dei de ombros, e meti um chute forte no membro dele, que na mesma hora me soltou, e caiu de joelhos no chão, me fazendo sorrir satisfeita. — Isso é pra você aprender a não se meter mais comigo! — me afastei de lá, e voltei para a sala praticamente correndo.

Bati na porta e pedi licença para a professora, que por incrível que pareça, deixou eu entrar sem dar algum sermão, então fui caminhando para o meu lugar, onde eu me sentei e a Luana e o Felipe de imediato me olharam.

— Por quê você demorou tanto? — Felipe perguntou em um sussurro, preocupado. 

— Depois eu conto! — suspirei, e me virei para frente, para copiar o dever que estava no quadro.

Aquele babaca, filho da puta, não voltou mais para a sala, e nem os amiguinhos dele estão aqui.

Graças a Deus!

Matheus:

Eu estava em um dos corredores vazio matando aula, conversando com o Andrei, quando o Ruan veio caminhando até nós com uma cara de dor e as mãos no saco.

— Eita, o que aconteceu? — Andrei perguntou rindo, enquanto eu ria junto, doido para saber da história. 

— A Rebeca me deu um chute! — respondeu, e rimos mais ainda.

— Bem feito! Você é muito otário, cara, pra ela ter te dado um chute, você deve ter provocado! — Andrei negou com a cabeça.

— Essa garota é muito difícil, tô tentando ficar com ela, mas a bichinha não colabora! — bufou, e eu ri novamente.

— Se eu pedisse para ficar com ela, ela com certeza não iria pensar duas vezes antes de querer! — cruzei os braços, e ele me encarou. — Você não tem o charme que eu tenho de conquistar as garotas!

— Dúvido, Matheus, ela é muito complicada, você nunca conseguiria ficar com ela! Ela te odeia! — soltou uma risada alta e irônica, o que me fez sorrir.

— Haha, na primeira ficada, ela já estaria apaixonada por mim!

— Cara, eu dúvido muito, acho que essa garota é lésbica! — fez careta, e depois ficou pensativo. — Se você conseguisse ficar com ela, eu te daria o meu vídeo game novo, o importado! — se encostou na parede, e eu fiquei surpreso com o quê ele disse.

— Isso é uma aposta? — perguntei, arqueando a sombrancelha, e ele ficou em silêncio por alguns segundos, novamente pensativo.

— Talvez, mas... Você teria que fazer ela se apaixonar por você! Aí sim, eu te dou o meu vídeo game, mas, se não... — deu uma pausa. — Eu quero 2 mil reais na minha mão!

— Beleza então, apostado! — estiquei o braço sem mais delongas, e logo apertamos as mãos.

— Só cuidado para você também não se apaixonar, Matheus — Ruan sorriu cínico, e ri com a besteira que ele havia falado.

— Por aquela garota? Nunca! — afirmei.

— Ei, gente! Isso não vai dar certo não! — Andrei olhava para nós dois perplexo com o que estávamos fazendo, mas ignoramos ele.

— Isso vai ser fácil, fácil...

《《《》》》

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora