Capítulo: 16

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— Miauuuu.

Era um GATO.

UM GATO ASSUSTOU A GENTE!

Tá de sacanagem?

— Não acredito nisso... Como ele entrou aqui? — Melissa encarou ele boquiaberta.

— Deve ter sido pela janela, ele já entrou aqui algumas vezes — Luana fez careta, olhando ao redor alguns vasos quebrados.

— Ah, ele é fofo... — Lucas fez voz de criança, e foi até ele, fazendo carinho no mesmo.

— E agora, o que a gente faz? — Felipe perguntou, nos olhando.

— Vamos limpar esses cacos de vidro, e arrumar o que essa pestinha derrubou — Luana disse, pegando a vassoura e logo varrendo.

— E o gato? — olhei pra ele que estava brincando com o Lucas.

— Vamos deixar ele aqui até mais tarde, e depois vamos ver o que fazemos... Não posso ficar com ele, minha mãe é alérgica a gatos — Luana respondeu, e colocou a vassoura de lado, indo até a cozinha, e depois de um tempo, ela voltou com dois potinhos, um tinha comida, e o outro água. — Ele pelo menos tem que comer e beber.

— Realmente.

— MENINO, TUA CABEÇA TÁ SANGRANDO! — Mel apontou desesperada pro Matheus que tinha sangue escorrendo da testa.

Tinha até esquecido que dei uma mesada na cabeça dele.

— É, né, levei uma mesada... — disse irônico, enquanto me olhava.

— Melhor você limpar isso e colocar algum remédio pra não piorar — Felipe fez careta, e ele passou a mão por cima do sangue.

— Precisa não — respondeu normal, como se isso não estivesse abalando ele.

— Precisa sim! Vamos limpar isso, afinal, eu que joguei a mesa na tua cabeça — falei, meio sem graça. — Onde tem álcool, Luana?

— Lá no segundo armário da cozinha, tem uma caixinha cheia de remédios, está lá — disse, e eu balancei a cabeça, puxando ele comigo pra cozinha. 

— Senta aí! — apontei pra cadeira, e ele bufou, logo se sentando.

Abri o armário, e vi que a prateleira que estava a caixa ficava muito no alto, e eu não alcançava.

— Pega pra mim? — olhei pra ele que riu, e pegou numa facilidade impressionante, precisou apenas esticar o braço. Fiquei até com inveja.

Eu teria que levantar o pé e dar uns três pulos e bater na caixinha até ela cair, ou simplesmente subir na cadeira. Mas esse tipo de humilhação eu não faria na frente do Matheus.

— Agora senta aí de novo — pedi, e ele revirou os olhos, se sentando novamente.

Peguei um algodão e limpei o machucado dele com merthiolate, depois passei álcool.

Eu na real não fazia idéia do quê estava fazendo, apenas continuou limpando até o sangue parar de escorrer.

— Aí, porra... — ele resmungou baixinho e eu ri.

— Tá doendo?

— Não, imagina, pô! — fechou os olhos e eu ri novamente da cara que ele estava fazendo.

Depois de alguns segundos ele abriu os olhos novamente, e ficou me olhando por um bom tempo.

— Que foi? — perguntei, ainda limpando aquela área.

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora