Capítulo: 25

934 46 18
                                    

— É... tudo bem. De boa, pô! — agi como se nada tivesse acontecido, e ele riu.

De boa, Rebeca? Ele quase te levou embora!

— Satisfação, Guilherme! — estendeu a mão. Ui ele é educado.

— Rebeca! — apertei a mão do mesmo, e sorri de lado.

— Tenho que ir! E desculpa aí de novo — saiu andando, e continuei olhando ele se afastar, que quando estava um pouco longe, se virou novamente e sorriu, logo sumindo da minha vista.

Fiquei viajando legal ali, até sentir a presença das duas malucas do meu lado.

— Vocês demoraram, hein! — peguei minhas sacolas, e começamos a andar.

— Aquela mulher lá ficou olhando minha nota de cem reais, achando que era falsa — Luana revirou os olhos. — Vaca!

— É, aí ela vai lá e fala: falsa é a sua sobrancelha que foi feita com carvão mineral! — Mel imitou a voz dela, me fazendo ter uma crise de risos.

— Garota, não creio que você falou isso! — coloquei a mão na boca, abafando as risadas altas que queriam sair.

— Falei mermo, euem! — bufou. — A mulher se sentiu ofendida, começamos a bater boca e ela quis chamar o gerente.

— E depois?

— Puxei ela e saímos correndo! — Mel deu um sorriso falso, como se estivesse doida pra matar a Luana, o que me fez rir mais. — Ela me fez passar o maior mico. 

— Só porque fiz uma crítica construtiva! — negou com a cabeça, agora se virando pra mim. — E tu? Tava boiando aí antes da gente chegar.

— Aí, gente, eu conheci um menino, muito gato! Ele esbarrou em mim, e pediu desculpas...

— Ui, ui, e tu sabe o nome dele? — Mel perguntou, enquanto sorria.

— É Guilherme. Acho que vou ver ele nunca mais! — suspirei.

— Relaxa, se ele estava aqui, talvez ele venha aqui de novo! — Mel tentou me reconfortar, logo ajeitando as sacolas nas mãos enquanto andávamos.

— Vou vir aqui todo dia então! — brinquei, e rimos, chegando na entrada do shopping.

Acabamos sendo rendidas por chamar uma Uber, já que nenhuma das três queria andar. Ainda mais por estarmos enjoadas dos doces, e porque não queríamos ter que andar carregando algumas sacolas.

Passou apenas alguns minutinhos, e chegamos na casa da Luana. Ela pagou, e então entramos em sua casa, colocando as sacolas em cima do sofá.

— Nossa, que silêncio. O Matheus e a minha mãe não devem estar aqui não — ela comentou, logo se virando pra gente. — Ae, pede a mãe de vocês pra dormir aqui!

Assentimos e então ligamos pra nossa mãe, que deixaram.

— Vamos guardar essas coisas lá no meu quarto e ir tomar um banho! — Luana nos chamou pra subir, e então fomos.

Guardamos as sacolas no guarda-roupa dela, e em seguida tomamos um banho, colocando um pijama. Um já era meu que eu deixava aqui, já que tô sempre dormindo na casa dela, e outro ela emprestou a Mel.

Descemos as escadas e sentamos no sofá pra assistir televisão. Pouco tempo depois o Matheus chega da rua sem camisa.

— Tu tava aonde? — Luana perguntou a ele, que estava todo suado.

— Transando, pô! — respondeu, de forma sarcástica, o que fez ela revirar os olhos. — Jogando bola — agora respondeu sério, e eu desviei o olhar rapidamente da barriga definida dele. — Baba não, Rebeca! — sorriu, e subiu as escadas.

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora