Capítulo: 33

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Agora eu tô ferrada mesmo! E se for um fofoqueiro que vai contar tudo para o diretor?

Oi, Deus, sou eu de novo!

— Gente, que coisa feia ficar se pegando aqui no meio do corredor da escola! — me virei rapidamente e pude ver a Luana de braços cruzados, e com um sorriso malicioso nos lábios.

Ainda bem que era ela! Ou talvez não...

— Que susto, garota, meu Deus! — coloquei a mão no peito, enquanto soltava um suspiro.

— Seus safadinhos, é feio ficar se beijando por ai, sabiam? — disse irônica, e então começou a rir.

— O que você está fazendo aqui fora? Não era pra estar na sala? — pergunto.

— Eu estava, né, mas você demorou muito, achei que tinha dado ruim pro seu lado! Apenas dei uma desculpa para a professora dizendo que ia no banheiro, e vim ver o que estava acontecendo — deu de ombros. — Mas tu estava fazendo coisas mais importantes, né?

Novamente ela começou a rir, e olhou para o Matheus que revirou os olhos e saiu andando pelo corredor, até perdemos ele de vista.

Ela continuou me olhando com um sorriso meio esquisito, e eu já sabia que iria vir zoação por aí.

— Não começa!

— TÃO NAMORANDO, TÃO NAMORANDO! — começou a cantar alto igual uma criança, e então eu tive que rapidamente colocar a mão na boca dela.

— Para de gritar, doente! E se alguém ouvir? — repreendi a mesma, tirando a mão da boca dela. — E também a gente não tá namorando, só se pegando!

— Então tá! — fez careta. — TÃO SE PEGANDO, TÃO SE PEGANDO!

Começou a cantar novamente e caiu na gargalhada, me fazendo revirar os olhos.

— Tchau, Luana — sai andando, mas fui puxada por ela.

— Ah não, vamo matar aula, por favor! — pediu, juntando as mãos. — A aula tá muito chata!

— É qual professora? — perguntei, arqueando uma sobrancelha.

— Felícia de Geografia! — fez cara de nojo.

A gente detestava aquela professora e odiamos Geografia com todas as nossas forças.

Somos burras pra essa matéria. Mal sabíamos direito três estados do Brasil.

O bom era que mesmo tendo dificuldades em uma matéria, sempre íamos bem nas provas, porque estudamos antes igual umas condenadas.

— Então vamo! — puxei ela pelo braço e fomos andando discretamente até o cantinho do pátio que tinha lá, onde o povo ficava matando aula. — Cadê a Mel? — perguntei, assim que sentamos no chão mesmo.

— Tá na sala, vou mandar mensagem pra ela e para os meninos darem um jeito e virem pra cá também! — disse pegando o celular, e eu assenti.

Eu realmente não era muito de matar aula, dificilmente eu fazia isso porque não queria ficar com faltas atoa, ou perder matéria. Até porque eu quero fazer faculdade no exterior, e eu tenho que me manter na linha.

Mas uma vez não faz mal a ninguém, né?

● ● ●

Lucas:

Meu Deus do céu, que aula chata da porra!

Ela fala muito, que desgraça! Eu lá quero saber de... Sei lá que caralhos ela estava falando!

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora