Capítulo: 2

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Era o Ruan, Andrei e o mais chato e insuportável do Matheus. Bom, como eu chamava esse trio de bests friends inseparáveis, os três patetas.

Ruan, super babaca, galinha, e quer dar um de pegador. Em um dia normal, eu estava passando em um dos corredores da escola, e flagrei ele beijando uma garota, mas, assim, ele estava quase comendo a cara da garota. Isso foi nojento!

Andrei, é o que mais se salva no grupo, até que ele é legalzinho. Teve uma vez que eu tropessei no pátio, no meu próprio pé, e ele me ajudou a levantar, e perguntou se eu estava bem. A Luana ficou rindo igual uma retardada, a bichinha não conseguiu nem me ajudar de tanto que riu. Passei mó vergonha nesse dia, o pátio estava lotado!

Matheus, como eu posso falar desse ser humano, insuportável! Ele é extremamente chato, infantil, enche meu saco direto, e se importa apenas com si próprio. E o pior, é que ele é primo da Luana, então conheço ele há anos. Também gosta de dar um de pegador, e só ilude as meninas, não sei como elas caem no papo dele!

— O quê essas pestes querem? — pensei, na verdade eu acabei falando, mas acabou saindo em um sussurro.

— Oi, priminha — Matheus deu um sorriso falso pra Luana, que apenas revirou os olhos. Ela mesma conhece a peste do primo que tem! — Eae, Felipe.

— Eae — Felipe respondeu, nem dando muita bola.

— Nem te vi aí Rebeca, tão pequena que nem enxerguei você! — debochou, e os amigos dele riram. Que porra de piada é essa?

— Pequeno também deve ser seu pau, otário! — rebati, cheia de ódio, e o Felipe e a Luana riram.

Odeio que falem da minha altura!

Eu sou baixinha mesmo, pareço uma tampa, mas ídai? Precisa me zoar não!

— Quer ver se é pequeno mesmo? — sorriu malicioso, e eu fiz cara de nojo, mandando o dedo do meio pra ele.

— Eita que a pinscher tá nervosa! Cuidado pra ela não morder sua canela, Matheus — o babaca do Ruan riu, e o Matheus riu junto com ele.

— Parem de ficar enchendo a porra do saco dela! — Felipe entrou na minha frente, e ficou parecendo um muro de tão alto que ele é.

— Relaxa, só estou brincando com a minha amiguinha — Matheus passou por ele e parou ao meu lado, passando seu braço pelo meu ombro, mas na mesma hora eu tirei.

Fechei a cara, e ele sorriu sarcástico pra mim. Eu juro por Deus que eu ia voar em cima dele!

— Matheus, vai encher o saco de outro, namoral! — Luana bateu com a mochila nele, que fez careta e se afastou dela.

— Bora sair logo, vocês dois são duas crianças! — Andrei deu dois tapinhas nas costas deles que estavam rindo da situação.

— Até mais, amorzinho! — Matheus mandou um beijo no ar pra mim, que fechei os punhos fortemente.

— Filho da... — eu ia pra cima dele, mas alguém segurou na minha mochila, fazendo eu voltar para o mesmo lugar.

Ele riu mais ainda, e se afastou junto com seus amigos. Bati os pés em sinal de frustração, quando vi que o Felipe e a Luana seguravam a alça da minha mochila.

— Calma lá, neném. Eu sei que ele é insuportável, mas respira fundo! — Luana passou as mãos por meu cabelo, e me virei para encará-la.

Quando eu ia responder, o sinal toca, o que fez eu me calar, e ir marchando para a sala, ouvindo a risada deles dois.

Entramos na sala de aula, e fomos para o fundão, como sempre. Somos da mesma turma, sempre fomos, mesmo se não formos, a gente faz um barraco pra colocar nós três juntos.

— Hoje vamos sair cedo porque é o primeiro dia de aula. Amém! — Luana diz animada, o que me fez rir.

Ela sempre foi a mais animada, e doidinha da cabeça!

— Vão lá pra casa hoje depois da escola! — apoiei os braços na mesa dela, e olhei para os dois.

— Jae então! — Felipe se esparramou na cadeira e fez um joinha com a mão.

— Beleza! — Luana também concordou, e a professora logo chegou. Por que ela não faltou, hein? Ídai que é primeiro dia de aula!

— Bom dia, alunos! — colocou suas coisas em cima da mesa, sem animação alguma, e começou a falar sem parar.

Depois de um tempo a porta foi aberta pelos três panacas. Não acredito que eles são da mesma sala que eu, de novo!

Que merda!

— Licença, fessora. Pode entrar? A gente se atrasou um pouco! — Matheus sorriu, na maior cara de cínico do mundo. Que falso!

— Se vocês demorarem de novo na minha aula, eu não deixo mais entrar! — respondeu a professora, se ajeitando na cadeira.

Se fosse eu deixava do lado de fora!

Eles entraram e se sentaram no fundão do outro lado da sala, bem longe de nós aqui!

As aulas ocorreram normalmente, e fomos liberados cedo, nem tivemos dever, só os professores falando, e falando, então saí da escola junto com a Luana e o Felipe, e fomos pra minha casa enquanto conversávamos.

— CHEGUEI! — gritei, quando abri a porta.

— Para de gritar sua doida, sou surda não! — minha mãe brotou lá na sala do nada — Oi Luana, oi Felipe! — abraçou os dois.

— Oi, tia! — disseram juntos, e colocaram a mochila em cima do sofá.

— Vão trocar de roupa para almoçar, eu fiz lasanha!

— Adoro, a lasanha da sua mãe é a melhor! — Felipe sorriu, e minha mãe ficou se achando.

— Vamos trocar de roupa então, tô cheia de fome! — Luana passou as mãos pela barriga, e rimos, logo subindo para o meu quarto.

Luana e Felipe tinham roupa deles aqui na minha casa, então eles pegaram lá no meu guarda-roupa, e cada um foi para um banheiro, a Luana foi no meu quarto, e o Felipe no corredor.

Suspirei, e joguei meu tênis e minha mochila em um canto por aí, me jogando na cama, esperando algum deles desocuparem o banheiro.

Alguns minutos depois senti alguém se jogar ao meu lado, e abri os olhos, vendo a Luana.

— Vai lá! — bocejou, e fui, tomando um banho rápido, eu estava com muita fome!

Quando sai o Felipe também tinha acabado, e então descemos. Comemos muito!

— Nossa, tia, estava muito bom! — Felipe lambeu os lábios, e a Luana concordou batendo palmas.

— Obrigada, meus amores, quando vocês vierem aqui de novo vou fazer estrogonoff! — minha mãe sorriu toda boba, e eu cruzei os braços.

— Pra eles você faz as coisas, quando eu peço você nunca faz! — fechei a cara.

— Ah, para de show que você não é a Xuxa! — minha mãe fez careta e eles riram.

Ajudamos ela a lavar a louça, e eles passaram a tarde aqui fofocando, depois minha mãe fez até bolo de chocolate, e de noite eles foram pra casa. Em seguida meu pai chegou do trabalho e fomos jantar nós três, enquanto conversávamos.

— Vou dormir, tô com sono já. Boa noite! — me levantei da mesa depois que eu havia acabado, e elas assentiram.

— Boa noite! — deram um beijo na minha bochecha, e fui para o meu quarto. Tomei um banho, estava um calor dos infernos. Coloquei um pijama fresquinho, liguei o ar-condicionado e deitei na cama, bastante cansada.

Fiquei um tempinho mexendo no celular, respondendo às poucas mensagens que eu tinha, porque ninguém me manda mensagem. Mexi um pouco nas minhas redes sociais e depois coloquei o celular de lado, logo dormindo. Só sei que eu apaguei!

《《《》》》

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora