Capítulo: 36

840 41 0
                                    

Aproveitei que a Luana tinha ido ao banheiro para contar um babado pra Melissa sem que ela ouvisse.

— Mel... — catuquei ela que estava sentada na minha frente.

— Oi — se virou pra trás para me olhar.

— Então, o Andrei quer chamar a Luana pra sair, só que ele tá com medo de levar um fora dela, então quer uma ajudinha! — sussurrei, e ela deu um gritinho atraindo os olhares de algumas pessoas. — Shiu, garota!

— Foi mal, fiquei animada por ela! — riu baixo. — Do nada eu imaginei aqui a Luana dando uma voadora nele, quando ele chamasse ela pra sair.

Ri também, mas do jeito que a outra lá é doida, duvido é nada!

— Então, estava pensando em na hora da gente ir embora eu puxar ela pra um lugar, vai ser na marra, porque ela não vai querer ir, e tu tenta levar os meninos embora para distrair eles, porque não ia dar certo com eles em cima, né? — revirei os olhos, pensando na tragédia do Felipe querendo bater no Andrei.

Do jeito que o bixin é ciumento, rum, duvido é nada também!

— Pode deixar, nossa operação cupido vai dar certo! — lançou uma piscadela pra mim, e a Luana logo entra na sala nos olhando estranho, enquanto sorriamos pra ela.

— Por que vocês estão rindo? — arqueou a sobrancelha, se sentando no seu lugar que era atrás de mim.

— Nada não! — respondemos ao mesmo tempo, ainda sorrindo, e logo nos viramos pra frente.

— Euem, tudo doida vocês! — ouvimos ela dizer, o que nos fez soltar um risinho baixo.

● ● ●

— Aleluia! — me levantei da cadeira assim que o sinal de ir embora tocou.

— Estou tão cansada, exausta! — Luana suspirou enquanto guardava as coisas dela.

— Mentira, tu não fez nada, nem sei do que tá cansada! — Lucas disse, o que fez ela soltar uma risada alta.

— Tô cansada de ser linda e incrível, MEU BEM! — jogou os cabelos e a gente riu.

As vezes eu invejo demais a autoestima e a autoconfiança da Luana, sério!

— Vamo embora logo, gente! — Felipe arrastou a gente pela mochila para o lado de fora da sala.

— O Matheus vai com a gente não? — perguntei quando estávamos andando pelos corredores.

— Ele disse que ia ficar conversando com os meninos mais um pouco — Luana deu de ombros. — Eu vou é pra casa, não aguento mais esse inferno!

Foi aí que eu lembrei do plano, do Andrei, a Operação Cúpido, e os paranue todo!

Dei um empurrãozinho de leve na Mel que olhava para o chão, mas na mesma hora me olhou.

Fiz sinal com a cabeça e ela já sorriu, entendendo de cara do que se tratava.

— Hm, por que vocês não vão embora na frente? Eu e a Luana vamos no banheiro! — parei de andar e olhei pra eles que ficaram sem entender.

— Mas por que não vai no banheiro quando chegar em casa? — Felipe me encarou.

— Vamos logo, eu pago um sorvete pra você no caminho, Felipe meu anjo — Mel arrastou ele e o Lucas que nem se quer disse nada.

— Mas eu nem quero ir no banheiro! — Luana protestou, quando só ficou nós duas ali.

— Você quer sim! Vamo — puxei ela que caiu igual uma bosta no chão. — Meu Deus, levanta daí, maluca! — comecei a rir igual um porco, fiquei até sem ar.

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora