Capítulo: 29

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Melissa:

Estava andando pra casa junto com meu irmão em silêncio, e quem passava, ele falava com a pessoa, ou umas meninas que ficavam de gracinha com ele.

Eu estava bem de boa, só olhando a paisagem daquela cidade linda que agora eu moro, de novo. Ai, que saudades daqui, nossa! Das pessoas insuportáveis, o ar poluído, a vibe caótica que esse lugar transmitia. Tipo um bar tocando forró, e do lado uma igreja louvando a Jesus. Apenas, saudades!

— SAI DA RUA, GAROTA! — Lucas me puxou pra calçada, me tirando dos meus profundos pensamentos. — Quer ser atropelada?

— Ih menino, me deixa!

— Deixa? Se eu te deixar você morre, ou é atropelamento, ou cai dentro de um bueiro, lerda pra cacete do jeito que é! — basicamente me humilhou, me fazendo revirar os olhos.

— Compra pra mim! — pedi, vendo um moço vendendo pipoca do outro lado da rua.

— Vê se eu tenho cara de banco? — me olhou, e eu fiz biquinho. — Garota chata, chantagista! — resmungou, e então atravessou a rua, me fazendo sorrir, e esperar ele ali mesmo.

Passou uma garota loira, muito linda por sinal, que me olhou de cima a baixo, e continuou andando. Ala, sebosa! Sou muito mais eu, não só pela questão de beleza, e sim pela simpatia.

Depois que eu fui perceber que ela era uma das amigas da Vivian lá da escola, só não lembrava o nome dela. explicado, pra ser amiga daquela lá, tem que ser escrota também.

Quando ela viu o Lucas, sua expressão de cara de bunda até mudou, e então ela foi até ele, que sorriu quando a viu, e ficaram conversando.

Mano, eu quero minha pipoca!

— Ô LUCAS, EU QUERO MINHA PIPOCA! — gritei pra ele, atraindo olhares de algumas pessoas que passavam.

Ele me olhou, e fez careta, vindo até mim, e me entregando a tão desejada pipoca.

— Obrigada! — sorri toda gentil, e fiquei comendo minha pipoca, até perceber que a garota estava do meu lado, conversando ainda com o Lucas.

— Quer? — ofereci minha pipoca a ela, porque eu sou super educada, e orando pra ela não querer, porque ela tem que ser mais educada ainda não aceitando.

— Não — respondeu de forma seca, e continuou conversando com ele, mas nem liguei, pelo menos não quis a minha pipoca.

Não sabia o que eles estavam conversando, e sinceramente nem queria saber, já estava sem paciência de esperar ele.

— Lucas, vamo embora, pelo amor de Deus! — reclamei pra ele, que ainda estava cheio de fogo com a garota.

— Bora, Mel. Tchau, Alessandra! — deu um beijo na bochecha dela, o que me fez soltar uma careta.

— Tchau, Lucas, qualquer dia desses vai lá em casa! — sorriu maliciosa.

Euem, sou obrigada a ouvir essas coisas não.

— Pode deixar! — deu uma piscadela pra ela, que saiu com um sorriso.

Me virei pra ele com cara de nojo, logo voltando a andar novamente.

— Que foi? — perguntou, roubando a minha pipoca.

Ain, Lucas, qualquer dia desses vai lá em casa! — imitei a voz da garota, e ele riu.

— Fazer o quê, né, eu sou o rei delas! — se gabou, me fazendo soltar uma risada alta.

— Ih ala, coitado!

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora