Melissa:
Estava andando pra casa junto com meu irmão em silêncio, e quem passava, ele falava com a pessoa, ou umas meninas que ficavam de gracinha com ele.
Eu estava bem de boa, só olhando a paisagem daquela cidade linda que agora eu moro, de novo. Ai, que saudades daqui, nossa! Das pessoas insuportáveis, o ar poluído, a vibe caótica que esse lugar transmitia. Tipo um bar tocando forró, e do lado uma igreja louvando a Jesus. Apenas, saudades!
— SAI DA RUA, GAROTA! — Lucas me puxou pra calçada, me tirando dos meus profundos pensamentos. — Quer ser atropelada?
— Ih menino, me deixa!
— Deixa? Se eu te deixar você morre, ou é atropelamento, ou cai dentro de um bueiro, lerda pra cacete do jeito que é! — basicamente me humilhou, me fazendo revirar os olhos.
— Compra pra mim! — pedi, vendo um moço vendendo pipoca do outro lado da rua.
— Vê se eu tenho cara de banco? — me olhou, e eu fiz biquinho. — Garota chata, chantagista! — resmungou, e então atravessou a rua, me fazendo sorrir, e esperar ele ali mesmo.
Passou uma garota loira, muito linda por sinal, que me olhou de cima a baixo, e continuou andando. Ala, sebosa! Sou muito mais eu, não só pela questão de beleza, e sim pela simpatia.
Depois que eu fui perceber que ela era uma das amigas da Vivian lá da escola, só não lembrava o nome dela. Tá explicado, pra ser amiga daquela lá, tem que ser escrota também.
Quando ela viu o Lucas, sua expressão de cara de bunda até mudou, e então ela foi até ele, que sorriu quando a viu, e ficaram conversando.
Mano, eu quero minha pipoca!
— Ô LUCAS, EU QUERO MINHA PIPOCA! — gritei pra ele, atraindo olhares de algumas pessoas que passavam.
Ele me olhou, e fez careta, vindo até mim, e me entregando a tão desejada pipoca.
— Obrigada! — sorri toda gentil, e fiquei comendo minha pipoca, até perceber que a garota estava do meu lado, conversando ainda com o Lucas.
— Quer? — ofereci minha pipoca a ela, porque eu sou super educada, e orando pra ela não querer, porque ela tem que ser mais educada ainda não aceitando.
— Não — respondeu de forma seca, e continuou conversando com ele, mas nem liguei, pelo menos não quis a minha pipoca.
Não sabia o que eles estavam conversando, e sinceramente nem queria saber, já estava sem paciência de esperar ele.
— Lucas, vamo embora, pelo amor de Deus! — reclamei pra ele, que ainda estava cheio de fogo com a garota.
— Bora, Mel. Tchau, Alessandra! — deu um beijo na bochecha dela, o que me fez soltar uma careta.
— Tchau, Lucas, qualquer dia desses vai lá em casa! — sorriu maliciosa.
Euem, sou obrigada a ouvir essas coisas não.
— Pode deixar! — deu uma piscadela pra ela, que saiu com um sorriso.
Me virei pra ele com cara de nojo, logo voltando a andar novamente.
— Que foi? — perguntou, roubando a minha pipoca.
— Ain, Lucas, qualquer dia desses vai lá em casa! — imitei a voz da garota, e ele riu.
— Fazer o quê, né, eu sou o rei delas! — se gabou, me fazendo soltar uma risada alta.
— Ih ala, coitado!
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Um Quase, Nós (EM REVISÃO)
Teen Fiction"Percebi que te amava, da pior maneira." Será mesmo que o amor enfrenta todas as barreiras? Será que vai dar certo toda essa mentira? Será que um dia ela ainda vai descobrir e irá perdoar ele? "Amar você sempre foi um jogo perdido, o qual eu gostava...