Capítulo: 30

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Matheus:

Rebeca é realmente muito difícil. Ô garota complicada do caralho, hein!

Estava tentando o máximo ficar mais próximo dela, mas ela não dá nenhuma abertura, nenhuma chance, nada!

Nessas duas vezes que ficamos, até que foi bom. Ela é até mais do que eu esperava.

— Matheus! — Luana me chama enquanto descia as escadas.

— Que foi, garota? — a observo se jogar ao meu lado no sofá.

— Vamos assistir alguma coisa aí — pegou o controle do meu colo, e ficou trocando de canal até parar em um filme qualquer.

— Chatona tu! — reclamo, e a mesma deita no sofá com as pernas em cima de mim. — Abusada? Nem um pouco, imagina!

— Cala a boquinha e vamos ver ali! — riu, e então reviro os olhos.

Ficamos assistindo um filme de ação que era chato pra caralho, até alguém abrir a porta com tudo, fazendo ela dar um pulo do sofá.

Desliga essa porra ! — diz Roberto, claramente bêbado.

Esse cara não presta, namoral, não sei como minha tia ainda está com ele!

— Tá achando que é quem? Você não manda em nada aqui não! — Luana cruza os braços, com o rosto vermelho de raiva.

— OLHA AQUI GAROTA! — ele veio pra cima dela, mas eu entrei na frente.

— VOCÊ NÃO VAI ENCOSTAR UM DEDO NELA! — coloco minha mão em seu peito, e logo escuto a tia Mari descendo as escadas correndo.

— O quê tá acontecendo aqui?

— ESSA VADIA DA TUA FILHA! — Roberto rebate, e o empurro com a mão. Por um momento achei que a Luana iria chorar, mas não, apenas olhou pra ele com o maior deboche do mundo.

— E você é outro vadio né? Seu vagabundo!

Luana sendo Luana. Tinha que ser minha prima mesmo!

— VOCÊ NÃO FALA ASSIM DA MINHA FILHA! — tia Mari grita, se aproximando dele. — VAI EMBORA DA MINHA CASA AGORA! — apontou para a porta.

— EU NÃO VOU PORRA NENHUM. E VOCÊ É OUTRA VADIA! — deu um tapa na cara da minha tia, e meu sangue ferveu na hora.

Luana ia pra cima dele, mas eu impedi ela com o braço, e fui pra cima dele.

— SEU FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO! — meti dois socos nele, que caiu no chão, e fez a tia Mari dar um grito de desespero.

— VAI MATHEUS, BATE MAIS, BATE, É SÓ BATER! — Luana gritou, e se fosse em outro momento, talvez eu iria rir, mas agora a minha raiva era bem maior.

— OLHA AQUI SEU MULEQUE! — se levantou, mas quase caiu. Logo peguei na gola da sua camisa, e me aproximei.

— SE VOCÊ FIZER MAIS ALGUMA COISA COM ELA, ENCOSTAR UM DEDO NELAS, VOCÊ VAI PARAR NO INFERNO, PORQUE PODE TER CERTEZA QUE EU MESMO TE MATO, SEU FILHO DA PUTA! — avisei, após dar outro soco nele.

— ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM, SEU PIRRALHO! — passou as mãos pelo rosto, onde estava jorrando sangue.

— Vaza daqui, agora! — aponto para a porta, e o mesmo sai cambaleando, logo batendo a porta. — Calma, tia — fui até ela, que estava toda se tremendo enquanto chorava.

— Eu não acredito que ele fez isso. Ele nunca encostou um dedo em mim! — me abraçou.

— Esquece o otário desse cara, olha o mulherão da porra que eu tenho de tia! Com certeza tem gente na fila — passo minhas mãos por seus cabelos, e a mesma ri. — Mas olha, você não precisa de homem nenhum pra ser feliz não, viu?

Um Quase, Nós (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora