Matheus:
Rebeca é realmente muito difícil. Ô garota complicada do caralho, hein!
Estava tentando o máximo ficar mais próximo dela, mas ela não dá nenhuma abertura, nenhuma chance, nada!
Nessas duas vezes que ficamos, até que foi bom. Ela é até mais do que eu esperava.
— Matheus! — Luana me chama enquanto descia as escadas.
— Que foi, garota? — a observo se jogar ao meu lado no sofá.
— Vamos assistir alguma coisa aí — pegou o controle do meu colo, e ficou trocando de canal até parar em um filme qualquer.
— Chatona tu! — reclamo, e a mesma deita no sofá com as pernas em cima de mim. — Abusada? Nem um pouco, imagina!
— Cala a boquinha e vamos ver ali! — riu, e então reviro os olhos.
Ficamos assistindo um filme de ação que era chato pra caralho, até alguém abrir a porta com tudo, fazendo ela dar um pulo do sofá.
— Desliga essa porra aí! — diz Roberto, claramente bêbado.
Esse cara não presta, namoral, não sei como minha tia ainda está com ele!
— Tá achando que é quem? Você não manda em nada aqui não! — Luana cruza os braços, com o rosto vermelho de raiva.
— OLHA AQUI GAROTA! — ele veio pra cima dela, mas eu entrei na frente.
— VOCÊ NÃO VAI ENCOSTAR UM DEDO NELA! — coloco minha mão em seu peito, e logo escuto a tia Mari descendo as escadas correndo.
— O quê tá acontecendo aqui?
— ESSA VADIA DA TUA FILHA! — Roberto rebate, e o empurro com a mão. Por um momento achei que a Luana iria chorar, mas não, apenas olhou pra ele com o maior deboche do mundo.
— E você é outro vadio né? Seu vagabundo!
Luana sendo Luana. Tinha que ser minha prima mesmo!
— VOCÊ NÃO FALA ASSIM DA MINHA FILHA! — tia Mari grita, se aproximando dele. — VAI EMBORA DA MINHA CASA AGORA! — apontou para a porta.
— EU NÃO VOU PORRA NENHUM. E VOCÊ É OUTRA VADIA! — deu um tapa na cara da minha tia, e meu sangue ferveu na hora.
Luana ia pra cima dele, mas eu impedi ela com o braço, e fui pra cima dele.
— SEU FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO! — meti dois socos nele, que caiu no chão, e fez a tia Mari dar um grito de desespero.
— VAI MATHEUS, BATE MAIS, BATE, É SÓ BATER! — Luana gritou, e se fosse em outro momento, talvez eu iria rir, mas agora a minha raiva era bem maior.
— OLHA AQUI SEU MULEQUE! — se levantou, mas quase caiu. Logo peguei na gola da sua camisa, e me aproximei.
— SE VOCÊ FIZER MAIS ALGUMA COISA COM ELA, ENCOSTAR UM DEDO NELAS, VOCÊ VAI PARAR NO INFERNO, PORQUE PODE TER CERTEZA QUE EU MESMO TE MATO, SEU FILHO DA PUTA! — avisei, após dar outro soco nele.
— ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM, SEU PIRRALHO! — passou as mãos pelo rosto, onde estava jorrando sangue.
— Vaza daqui, agora! — aponto para a porta, e o mesmo sai cambaleando, logo batendo a porta. — Calma, tia — fui até ela, que estava toda se tremendo enquanto chorava.
— Eu não acredito que ele fez isso. Ele nunca encostou um dedo em mim! — me abraçou.
— Esquece o otário desse cara, olha o mulherão da porra que eu tenho de tia! Com certeza tem gente na fila — passo minhas mãos por seus cabelos, e a mesma ri. — Mas olha, você não precisa de homem nenhum pra ser feliz não, viu?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Quase, Nós (EM REVISÃO)
Teen Fiction"Percebi que te amava, da pior maneira." Será mesmo que o amor enfrenta todas as barreiras? Será que vai dar certo toda essa mentira? Será que um dia ela ainda vai descobrir e irá perdoar ele? "Amar você sempre foi um jogo perdido, o qual eu gostava...