Linha Vermelha

Capítulo 16 - Presentes à meia-noite

Baekhyun fechou os olhos com leveza quando sentiu os lábios do mais novo em seu ombro, um beijo sem nenhuma outra intenção que fez o corpo inteiro do enfermeiro se arrepiar, mesmo que a blusa continuasse a cobrir o seu corpo. Sentiu os braços longos de Chanyeol lhe abraçar pela cintura, o puxando para mais perto, sentindo o nariz dele em seu cabelo logo em seguida, tão delicado e amoroso que poderia fazer o mais velho ficar ali para sempre, pois era exatamente o que Baekhyun queria naquele momento.

— Acho que seria bom se eu tomasse um banho — comentou baixo, a voz saindo meio rouca enquanto fechava os olhos, quase desistindo da ideia de sair dos braços do engenheiro. Virou o rosto devagar, sentindo os lábios do maior em sua bochecha.

— Você vai tomando um banho, e eu dou um jeito nessa cama — Chanyeol disse se referindo ao lençol que se soltará, a voz dele ainda estava mais rouca que o normal, fazendo o ruivo suspirar baixinho, puxando de leve os braços dele para longe do seu corpo. — Depois a gente pode ir comer pizza, já faz umas duas horas que a gente está trancado dentro do quarto... Acho que mais — comentou, coçando a cabeça enquanto observava Baekhyun se levantar da cama, a camiseta larga que ele ainda usava parando no meio das coxas. — Caralho.

— O que foi? — Baekhyun perguntou encarando o moreno, que deixou um sorriso torto brotar nos lábios enquanto se apoiava nos braços atrás do corpo, os olhos ainda olhando o corpo do enfermeiro. Byun negou com a cabeça, se aproximando novamente, apoiando um dos joelhos na cama bagunçada, juntando seus lábios aos inchados de Chanyeol, que sorriu com o beijo. Sentiu os dedos pequenos do mais velho voltarem a se enroscar em seu cabelo, o puxando ainda mais para frente, as línguas se encontrando com preguiça e carinho, tornando o beijo ainda mais difícil de se separar, fazendo Byun suspirar antes de afastar os lábios, os olhos ainda fechados quando se afastou do corpo quente do maior, pegando a mochila jogada ao lado da cama e dando as costas para o mesmo, entrando correndo no banheiro.

Abriu um sorriso enorme assim que encostou as costas na porta, soltando a mochila no chão e rindo baixo, se sentia um completo bobo, um bobo apaixonado, era a única explicação para ainda não conseguir desmanchar o sorriso, e também não conseguia parar de pensar em tudo o que tinha passado, de todos os toques e beijos, era surreal do quando ainda conseguia sentir os dedos de Park em si, a voz rouca dele sussurrando o quanto era lindo, maravilhoso... Gostoso. Era completamente surreal mesmo. Chacoalhou a cabeça, ligando o chuveiro no mais quente que conseguia, tirando a blusa e binder com calma enquanto se olhava no espelho, vendo as pequenas marcas que estavam presentes no pescoço e os dedos marcados em suas coxas e cintura... Era interessante como tudo aquilo combinava bem para o enfermeiro, que bagunçou os cabelos vermelhos, mordendo o lábios inferior antes de entrar debaixo da água quente e deixar o corpo relaxar de verdade.

E ainda no quarto, Chanyeol se mexia agitado na cama, rindo sozinho antes de se sentar no colchão novamente, olhando para a porta do banheiro enquanto ouvia o chuveiro ligado. Levantou um dos braços, cheirando descaradamente o sovaco antes de concordar com a cabeça de que deveria tomar um banho também, se levantando da cama com aquele sorriso enorme ainda, arrumando o lençol que não tinha nenhuma mancha, jogando de qualquer jeito o cobertor por cima antes de pegar uma troca de roupa, correndo para fora do próprio quarto, entrando no banheiro do corredor e se trancando ali, pensando em tomar o banho mais rápido que conseguia. E foi isso que fez, lavando os cabelos e o corpo rapidamente antes de sair do banheiro ainda com quase tudo úmido, dando de cara com a mãe que lhe encarou da cabeças aos pés.

— A pizza acabou de chegar — a senhora Park disse com um olhar desconfiado, encarando o chupão evidente que o filho estava no peito. Antes mesmo de Chanyeol tentar agradecer, a mulher se virou, deixando ele sozinho no meio do corredor, o tronco aparente e a toalha pendurada no ombro. Deu de ombros, estava tão feliz que nem ao menos se sentia abalado com o olhar da mãe, era como se todas as suas forças tivessem sido renovadas, e aquilo era só por causa do ruivinho que lhe esperava no quarto. Abriu a porta do quarto, dando de cara com Baekhyun perto da mesma, usando um moletom largo e velho e bermudas, os cabelos vermelhos levemente bagunçados e o cheiro do sabonete de Park tomando conta do corpo inteiro do enfermeiro, que abriu um sorriso pequeno, os olhos levemente inchados de sono.