33 - Cynthia.

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— Vou lá no terreiro e tenho que ir lá na faculdade mais tarde! — falei entrando na cozinha e olhando duas chamadas perdidas de um número desconhecido no meu celular

— Primeiramente bom dia! — minha mãe falou de costas para mim — Você não vai me contar o que tá rolando não? — sentei na cadeira

— Tem nada rolando não, mãe! — falei observando ela se virar pra mim

— Tudo bem! Quando você quiser falar eu tô aqui! — falou séria me encarando

— Tá rolando uma fofoca aí com meu nome e eu saí lá da boate, mas já tô me ajeitando já! Sabe que eu tenho aquele dinheiro na poupança guardado — ela me olhou surpresa

— Como assim minha filha? Você saiu da boate? É por causa desse jogador né? — neguei com a cabeça

— Ciclos se encerram minha rainha! Relaxa. — falei me levantando — Agora eu preciso ir! — fui até ela e dei um beijo em sua testa

— Cynthia — ela segurou meu pulso — Você sabe que o maior sonho do teu pai é te ver formada né? — concordei sentindo minha garganta apertar

— Se preocupa não! Em relação à faculdade está tudo ok — ela negou com a cabeça soltando meu pulso

— Não se envolva em besteiras, por favor minha filha — concordei meio sem entender

— Relaxa mãe! o único que deu pra se envolver com besteiras aqui foi Caique, minha vibe é outra — dei um sorriso e me retirei da cozinha

Eu não gosto de envolver meus pais em meus problemas, tento ser o mais breve possível por que sei que eles se preocupam demais já com meu irmão e eu não quero ser mais uma preocupação.

Tô indo lá na mãe Dalia jogar, quero ver como estão meus caminhos e o que tá rolando de errado comigo, tenho sentido uma energia ruim, pesada em mim.

Alex desde ontem que não me manda mensagem, nem sei se ele veio pro Rio, tô com um aperto no peito, sensação que só vai piorar as coisas.

— Ow doida, tá indo pra onde? — escutei alguém falar, olhei pra trás vendo o Caique se aproximando de moto

— Lá no terreiro, cadê Suany? Saiu lá de casa que eu nem vi — perguntei séria pra ele

— Tá dormindo lá em casa po, mas já vou botar pra ralar hoje — neguei com a cabeça

— Vocês dois hein. — ele riu

— Pede lá pro teus santo olhar por mim, tu sabe que eu preciso — concordei

— Você que não se cuide não! Deixa eu seguir meu caminho, Caique, que eu não tenho tua vida não — ele riu arrancando com a moto

Cheguei no terreiro e troquei de roupa, acendi minha velas e mãe Dalia me chamou pra jogar.

— Eu vejo duas mulheres em seu caminho, Cynthia....Uma é bem próxima de você e a outra você ainda não conhece — Mãe Dalia falou me encarando — Aqui mostra também muitas portas mas tem algo, que eu não consigo ver, uma coisa relacionada a muito maldade, alguém que vai atormentar muito a sua vida — meu coração apertou — Quem é esse rapaz que você tá sem envolvendo? Ele tem ex, atual? — perguntou

— Ele é um jogador, eu não sei muito sobre a vida dele amorosa, uma vez uma ex dele me pegou com ele mas foi só dessa vez..— ela concordou

— Não, não é essa moça que aparece pra mim, é alguém que tem um laço afetivo muito grande com ele — ela falou negando com a cabeça — Se você quer entrar nesse relacionamento, você vai precisar ser forte, filha! Isso tudo é um campo minado — concordei — E ele gosta muito de você, e está disposto à enfrentar qualquer coisa mas....ele teme à esse mulher — suspirei — Converse com ele, procure saber, com um tempo você saberá quem ela é. — falou rápido

— E quanto ao trabalho, mãe, eu preciso trabalhar — ela concordou

— Prosperidade! Fique calma que portas já estão abertas para você, mas, aquela mulher lá é uma cobra, minha filha, ela vai tentar acabar com a sua carreira! — falou pensativa

— A Ananda? — perguntei séria

— É, ela é um perigo! — concordei

Fiz um agrado e almocei com mãe Dalia, mas com aquelas palavras na cabeça, que mulher é essa tão presente na vida do Alex?

Fui caminhando para casa, bem distraída, quando cheguei no portão, quase dei um pulo de susto, o carro do Alex estava ali, estacionado.

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