Sexta- Ferira, 00h34h pm - Copacabana, Rio de Janeiro.
Alex dava mais uma borrifada de seu 212 em seu pulso, guardando em seguida o perfume no porta luvas, se olhou no retrovisor do carro, conferindo a barba pouco crescente, moleque pintoso.
O jogador se sentia cansado, tiverá treino até às 21h, só deu tempo de chegar em seu apartamento e se arrumar para a noite agitada que terá, tudo que ele precisava era de uma boa noite de sono e até mesmo de uma bela transa, mas ali estava ele, em frente à boate Blue, o melhor clube de Strippers do Rio de Janeiro.
Hoje é a despedida de solteiro de Henrique, um parceiro antigo de Alex, seu parceiro no campo e na vida, ele literalmente, foi obrigado à comparecer, não seria o chato do bonde, Alex estava longe de ser, além de ser padrinho de casamento de Henrique e Andressa, sua "cunhada" o fez prometer que cuidaria de Henrique naquela noite, essa noite ela não trabalharia ali, deixou que Henrique se divertisse um pouco em seu trabalho, Andressa é balconista chefe do clube.
Alex sempre foi o brincalhão do meio da galera, beirando aos seus 26 anos, solteirão, um jogador de futebol razoavelmente bem de vida, focado em sua carreira, veio de família tradicional, filho único, seu pai era um empresário importante, dono de uma famosa cervejaria hoje já aposentado, trabalhando em casa, sua mãe ainda comanda fisicamente à empresa.
Alex já recebeu proposta de grandes clubes do exterior, e aos seus 22 foi jogar bola na China, retornando paro o Brasil um ano depois, atualmente, jogando no Corinthians, mesmo não tendo um time do coração, nutria um respeito muito grande pelo time que acolheu-o.
— Bora lá enfrentar essa orgia — murmurou sozinho pra si mesmo, batendo a porta da Mercedes Classe CLA com força e ativando o alarme.
Ao adentrar o clube, pouco iluminado, repleto de luzes neons, Alex forçou um pouco a visão para enxergar melhor o reservado que seus amigos estavam, ele não era um amante de boates, cabarés, clubes de Stripper, passava longe de ser, sempre curtiu rolês mais tranquilos, uma baladinha de vez em quando, agora em um clube de Strippers? Era sua primeira vez.
— FINALMENTE, já tava quase ligando pra tua mãe pra saber cadê você — Henrique falou rindo, abraçando-o pelos ombros.
— Bêbado? — Alex perguntou rindo, botando as mãos nos bolsos da calça e balançando à cabeça em cumprimento aos amigos de campo.
— Você também ficará quando vê as deusas que tem nesse lugar, essa porra é o paraíso, Alex! — Wendel disse risonho, as bochechas brancas, vermelhas por conta do álcool
— Pouco papo e desce cachaça, hoje é a despedida do nosso irmão PORRA — Nathan gritou atraindo alguns olhares
Alex achou graça, seria uma noite e tanto, e quando não era? Estar com amigos sempre era bom, por conta dos treinos e jogos, esses momentos entre eles eram raros. Pediu uma dose de tequila, para começar a noite do jeito certo, já que estava na chuva, para que não se molhar, não é mesmo?
Fechou os olhos, sentindo o líquido ardente rasgar sua garganta, evitava álcool por conta do futebol, mas uma vezinha ou outra para ele não fazia diferença.
Balançou a cabeça e abriu os olhos no momento exato em que as luzes se apagaram, para logo um holofote vermelho focar-se apenas no palco.
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Química.
Teen FictionQuímica é quando você mata uma vontade e ela continua mais viva ainda. A história da Stripper Cynthia. Por Cris 💎 Jun/2020.