Desembarquei no Rio de Janeiro e fui direito para o meu apartamento novo, tomei um banho e fui para cozinha, dona Grazy montava uma mesa de café da manhã.
— Bom dia! — falei vendo ela dar um pulo de susto — Desculpa — ela riu se virando para mim
— Bom dia, menino! Num chegue assim, se não eu morro do coração — falou me fazendo dar uma risada — Cadê a moça bonita? — perguntou pela Cynthia
— Está em casa, mais tarde ela vem — ela concordou me encarando com um sorriso
— E tem um bebê vindo aí hein? Felicidades e farei muito cuscuz para esse neném viu? — eu ri concordando
— Com toda certeza do mundo, o cuscuz da senhora é o melhor — falei vendo meu celular tocar e o nome da minha mãe brilhar na tela
- Bom dia! - falei antes dela
- Oi filho, já chegou? - perguntou
- Uhum! Acabei de tomar banho
- Toma café comigo?
- Claro, passo aí daqui uns 20 minutos?
- Não....Eu já estou saindo de casa
- Ah, me encontra no starbucks?
- Sim, beijos! - falou desligando a chamadaTomei um pouco de suco e comi um pedaço de bolo, vesti uma camisa, minha cabeça ainda tá doendo um pouco por causa do vôo, peguei minha carteira, chave do carro e meu relógio.
Minha relação com a minha mãe tá bem estranha, ela não pareceu muito feliz com a gravidez e isso me preocupa, mas não da forma que me preocupava antes.
Talvez assim, dando esse gelo nela, ela não seja tão invasiva, depois que eu comecei a não dar mais importâncias as ações negativas dela, tudo ficou mais tranquilo pra mim.
Agora, eu já sei que ela sempre vai ter uma reação negativa quando se tratar do meu relacionamento, isso ainda me incomoda um pouco, mas prefiro fingir que está tudo bem.
— Bom dia, coroa — dei um beijo na testa dela, já estava sentada tomando um café
— Bom dia, meu filho — sorriu, puxei uma cadeira sentando de frente para ela
— Cadê meu pai? Como a senhora tá? — perguntei apoiando o braço na mesa
— Bem, foi resolver umas coisas — concordei — Não vai comer nada? — neguei com a cabeça
— Tomei café em casa — ela tirou os óculos e me encarou, um olhar sério — Que foi mãe? — perguntei desconfiado
— Alex, eu tô bem preocupada! — falou levando o copo de café até a boca e dando um gole longo, franzi a testa preocupado
— Com que, mãe? Meu pai tá bem? — ela botou o copo em cima da mesa novamente e concordou
— Com você. — falou rápido — Filho, você não percebe que desde quando você começou a namorar com essa menina, você não vai mais lá em casa — neguei com a cabeça e suspirei — Alex, Eu não consigo engolir essa história louca de gravidez, do nada? Você mudou completamente depois que ficou com essa menina. — minha garganta apertou
— Mãe, aonde você quer chegar com esse assunto? — perguntei sério fechando o rosto — A senhora não vê que isso não passa de uma ilusão da cabeça da senhora? Todo mundo gosta da Cynthia, todo mundo vê que ela me faz bem, só a senhora continua apertando essa tecla negativa — ela negou com a cabeça desviando o olhar do meu
— Eu não duvido nada que essa gravidez dela seja um golpe! — falou entre-dentes, voltando a me encarar
Empurrei a cadeira pra trás rápido e me levantei, o sangue correndo mais rápido na minha veia, meu coração acelerado no peito, não é possível, todo mundo muda, todo mundo troca de pensamentos, como pode uma pessoa persistir em uma coisa tão sem fundamento?
— Pra mim já deu por hoje! — falei pegando a chave do carro em cima da mesa e me retirando do estabelecimento
Mas ela veio atrás, antes mesmo de eu abrir a porta do carro, no estacionamento, ela me alcançou.
— Me desculpa! Me desculpa filho, eu não...— interrompi ela e me virei para encara-la
— Não peça desculpas! A senhora falou o que acha e o que sente! A sua opinião é essa, desde muito tempo! — me virei para abrir a porta — Só que a senhora terá que respeita que estou com ela, mãe, eu tô feliz e não me importa sua opinião. — entrei no carro batendo a porta com força
Cheguei na Cynthia e para minha surpresa ela já me esperava no portão, dessa vez, o nosso abraço foi mais demorado que o costume, não sei, é uma química, uma conexão diferente que a gente tem, é como se ela soubesse que eu não estava bem.
— Adivinhou que eu tava chegando? — perguntei com a mão entrelaçada na dela
— Meu irmão me avisou na verdade, ele te viu passando de carro. — concordei entrando na casa
Pouco tempo que descobri que o irmão da Cynthia é do movimento, eu não sabia mas em um dia desses vi ele chegando na casa dela com um armamento quase do meu tamanho.
— Bom dia, senhor — apertei a mão do pai da Cynthia, a mãe dela vinha na nossa direção
— Bom dia — ele falou ainda segurando minha mao, me encarando
— Oi meu filho, como você tá — ela falou me abraçando — Não ligue pra esse chato, ele só tá querendo te intimidar — eu ri
— Não posso nem manter minha pose de bravo? — o pai da Cynthia falou rindo
Caminhei até a Cynthia que estava mexendo no celular encostada no meio muro do terraço.
— Eu amo esse lugar — Cynthia falou me abraçando, enquanto olhávamos a vista
— A vista é bonitona — dei um beijo na bochecha dela, abraçando cintura dela
— Eu quero continuar morando aqui, Alex. — ela falou chamando minha atenção – Eu quero que meu filho cresça aonde e eu cresci. — se virou para mim, me encarando
— Eu já te disse, a sua escolha é a minha — segurei o rosto dela e dei um beijo
Sua língua brincava com a minha, chupei seu lábio inferio devagar, pressionando ela de leve no meio muro, seus lábios desceram para o meu pescoço e ela riu quando a mãe dela chegou de repente.
— Vamos almoçar? — falou chamando nossa atenção
Concordamos descendo as escadas, quanto a Cynthia ajudava a mãe dela a botar a mesa, eu e o pai dela estávamos na sala.
— Num tenho muito o que dizer n-não, mas eu sou pai, sei das dificuldades da vida — ele começou a falar — Você é um rapaz respeitador, faz minha filha bem — concordei sem graça — Só espero que agora, mais do que nunca, você fique do lado dela. — falou rápido — Meus planos pro futuro dela não era esses não, queria que ela se formasse antes de tudo, mas, ela quis me dar um neto ou uma neta primeiro, pra mim tá bom também — riu — Faz ela feliz, trata ela bem, a vida dá esses sustos mesmo mas tudo se ajeita. — estendeu a mão para mim apertar
— Obrigado, prometo fazer sua filha muito feliz — ele concordou
Cynthia nos chamou para almoçar, eu me sinto confortável aqui, em casa, é como se tudo estivesse no seu devido lugar.
*Não esqueça seu fav e seu comentário.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Química.
Teen FictionQuímica é quando você mata uma vontade e ela continua mais viva ainda. A história da Stripper Cynthia. Por Cris 💎 Jun/2020.