03 - Alex.

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Acordei sentindo meu corpo mais pesado que o normal, a queimação no estômago, me alertando que tô tendo uma ressaca desgraçada, quando tempo eu não sei o que é isso, porra.

Abri os olhos com um pouco de dificuldade, vendo as persianas abertas por completo, e o ar-condicionado desligado.

Provavelmente minha mãe já chegou para o nosso almoço em família de sábado, porra, maldito sábado e eu esqueci completamente desse almoço.

Por essas e outras, eu preferio ficar a maior parte do meu tempo no meu apartamento em São Paulo, não que eu não seja um cara sociável, mas a invasão de privacidade me incomoda pra caralho e é uma parada inevitável já que quando eu to por sampa minha mãe cuida do apartamento pra mim.

Levantei e fechei as persianas, 10h40 da manhã, eu cheguei 5h em casa, descansei porra nenhuma, pronto, meu humor ja foi pro caralho.

Tomei um banho e me olhei no espelho, na mente, veio a madrugada, eu e os moleques voltamos mal pra casa, Wendel ficou pelo caminho, ainda paramos em uma padaria 24h, marcamos até de manhã, rolê louco.

Porém, poderia ser mais louco ainda se eu tivesse conseguido o contato daquela deusa, mulher não sai da minha mente, daria tudo pra lembrar o nome dela que a mina do bar me disse, puxei na memória e nada, mas tô ligado que ela disse algo como Carol, Simone...sei lá.

Vesti uma bermuda e uma blusa da Adidas, dei um confere no whatsapp e várias mensagens de ontem, deixei o celular pelo quarto mesmo, tô ligado que minha mãe pilha pra caraca nessa de ficar o tempo todo no celular.

— Bom dia família! — falei entrando na cozinha, minha mãe tava sentada na mesa e a dona Grazy falava alguma coisa com ela, senhora que trabalha aqui aqui em casa.

— Oi meu filho! — minha mãe falou levantando e vindo na minha direção — Como você tá? — beijou minha bochecha, abracei ela pelos ombros

— Numa ressaca fudida! — falei rindo, ela me soltou e negou com a cabeça, sentei na mesa — Cadê meu pai? — perguntei, ela sentou de frente pra mim

— Aniversário da sua vó hoje, esqueceu? Foi cedo pra lá, vão fazer um churrasco! — falou revirando os olhos, bati na testa, esqueci completamente do aniversário da minha coroa — Cancelou total nosso almoço de sábado

— E a senhora não foi por que? — perguntei botando um pedaço de pão na boca

— Vim te acordar né? Pelo visto encheu a cara ontem — concordei rindo — Foi pra onde? — perguntou

— Despedida de solteiro do Henrique — falei rápido, não dando muita corda .

— E foram pra onde? — insistiu, bebi um pouco de suco

— Orgia! — falei segurando o riso, os olhos dela quase pularam pra fora

— Meu Deus, ave Maria, Alex se isso vaza na mídia, vocês estão malucos? E a Andressa permitiu uma loucura dessa? — gargalhei alto

— Tô gastando né mãe! Fomos num barzinho po, óbvio que a Andressa não ia permitir um rolê desse — falei mentindo e descansando o braço na mesa — Bora partir? Quero passar no shopping pra comprar um presente pra minha coroa! — falei levantando

— Aí ninguém merece a família do teu pai! Sinceramente, oh povo chato — ela levantou reclamando, ri negando com a cabeça

— Atura dona Andreia, atura! — impliquei indo pro quarto

Peguei a chave do carro, minha carteira e o celular, joguei só um óculos na cara e partimos. Li por alto uma mensagem do Wendel me chamando pra ir pro clube hoje de novo, caralho, moleque ficou apaixonado mesmo, gamou, só confirmei. Tô querendo rever a deusa mesmo, mas dessa vez pra desenvolver um papo com ela.

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Química. Onde histórias criam vida. Descubra agora