16. SE EU COLOCAR EM PRIMEIRO LUGAR O MEU MUNDO

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Os dias passam de forma monótona após a minha ida ao St

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Os dias passam de forma monótona após a minha ida ao St. Louis. Entre lições de esgrima e alguns compromissos oficiais, o verão finalmente chega e completo o vigésimo quinto dia sem falar com Taylor, mesmo que seja isso o que mais anseio.

A princípio, quando a mágoa e o orgulho estavam no auge, ignorá-la era fácil. Mas agora, quando as suas mensagens já não são mais tão recorrentes (a última foi há cinco dias), pego-me pensando se não deveria deixá-la ao menos falar uma vez para tentar se defender.

No fundo, tenho consciência de que ela deixou claro que não queria nada sério e que o tolo da história sou eu, que me deixei levar e acabei machucado no final. Se não fosse por isso, ela e eu teríamos mais momentos juntos e....

Balanço a cabeça em negação.

Não.

Eu não posso mesmo estar cogitando perdoá-la e viver o que ela propõe. Não quando tenho certeza de que não conseguirei ficar em paz sabendo que ela não estará apenas comigo enquanto eu sequer consigo pensar em outra pessoa além dela. Se for para perdoar Taylor, será para que ela saia da minha vida ou fique nela sob termos que sejam bons para mim também.

"No que está pensando, Cara-Metade?", a voz de Elisabeth me tira dos meus devaneios e me faz focar outra vez no que acontece no mundo real, onde nós dois e Niklaus estamos no salão de jogos do palácio: os dois em meio à uma partida de xadrez e eu fingindo observar tudo.

"No que pedirei de aniversário esse ano", minto. "Você já pensou? Não está muito longe".

"O que eu quero de verdade é impossível, então não pensei em outra coisa ainda", Elisabeth responde após mexer o seu bispo e conseguir capturar uma torre de Nik, que morde o dedão enquanto pensa na sua próxima jogada. "Talvez uma tiara nova, e você?".

"Um dia de folga das tarefas reais", depois da única vez em que tive isso, dias atrás, venho pensando, nos momentos em que Taylor sai da minha mente, sobre ter a oportunidade de ser apenas Sam de novo e poder cumprir o que prometi às crianças do orfanato e voltar lá.

"Retiro o que disse, então. Também vou pedir isso", Elisabeth afirma, e sua próxima jogada acaba por fazer com que perca um cavalo e fique em xeque por Niklaus.

"Xeque", o nosso irmão caçula diz. "Eu não entendo o motivo de estarem falando do aniversário de vocês quando é apenas no final de julho. O do Theo está mais perto".

"Mas o Theo não está aqui, está?", Elisabeth rebate. "E, além disso, ele não se importa nem um pouco com o aniversário e prefere não comemorar".

"O que é óbvio, quando a mãe dele morreu apenas poucos dias depois do seu nascimento. Já pararam para pensar que o Theo se importa sim com o aniversário e que só não comemora porque todo mundo sempre lembra disso? Que a mãe morreu porque ele nasceu", Nik retruca, pegando tanto a mim quanto Elisabeth de surpresa.

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