22. SALVE-ME DA MINHA ESTUPIDEZ

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"Eu pensei que você estivesse gostando da Sofya", depois de dias longe de Dominique e do clima caótico da minha vida, Lucas tenta ficar a par dos últimos acontecimentos

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"Eu pensei que você estivesse gostando da Sofya", depois de dias longe de Dominique e do clima caótico da minha vida, Lucas tenta ficar a par dos últimos acontecimentos. "Quer dizer, você disse que a beijou há duas semanas e depois me encheu de mensagens, porque ficou em pânico quando ela te evitou por dias achando que havia assustado a garota; aí descobriu que não era bem o caso, vocês voltaram a se falar e meio que estão flertando, mas aí me vem e diz que a Taylor voltou para a história e que você irá buscá-la essa tarde no aeroporto. Bem no dia do seu aniversário".

"Não é o que você está pensando, Ok?", faço questão de deixar claro, mesmo que, através desse resumo, eu próprio agora tenha minhas dúvidas.

"Então explique melhor, por favor. Ultimamente anda bem difícil entender o que se passa nessa sua cabecinha", Lucas se encosta na cadeira, olhando-me com atenção enquanto toma café gelado.

Eu, por outro lado, suspiro. Detesto quando sou colocado contra a parede por alguém, mesmo quando o alguém é meu melhor amigo.

"Eu preciso falar com a Taylor e deixar tudo às claras para poder investir na Sofya sem nada pendente", digo. "Por isso aproveitei o fato de que ela está vindo para Dominique, sabe-se lá para que, e aceitei quando me pediu que a pegasse no aeroporto. Foi só para podermos conversar", pontuo.

"Então por que me parece que você está tão nervoso?", como sempre, Lucas não deixa passar absolutamente nada.

"Porque é a Taylor!", qualquer explicação, além dessa, seria fajuta. "Eu gostei dela por muito tempo, mas até hoje não sei o que esperar quando se trata dessa mulher".

"Um belo par de chifres compartilhado entre você e o lorde Travis, talvez", Lucas ri da própria piada e me faz questionar as razões de eu ainda lhe contar cada coisa que se passa na minha vida, como o beijo que testemunhei na biblioteca e que me fez perceber o quão idiota eu era.

"Parabéns, Lucas. Muito engraçado", ainda não consigo expressar qualquer humor sobre isso, somente frustração e mágoa, mas tento engoli-las junto com um bom gole de café.

É outra manhã de sábado quente e tomamos o desjejum na mesa privativa da varanda do meu quarto. Por mais que mamãe odeie quando faço isso, é difícil encontrar tempo para conversar com meus amigos e as refeições acabam se tornando uma boa opção para bater papo.

"Mas, me conta, o que você vai fazer se encontrar a Taylor o fizer perceber que ainda gosta dela?", Lucas tranquilamente passa geleia de pimenta em um pão enquanto solta esse questionamento para lá de problemático.

"Impossível", eu nem sequer hesito.

"E como pode falar com tanta certeza?".

"Um dia você saberá distinguir o falso do verdadeiro, Lucas", sinto-me como um expert ao falar isso, mas aposto que Sofya diria que só sou um idiota mesmo. "Gostar da Taylor, se eu pudesse resumir em poucas palavras, seriam elas: doloroso e unilateral. Eu sempre ficava ansioso sozinho, sentindo tudo sozinho e acreditando que, lá no fundo, ela me correspondia ou me corresponderia, mais cedo ou mais tarde. Só que, pasmem, a nossa relação se baseava apenas em beijos escondidos e sexo, nada mais".

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