Capítulo 13

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– Isso não é possível! – Daniel não conseguia acreditar na história maluca que Ever acabara de te contar.

Maldição? Cupido? Ele e Hi Na destinados? Que loucura era aquela?! Mas ela havia pedido que ele acreditasse nela, e por mais que aquilo tudo fosse impossível, ele queria muito acreditar. Ever estava ansiosa por sua reação desde quando contou toda a sua história. Ela sabia que era difícil de acreditar, que teria que provar a ele.

– Olha, não quero dizer que você está mentindo ou algo do tipo ...

– Daniel?

– Mas é impossível!

Protegidos no quarto de hotel dele, Ever decidiu se expor totalmente à ele. Segurou sua mão para o calar; ele ainda estava em choque, mas ela precisava se revelar. Com toda a atenção dele voltada a si, ela simplesmente ficou invisível aos olhos dele; apenas, desapareceu, se ele não acreditasse naquilo, não havia mas nada que pudesse fazer.
Chocado, Daniel não acreditava no que tinha acabado de acontecer; quando ela finalmente reapareceu, ele queria argumentar contra aquilo; porém não sabia o que dizer.

– Isso não é possível! – porém seu cérebro acabara de perceber que era possível.

O olhar ansioso e preocupado dela abalava ele, se tudo aquilo fosse verdade, então ele e ela não podiam pertencer um ao outro. Ele não podia estar com ela.

– Eu preciso de um tempo. – Pediu se jogando na borda da cama, era muita coisa para ele lidar, naquele momento não queria dizer alguma coisa que a magoasse, precisava pensar com clareza.

Ever encarou ele cabisbaixo, provavelmente sua cabeça estava uma confusão. Ela entendia ele, mas estava com medo da rejeição. Depois de tanto tempo, ela precisava conhecer seu amor do passado, tinha tanto coisa para perguntar, tanta coisa para descobrir. Engoliu em seco, e se forçou a fingir tranquilidade e coragem.

– Vou deixar você sozinho agora. – Assim que lhe virou as costas, respirou fundo para se manter firme.

– Me desculpe! – O pedido abafado dele fez seu coração perder uma batida. "Por quê ela estava sempre perdendo?"

– Tudo bem. – Ela deixou o quarto.

Um corredor vazio lhe recebeu, outra porta se fechando. Enfim ela podia chorar. Era tão patética, ela feriu tantas pessoas. Se feriu. Devia ter dito: “Vou esperar a sua decisão.” ou “Estarei esperando você.” Mas se dissesse aquilo se sentiria como se estivesse cobrando uma decisão rápida dele. Ela teve mil anos, seria injusto dar-lhe apenas alguns minutos ou horas.

– Está tudo bem, Ever. – Ela se consolou. – Vai ficar tudo bem.

Caminhou até seu quarto. Ali era o único lugar que podia esperar por ele, quando estivesse pronto, Daniel viria até ela.

“Eu vou me lembrar! Vou em lembrar de você!” Garantiu a si mesma.

Encostada na porta, ela só esperava que ele pudesse acreditar nela.

[ As águas claras refletiam o reflexo de uma garota jovem, que ela tinha certeza ser ela. Tocou seu rosto sem conseguir acreditar. Onde estava? Ao seu redor não havia nada além de um campo com grama alta, flores e o rio cristalino; tocou a água, instantaneamente ela soube que era seu passado.

Não conseguia acreditar que estava sonhando, agachada à margem do rio, lavou sua face e tentou se refrescar molhando o pescoço. Com a cabeça jogada para trás ela aproveitava aquele momento ao sol. Um tecido seco tocou seu pescoço. Ela se virou assustada, para encontrar os olhos dele. Daniel! Ele ainda tinha o mesmo sorriso encantador.

– Posso saber o que a senhorita está fazendo?

Ever não sabia como se dirigir a ele. O que eram naquele momento da história.

A Maldição do CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora