Capítulo 15 - Perdição

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Era um lindo fim de tarde de outono e, depois que Annabeth acordou de um cochilo, nós comemos, tomamos um banho e fomos dar uma volta no quintal. Seu vestido rosado com algumas nuvens estampadas era tão belo quanto o céu naquela hora, com tons alaranjados, rosas e azuis.

Quando Lexa chegou, meu coração disparou e meu sorriso se abriu, como se eu não a visse há anos. A caminhonete - que eu precisei me esforçar para convencê-la de que podia usar também, quando quisesse, a menos que quisesse fugir de mim ou cometer um crime - parou ao lado da casa, a porta se abrindo logo depois. Anna ficou olhando para depois correr para os braços da mulher, que a esperava com um sorriso radiante. Lexa a lançou no ar e depois trouxe de volta, beijando sua bochecha.

—Senti sua falta, sunshine — Pude ouvir quando me aproximei.

—E eu senti a sua — Falei, tentando conter meu sorriso. Que droga. Ela me deixava tão boba. A mulher beijou a bochecha da pequena Anna antes de colocá-la no chão e se aproximar de mim. Eu podia ver as cores do céu em seus olhos claros.

—Sentiu? — A morena segurou meu rosto com as duas mãos para depois descer até minha nuca, fazendo carinho. Suspirei.

—Muita Woods.

Ela sorriu. Aquele sorriso de canto e aquela sobrancelha arqueada, que eu entendia perfeitamente. E então inverteu nossas posições, me colocando contra a porta do carro.

—Você não tem ideia do que eu faria agora se não tivesse uma criança aqui, Griffin — Sussurrou, me beijando de forma ardente por menos tempo do que eu queria. Porém, como a perfeita provocadora que ela era, mordeu meu lábio e se afastou me deixando encostada naquele carro, observando suas curvas na saia apertada enquanto ela corria atrás de Annabeth, arrancando gargalhadas. Não pude ficar brava vendo a cena.

—Temos que entrar crianças — Anunciei me dirigindo á porta.

—Ela é a mãe chata, ignora — Lexa sussurrou. Lancei um olhar furioso em sua direção, e assim que ela percebeu, sorriu envergonhada. Entramos em casa entre risadas, até que eu chequei o relógio e percebi que era a hora do remédio de Anna. O momento do dia anterior voltou a acontecer, mas novamente, Lexa resolveu isso, e ela tomou o remédio. Falamos sobre o nosso dia até sentir a respiração da menina entre nós se acalmar. Ela adormeceu.

Levantei os olhos para a morena que me observava atenciosamente, e exibiu um sorriso lindo ao encontrar meus olhos.

—Eu fiquei tão feliz em saber que você está escrevendo, principalmente quando soube o assunto. É genial, Clarke.

Sorri timidamente. Eu nunca sabia lidar com elogios.

—E o emprego?

Lexa segurou um sorriso no canto dos lábios.

—Hmmm, não posso falar sobre isso. É surpresa.

—Oi? — Pisquei várias vezes tentando assimilar aquilo. Ela não podia falar no que talvez estivesse trabalhando?

—Amor... Você está trabalhando como prostituta ou algo assim? — Perguntei. Ela gargalhou e me puxou para seu colo, colocando meus olhos nos seus de novo.

—Talvez. Eu me sairia bem, não?

—Sairia bem da porra do emprego, Lexa Woods. Você seria ótima se demitindo.

Ela gargalhou de novo, voltando a me olhar depois com um sorriso bobo, balançando a cabeça negativamente.

—Por que você tem que ser tão idiota, e tão sexy? — Enrolei seu cabelo em meus dedos e puxei levemente. A morena segurou minha cintura com força, me puxando mais para perto e eu suspirei quando ela desceu sua boca por meu pescoço, subindo de novo para chegar até meu ouvido.

As Long As We Are TogetherOnde histórias criam vida. Descubra agora