Capítulo 30 - Bônus de Amor - Grandmother

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Uma semana depois de Lexa e eu termos voltado da lua de mel, Annabeth e Ashanti ainda dormiam em nossa cama, com a desculpa de que ainda estavam com saudade. Eu não podia, de forma alguma, negar aquilo, já que era adorável.

Quando acordei, observei a forma que estávamos dormindo por um tempo, não conseguindo evitar o sorriso. Annabeth abraçava minha cintura, e sua cintura era abraçada por Ashanti, que tinha a cabeça repousada no peito de Lexa, que estava acordada. Belos olhos verdes me encaravam com adoração, um sorriso de canto em seus lábios.

Tão adorável...

—Bom dia, olhos azuis — Sussurrou. Mordi o lábio tentando segurar meu sorriso totalmente bobo.

—Bom dia, olhos verdes.

Minha esposa suspirou, antes de bocejar e se encolher, chegando mais perto de Ashanti, que ronronou em seu sono. Lexa não estava satisfeita em incomodar o sono da menina. Espalhou beijos em sua bochecha e empurrou com o nariz, tudo com um sorriso brincalhão no rosto.

—Mamãe...— A garotinha resmungou, rindo quando a morena começou a beijar seu pescoço — Para, mamãe! Me deixa dormir!

—Nah, se eu estou acordada, todas tem que estar.

—Então a Anna tem que acordar!

—Exatamente. Me ajuda a acordar ela, vai? Você sabe o quanto sua irmã ama te ver quando acorda.

Ashanti sorriu, convencida, ainda de olhos fechados. Annabeth sempre sorria assim que acordava, mas quando ela via a irmã... era mágico.

A criança sentou na cama, seu cabelo cacheado solto e bagunçado, natural, como nós adorávamos ver em todas as manhãs. Quando ela se inclinou para perto da loirinha, eu pude ver o sorriso aumentando gradativamente em seu rosto.

—Anna? Pssst, Anna. Acorda, Cinderela.

A mais nova abriu os olhos devagar, e como sempre, pareceu confusa assim que acordou. Mas logo depois, abriu um sorriso enorme.

—É Bela Domessilda, Shanti! — Ela riu, e puxou a irmã para um abraço. Minhas bochechas já doíam de tanto sorrir. Nada como acordar com aquela sessão de fofura.

Suspirei quando levantei os olhos e Lexa ainda me encarava, com um sorriso bobo. O tempo parecia parar quando ela fazia aquilo.

—Maaaaaaaaaaaaaaama — Annabeth segurou meu rosto e sorriu quando conseguiu fazer com que nossos narizes se encostassem — É sábado. Vamos ver a vovó, vamos.

Um arrepio percorreu meu corpo. Depois da lua de mel, o assunto Abby havia sido conversado uma vez com as meninas, e depois ignorado por nós. Por mim. Fiquei feliz com a carta. Fiquei feliz que aquilo aconteceu. Mas depois de um tempo, eu descobri que perdão é algo maior. Algo que ainda não havia acontecido. Meu medo, e talvez minha mágoa eram maiores do que a vontade de vê-la, de realizar o desejo das garotas de conhecer a avó. Era tão errado, mas o certo era tão assustador.

—Nós conversamos sobre isso depois, ok? — Sussurrei para Anna, beijando seu nariz, e ela ficou séria na mesma hora. Bem, tentou ficar, mas aquilo sempre parecia fofo demais. Braços cruzados e um bico enorme.

—A senhora sempre diz isso, e nós nunca conversamos depois — Esbravejou, rastejando para o colo de Lexa — Mama Lex, vamos ver a vovó, vamos?

—Eu não posso decidir isso, meu amor. Só Mama Clarke pode.

—A senhora sempre diz isso, e ela sempre diz que nós vamos conversar depois. Eu estou de mal com vocês duas — A pequena loirinha pulou da cama ainda com os braços cruzados, e ficou de costas para nós. Eu riria se não fosse aquele assunto.

As Long As We Are TogetherOnde histórias criam vida. Descubra agora